Memoria e suas dependencias
Por: Liliam Claudino • 26/4/2022 • Relatório de pesquisa • 1.178 Palavras (5 Páginas) • 101 Visualizações
Com a explosão tecnológica, as pessoas estão cada vez mais dependentes de seus aparelhos digitais, é quase impossível não notarmos isso quando olhamos ao nosso redor, crianças pequenas já são dependentes de celulares e tabletes, já não se é mais possível ir de um ponto ao outro da cidade se não usarmos um GPS, a comunicação passou a ser em sua maioria digital, através de Whatzapp ou redes sociais, principalmente no momento em que estamos vivendo e isso está influenciando diretamente as funções cognitivo das pessoas.
O uso excessivo dessas tecnologias principalmente em crianças de 0 a 5 anos onde o cérebro está em desenvolvimento podem trazer riscos a saúde e ao desenvolvimento cognitivo e uma falta de maturação cerebral, já que a criança é estimulada por tantas imagens e pixels que traz uma confusão, perda de memória e concentração. E isso a longo prazo irá afetar sua parte emocional, já que faz parte do desenvolvimento infantil o estímulo da criatividade e imaginação através de brincar, do faz de conta e da troca com outras crianças, e com o uso inadequado e excessivo da tecnologia as crianças estão vivendo e aprendendo maus hábitos, com a falta das atividades lúdicas o “brincar” passou ser apenas a interação com os jogos virtuais, substituindo os esforços físicos que essas brincadeiras requerem, passando a ter uma vida sedentária e com poucos experimentos. O lazer hoje em dia está mais ligado com os jogos on-line do que com brincadeiras na rua ou corridas nos parques. Adolescentes e crianças estão trocando amizades reais por amizades virtuais, deixando o contato físico pelo contato virtual. Aos jovens podem acarretar prejuízos físicos e psicológicos, perda de foco, maiores riscos de erros, diminuição na concentração e dificuldade em ativar a memória a longo prazo trazendo problemas até na aprendizagem. Precisamos ter muito cuidado principalmente com as crianças e adolescentes, já que estão completamente envolvidos nessa era digital, muito benéfica aos estudos, principalmente no momento que estamos vivendo, porém por muitas vezes eles acabam confiando muito mais na “memória externa” que os aparelhos eletrônicos podem trazer do que se preocuparem em memorizarem as informações adquiridas trazendo assim um déficit de memória, atenção e aprendizado.
Segundo David G. Myers “Em boa parte, você é aquilo de que você lembra. Sem a memória, o seu depósito de aprendizagem, não seria possível desfrutar dos momentos felizes do passado, nem seria possível sentir culpa ou raiva pelas lembranças dolorosas. Você acabaria por viver em um eterno presente”. Se conseguimos lembrar de algum evento ou lembrança mesmo depois de muito tempo, é sinal de que ela foi guardada em nossa memória.
O cérebro humano é composto por bilhões de neurônios que fazem diversas comunicações entre si. Por meio de tais conexões, chamadas de sinapses, podem surgir as memórias, que dependendo da duração, podem ser de curto ou longo prazo. É estudado que a aprendizagem e a memória andam juntas, já que através de conhecimentos já adquiridos e armazenados na memória as pessoas conseguem solucionar problemas. É sabido também que muitas vezes nosso cérebro acaba perdendo certos tipos de memórias por desuso, e assim acabamos perdendo-as.
Nunes e Oliveira (2010) acreditam que: A memória não é só a retenção de certo conhecimento, mas também ativadora da imaginação, interpretação, problematização, reinvenção, etc., processos estes mentais que atuam sobre o que é recordado pelo indivíduo. A memória é a capacidade do ser humano de conservar e relembrar mentalmente conhecimentos, conceitos, vivências, fatos, sensações e pensamentos experimentados em tempo anterior. A memória refere-se, também, à retenção de habilidades adquiridas ou de informação (p. 61).
Seguindo esse raciocínio e vendo como a internet e as formas digitais trazem consigo a velocidade da informação, uma super conexão com um ambiente multifacetado, promovendo um turbilhão de informações ao mesmo tempo, quanto será que as pessoas estão absorvendo das informações recebidas? Uma leitura profunda, uma boa concentração faz com que a memória esteja sempre ativa.
A Era Digital pode ser dividida em duas gerações, a geração dos que viveram antes da internet, e a geração dos que não vivem sem a internet, essa geração que já nasceu na era da tecnologia podem apresentar características cerebrais estruturais diferentes, recebendo e processando assim as informações muito mais rápida que a geração anterior à internet.
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