JOANA D'ARC

RESENHA DO FILME: JOANA D’ARC.

A VIRGEM DE LORENA!

A belíssima produção cinematográfica e histórica do filme “Joana D’Arc” representa um período em que a Igreja se restabelecia no poder. Um período marcado por fé e realeza, por invasões e massacres, dentro de um contexto de exploração e depredação contra os povos dominados.

A personagem principal é Leelee Sobieski - a Joana D’Arc - uma jovem que na literatura havia recebido mensagens de Deus cuja missão lhe dirigida seria a de unificar o Estado francês sob uma monarquia absolutista. A França, na época invadida pelos ingleses e borgonheses, necessitava da cooperação de todos os franceses para iniciar um combate de expulsão dos invasores. O monarca francês conhecido por Carlos governava uma parte do Sul do território da França e não tinha forças financeiras para libertar seu país e nem mesmo a maioria do povo francês estava disposta a se sacrificar por um ideal utópico.

Havia no misticismo cultural francês a crença na revelação de um profeta que dissera que a França seria unificada e purificada por Deus para tal fim. Sabendo disso o Rei Carlos mandara várias jovens em batalha, mas nenhuma obteve o sucesso desejado. O Rei já não tinha mais esperanças de se tornar o soberano de toda a França.

O filme conta a história de Joana D’Arc, uma jovem camponesa e católica que desde criança recebia a aparição de certos santos como São Miguel, Santa Margarida e sua predileta Santa Catarina. As aparições revelavam através de vozes que ela teria a grande missão de libertar todos os franceses do domínio estrangeiro. Joana, muito humilde e compadecida com a miséria das pessoas, cresceu em meio às tais vozes e aparições sendo amparada nos seus delírios por um padre de Domremy, um vilarejo onde ela morava, na região de Lorena, Sul da França. Descontente com a falta de espírito solidário de seu pai, ela se revolta contra ele e é expulsa de casa, indo residir numa capela local. O vilarejo sofre a invasão dos borgonheses que saqueiam e queimam tudo, matando um deficiente visual, grande amigo de Joana. Ela indignada, suplica explicação dos céus e mais uma vez recebe uma aparição que lhe envia chuva para apagar o fogo e a missão de falar com o Rei para ele reclamar sua coroa e unificar a França.

Ela pega carona numa carroça e segue até a cidade de “Bocolie” para falar com o intermediário do Rei, afim de que ele a envie à realeza. O intermediário desdenha Joana achando incapaz para tal missão. Mas um soldado de sua tropa, conhecido por Jean, deposita-a confiança. Indignado por suas galinhas não ceder-lhes mais ovos e por ver seu povo preparando armadas de defesa em sua cidade, o intermediário decide enviar a virgem Joana ao Rei, com uma junta de soldados liderados por Jean. Joana que estava amparada por freiras, segue para a cidade de Chinon, onde o Rei habitava. No caminho, ela sofre ações de soldados ingleses que queriam matá-la, mas sua junta luta bravamente e a leva até o Rei.

O Bispo de Chinon não aprecia a crendice na Virgem de Lorena, porém Carlos lhe atiça a vê-la como um trunfo para a luta de libertação. Joana reconhece o Rei em seus disfarces e lhe transmite a missão. O Rei Carlos, articulando bem-feitorias pra si, ordena a Joana que lidere o exército de libertação. A mesma aceita, tendo a confiança do Bispo. Marchando para a cidade de Orleans, Joana D’Arc vence sua primeira batalha mesmo sendo ferida por uma flecha assassinados ingleses