Graciosidade e Estagnação: Ensaios Escolhidos
Por: Cuiabacalor • 16/4/2017 • Projeto de pesquisa • 356 Palavras (2 Páginas) • 171 Visualizações
Nota de leitura: GUMBRECHT, Hans Ulrich. Graciosidade e Estagnação: Ensaios Escolhidos. Texto: Presença na linguagem ou presença contra a linguagem?
O capitulo “Presença na linguagem ou presença contra a linguagem?” é um ensaio introdutório sobre historiografia alemã, concepções de temporalidade e introduções à reflexão sobre presença, que diz respeito à investigação da relação entre linguagem e presença.
O texto traz uma crítica de Gumbrecht de que a linguagem em geral, é capaz de evidenciar um real discreto, criticando o que seria uma espécie de polo contrário, a compreensão de que não haveria real algum para além dos mundos que seriam construídos no interior e a partir da própria linguagem.
Segundo Gumbrecht os papéis que a linguagem podem exercer em culturas de presença são menos óbvios, ele descreve seis modos pelos quais a presença pode existir na linguagem, ou seja seis paradigmas pelos quais a presença pode vir se amalgamar, são eles:
1. A linguagem como realidade física: a linguagem falada não toca e afeta apenas o nosso sentido auditivo, mas nosso corpo como um todo;
2. Práticas fundamentais da filologia: presença no trabalho filológico em função original de curadora de texto;
3. Linguagem como causadora de experiencias estéticas: qualquer tipo de estética capaz de causar uma experiencia estética;
4. Linguagem da experiencia mística: refere-se a sua própria incapacidade de representar a intensa presença do divino, produz efeito paradoxal de estimular imaginações que tornam palpável essa mesma presença;
5. Abertura da linguagem para o mundo dos objetos: inclui textos que substituem o paradigma semiótico da representação por uma atitude dêitica que usa as palavras para apontar objetos, em vez de usá-las com representações do objeto.
6. Literatura como epifania: a literatura tem a capacidade de produzir efeitos de epifania;
Desta forma, apesar da permanência de elementos próprios à cultura de sentido historicista, elementos como a compreensão de que é possível o acesso privilegiado em relação ao real, compreendendo que a linguagem possui uma densidade intransponível, e que o real seria apenas uma imagem postulada a partir dos mundos construídos através da linguagem. Cabendo à linguagem o papel entre dois tipos ideais de relação com objetos e artefatos culturais, a cultura de sentido e a cultura de presença,
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