Integração de psicólogos em vários campos de atuação no campo
Resenha: Integração de psicólogos em vários campos de atuação no campo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Mirnaa • 11/3/2014 • Resenha • 509 Palavras (3 Páginas) • 286 Visualizações
A inserção de psicólogos em diferentes campos de atuação na área da
saúde tem produzido delineamentos multifacetados sobre a especificidade de
suas teorias e práticas. O artigo traz uma reflexão sobre as múltiplas relações
que se têm estabelecido entre os campos da psicologia e da saúde,
produzindo-se estratégias discursivas em defesa de novos especialismos
“psi”. Argumenta-se que nem sempre esses subcampos constituídos revelam
saberes ou práticas inovadoras, embora eventualmente reivindiquem para si
certa originalidade científica. Ao longo de uma trajetória híbrida de atuação
profissional e de pesquisas na interface entre psicologia e saúde, tenho
refletido sobre as questões que sustentam a proliferação desses subcampos.
Uma problematização destes, inspirada em leituras de Fleck e Foucault,
permite uma análise importante sobre alguns de seus efeitos e cristalizações.
Propõe-se um desdobramento que parte da aproximação entre os
campos da psicologia e da saúde, o que leva à produção de subcampos.
Dentre os efeitos da delimitação de alguns deles que serão abordados ao
longo do texto, discute-se a polarização que produzem entre clínica e política,
individual e social, teoria e prática. Esse ponto de concentração da análise
proposta é também ponto de dispersão para se pensar elementos da formação
para a saúde e para levantar alguns indicativos sobre possade conhecimentos e de práticas que ora se conectam, ora se desvinculam. O
conectivo expressa, a meu ver, aproximações necessárias, que caminham na
perspectiva da construção de pontos de contato, de pontos de interseção.
Se quisermos pensar, em consonância com Benevides (2005), nos
compromissos ético-políticos da psicologia diante do Sistema Único de Saúde,
por exemplo, o conectivo nos auxilia. A autora pondera que essa aproximação deve
se pautar por um princípio de transversalidade. Em suas palavras, “a Psicologia,
como qualquer outro campo de saber/poder não explica nada. (...) É no entre
saberes que a invenção acontece” (Benevides, 2005, p. 23).
Cabe ressaltar que a psicologia não se reduz às discussões de saúde, não
pode fazê-lo pelo próprio compromisso histórico que tem de inserção em outros
campos de atuação e em outros modos de produção de conhecimento (Ferreira
Neto e
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