Liderança

2.4 LIDERANÇA

Neste subtítulo iremos descrever um breve resumo das abordagens teóricas sobre liderança, pois não é o foco deste trabalho, mas sim um dos fatores que influencia no conflito dentro da organização. Há vários autores conceituados que auxiliaram em um melhor entendimento sobre este conceito.

“Há varias interpretações diferentes do que é liderança, cada qual proporcionando um pouco de discernimento, mas cada uma continuando como uma explicação incompleta e inadequada e a maioria discordando entre si1. São mais de 130 definições de liderança e mais de 5 mil estudos sobre suas características, o que torna praticamente impossível escolher apenas uma como sendo a mais correta2. (LACOMBE, 2008, p.348).

O comportamento humano se deu na Teoria das Relações Humanas, para CARAVANTES, (2005, p. 72) “Mayo é conhecido como o “pai das relações humanas”, por causa de sua liderança na condução da pesquisa de Hawthorne e outras investigações no campo do comportamento humano”.

“Com o impacto da Teoria das Relações Humanas, os conceitos de organização formal, disciplina, departamentalização, centralização, etc. passaram a ceder lugar para novos conceitos como organização informal, liderança, comunicação, motivação, grupos sociais, recompensas simbólicas e sociais, etc3”. (CHIAVENATO, 2010, p.43).

A sociedade em que vivemos é composta por organizações que são constituídas por recursos humanos e não humanos.

“Não basta apenas construir a Organização – conjunto articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, batizado por um conjunto de imperativos determinantes (cultura, crenças e valores). É preciso adaptá-la ao meio externo, fazê-la ajustar-se ao meio no qual esta inserida”. (MEIRELLES, 2001, p. 18).

O capital humano dentro das organizações compõe diversos níveis hierárquicos. Conforme CHIAVENATO, (2011, p.61), “Recursos Humanos: são as pessoas que ingressam, permanecem e participam da empresa, independentemente de seu nível hierárquico ou sua tarefa”.

Dentro das organizações os colaboradores precisam de um direcionamento para desenvolver suas atividades para que obtenham o crescimento organizacional.

“A direção é o processo de guiar as atividades dos membros da organização nos rumos adequados. Esses rumos, naturalmente, são aqueles que levam ao alcance de objetivos organizacionais e, [...]. A direção envolve a focalização nos membros organizacionais como pessoas e a abordagem de assuntos como liderança, motivação, comunicação, solução de conflitos, além do desenvolvimento de boas relações entre as pessoas e a criação de um excelente ambiente de trabalho”. (CHIAVENATO 2010, p. 386).

Uma boa liderança dentro da estrutura garante a harmonia e a integração da equipe, tornando a organização um diferencial competitivo. Segundo ERVILHA, (2008, p. 30) “Cabe ao líder captar esses interesses e, para isso, deve ter sensibilidade e percepção. Líderes que tem essa competência desenvolvida desempenharão melhor seu papel”.

2.4.1 TRAÇOS DA PERSONALIDADE

Todo ser humano nasce com características próprias e essas se desenvolvem no decorrer dos anos tornando o ser humano com traços fortes de personalidade.

“As pessoas nascem com algumas características de personalidade: algumas são mais dominantes que outras; umas mais otimistas e outras mais pessimistas: umas gostam mais de matemática do que de poesia. Apesar dessas disposições natas poderem ser compensadas com treinamento, é difícil alterar inclinações profundas4”. (LACOMBE, 2008, p. 354-5).

Existem divergências que os traços de personalidade se sobressaem em suas atitudes dentro das organizações.

“Uma das maiores controvérsias a respeito de liderança diz respeito à possibilidade de identificar características para os líderes, isto é, se existem traços comuns. Hoje, já não se fala mais em liderança como um traço psicológico, intrínseco a um individuo, que uns têm sorte de ter e outros não, ou que uns têm mais que os outros. A liderança somente faz sentido quando especificamos para que fim e em que circunstâncias se espera que o líder deva agir”.(LACOMBE, 2008, p. 351).

“As críticas à teoria de traços de personalidade residem em dois aspectos principais. O primeiro é que as características de personalidade são geralmente medidas de maneira pouco precisa. O segundo é que essa teoria não considera a situação dentro do qual existe e funciona a liderança.” (CHIAVENATO, 2010, p. 452).

2.4.2 ESTILOS DE LIDERANÇA

Há vários fundamentos a respeito dos estilos de liderança. Conforme salientam CHIAVENATO, (1992, p.437-440) e CHIAVENATO, (2010, p. 454), “O famoso estudo pioneiro sobre liderança, de White e Lippitt, procurava verificar a influência causada por três diferentes estilos de líderes nos resultados de desempenho e no comportamento das pessoas.

2.4.2.1 ESTILO DE LIDERANÇA AUTOCRÁTICO

“O líder centraliza a autoridade e as decisões. Os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. O líder autocrático é dominador, emite ordens e espera obediência plena e cega dos subordinados. Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram o maior volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade. O líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está presente. A liderança autocrática enfatiza somente o líder”. (CHIAVENATO, 2010, p.454).

2.4.2.2 ESTILO DE LIDERANÇA LIBERAL

“O líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou grupais, delas participando apenas quando solicitado pelo grupo. O comportamento do líder é evasivo e sem firmeza. Os grupos submetidos à liderança liberal não se saíram bem nem quanto à quantidade nem quanto à qualidade de trabalho, com fortes sinais de individualismo, desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. O líder é ignorado pelo grupo. A liderança liberal enfatiza somente o grupo”. (CHIAVENATO, 2010, p.454).

2.4.2.3 ESTILO DE LIDERANÇA DEMOCRÁTICO

“O líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo. O líder funciona como um facilitador para orientar o grupo, ajudando-o na definição dos problemas e nas soluções, coordenando atividades e sugerindo ideias. Os grupos submetidos à liderança democrática apresentaram boa quantidade de trabalho,