Funções Psíquicas Compostas e Suas Alterações: Consciência e Valoração do Eu, Esquema Corporal e Identidade
Por: Maria Flávia Camoleze • 22/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.375 Palavras (10 Páginas) • 1.094 Visualizações
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Funções psíquicas compostas e suas alterações:
Consciência e Valoração do Eu, Esquema Corporal e Identidade
Campus Assis – SP
2015
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Funções psíquicas compostas e suas alterações:
Consciência e Valoração do Eu, Esquema Corporal e Identidade
Trabalho apresentado para a disciplina de Psicopatologia do Curso de Psicologia da Universidade Paulista, sob á orientação da Profª. Drª. Fátima Itsue Watanabe
Campus Assis - SP
2015
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2. 0 CONSCIÊNCIA E INTELIGÊNCIA...........................................................................6
2.1 ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DA EXISTÊNCIA.............................................7
2.2 ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DA EXECUÇÃO..............................................7
3.0 A CONSTRUÇÃO DO SELF, IDENTIDADE E SUAS ALTERAÇÕES....................8
4.0 IMAGEM CORPORAL, ESQUEMA CORPORAL E SUAS ALTERAÇÕES......... 10
5.0 REFERÊNCIAS.......................................................................................................13
RESUMO
O presente trabalho trata-se de um recorte teórico acerca do funcionamento psíquico composto, descrito por Paulo Dalgalarrondo (2008) em seu livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Neste sentido além de abordar os aspectos relativos à etiologia e dinâmica interna, o autor descreve também a formação dos quadros psicopatológicos circunscritos dentro destes processos.
Palavras-chave: Psicopatologia, Dalgalarrondo, funcionamento psíquico.
1.0 INTRODUÇÃO
Ao definir o conceito de função psíquica composta Dalgalarrondo (2008 p. 245) descreve que estas consistem em processos complexos derivados do implicamento harmônico, outras diversas funções psíquicas. Nesta seara o autor aponta a consciência, o Eu, a personalidade e a inteligência como as principais representantes deste grupo.
[...] resultam de um complexo, de uma somatória de atividades e capacidades mentais. O desenvolvimento estrutural de tais funções compostas, ocorrendo de forma mais ou menos harmônica, resulta na consciência e na valoração do Eu, no sentimento de identidade, na inteligência e na personalidade.
(DALGALARRONDO, 2008 P. 245)
2.0 CONSCIÊNCIA E INTELIGÊNCIA
Afinado a proposta de análise das funções psíquicas compostas, Dalgalarrondo (2008) cita, brevemente, as funções da consciência e da inteligência enquanto compostas.
Segundo o autor, na medida em que a inteligência consiste em um produto derivado da intersecção de diversos outros recursos elementares, não pode ser considerada, em si, um processo elementar. Já a consciência, discutida mais extensamente ao longo dos processos de formação do self, é apontada pelo autor como um componente responsável pela mediação de diversos processos e estímulos ambientais.
Grande parte dos autores considera que no inicio do desenvolvimento psíquico da criança não há discriminação e delimitação claras; entre o eu e o mundo exterior, o eu do bebê estaria interligado com o de sua mãe. Os planos da realidade interna e externa confundem-se na mesma vivência. Não há, portanto diferenciação entre o eu e o não-eu. Esta diferenciação passa a ser construída durante o primeiro ano de vida, quando a criança está apta a perceber e a representar objetos autônomos e estáveis em sua mente.
A criança formará gradativamente o seu eu por meio:
- Do contínuo contato com a realidade e consequentemente submissão ao principio de realidade.
- Do investimento amoroso e narcísico dos pais sobre a criança.
- Da projeção dos desejos inconscientes dos pais sobre a criança e consequente assimilação desses desejos pela própria criança.
- Das identificações da própria criança via mecanismos conscientes e inconscientes de introjeção, no relacionamento com as figuras parentais primárias.
2.1 ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DA EXISTÊNCIA
Consiste na suspensão da sensação normal do próprio Eu, corporal e psíquico, na carência da consciência do fazer próprio, no distanciamento do mundo perceptivo, na perda da consciência do sentimento do Eu. Para Jaspers, o curioso desse fenômeno é a condição na qual o homem existindo já não poder sentir a sua existência. Os doentes relatam que se sentem modificados, estranhos a si mesmos.
2.2 ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA DE EXECUÇÃO
Na alteração da consciência de execução, o doente, ao pensar ou desejar alguma coisa, sente, porém que de fato foi um outro que pensou ou desejou tais pensamentos ou desejos e os impôs de alguma maneira. Os pensamentos podem ser vivenciados como feitos e impostos por alguém ou algo externo, ou como extraídos, arrancados do paciente.
A sensação de “algo feito” por uma força externa pode abarcar todos os tipos de atividades psíquicas, não apenas o pensamento, mas também o falar, o fazer, o caminhar, o querer, os impulsos (inclusive sexuais).
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