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Narcisismo da Ciência em Freud

Artigo: Narcisismo da Ciência em Freud. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/3/2014  •  Artigo  •  315 Palavras (2 Páginas)  •  358 Visualizações

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Trata-se de um dos mais importantes escritos de Freud, onde ele recoloca a divisão pulsional, formalizando sua teoria libidinal através de uma articulação entre as neuroses de transferência e as neuroses narcísicas. Apesar de publicado em 1914, temos informações de que Freud utiliza o termo narcisismo desde 1909, localizando-o como uma fase entre o autoerotismo e o amor objetal.

Inicialmente, Freud apresenta o termo narcisismo conforme a ciência de seu tempo: no campo das perversões. Amplia então, apoiado em suas observações clínicas, a abrangência do conceito, reivindicando para tal um lugar no desenvolvimento regular dos seres humanos. Através dos estudos das parafrênias, sustenta que a inflação egóica destes pacientes é resultado de uma retração da libido objetal sobre o eu destes sujeitos. Existiria, portanto um investimento libinal egóico original, que nestes casos seria sobreinvestido por um narcisismo secundário patologizante. Pondera que nas neuroses de transferência, também ocorre um desinvestimento objetal, mas nestes casos a libido continua investida em objetos fantasmáticos, não inflacionando o Eu.

Continuando sua argumentação sobre a libido, o autor toma as doenças, orgânicas, a hipocondria e o enamoramento como pontos de apoio para discutir a economia e a dinâmica pulsional. Demonstra que um investimento libinal objetal implica em um correspondente esvaziamento da libido do Eu. Nos casos das doenças, o eu desinveste seus objetos, recolhendo sua libido em favor de sua recuperação. Nos casos de enamoramento, inversamente, o Eu se encontra libidinalmente esvaziado, tornando-se dependente do objeto depositário de sua libido para sua própria sobrevivência.

Por fim, Freud inicia uma discussão sobre os conceitos de Eu Ideal e de Ideal de Eu, articulando-os ao narcisismo. Parece-nos que a criança pequena, identificada a um Eu Ideal narcísico, via de regra, frente às dificuldades inerentes ao encontro com os Ideais civilizatórios, constrói, paulatinamente, a partir de objetos significativos na sua história, um Ideal de Eu, que passa a ‘controlar’ seus investimentos libidinais, ou seja, seu destino.

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