O Embrutecimento
Por: ELAINE . • 4/7/2018 • Resenha • 732 Palavras (3 Páginas) • 306 Visualizações
De acordo com Gondim e Siqueira (2014), os fatores no contexto de trabalho podem contribuir ou afetar a afetividade do trabalhador. Considerando a influência das condições de trabalho nas emoções do trabalhador, descreva em que medida o cenário relatado no artigo Embrutecimentopatia pode impactar negativamente nos afetos do trabalhador e, ainda, aponte quais seriam as condições ideais para promoção de bem-estar no trabalho.
Em pleno século 21, o texto relata como as relações no trabalho tem ficado cada dia mais mecânica, os profissionais vão para o trabalho cansados, sem motivação, com a intenção apenas de cumprir o protocolo e receber seu salário no final do mês.
Relata uma situação ocorrida em uma maternidade conceituada do Distrito Federal. onde o médico trata uma gestante e seu esposo de maneira muito fria, no dia do nascimento do seu primeiro filho.
A gestante estava muito ansiosa, mas o médico cumpriu sua tarefa, de fazer a cessaria da paciente, e trazer a criança com vida, porem a parte pessoal, na relação médico/paciente foi ignorado totalmente, a parte psicológica, a parte humana, as relações, a comunicação, e preciso analisar a parte de comunicação.
A maternidade estava equipada com todos as condições ambientais, técnicas instrumentais para início da cesariana prevista, porem a equipe de apoio inclusive o medico estava completamente despreparado para lidar com as emoções do paciente,
Apesar de aparente a ansiedade da mãe e do pai, o medico obstetra chega a sala do parto mas não tem uma boa comunicação com eles, praticamente não lhe dirigem a palavra, sequer um bom-dia é dito.
Mesmo com a ansiedade da mãe aumentando o medico somente faz o trabalho e não da uma atenção necessária, o que inibe a mãe de fazer perguntas e o que parece ser a intenção dos médicos, pois eles não estão em condições de tratar dessa parte psicológica e pessoal.
Apesar dessa cena de trabalho, que deve ser corriqueira nas maternidades do planeta. Nada e´ dito ou feito.
Mas, historicamente, o trabalho de parto nem sempre foi assim. Ele mudou não só pelos avanços tecnológicos e do conhecimento nessa área da medicina, mas, sobretudo, pelos impactos das mudanças do trabalho na qualidade da relação médico-paciente.
Na cena relatada, observa-se um empobrecimento espantoso das relações socioprofissionais: nenhum suporte psicológico é acionado para reduzir a ansiedade momentânea da mãe; nenhuma descrição pedagógica dos procedimentos é feita para atenuar o medo natural que se manifesta no caso da parturiente de primeira viagem; nenhuma palavra é dirigida pai, tratado como se cadeira fosse; o obstetra auxiliar entra e sai sem dirigir uma palavra à mãe e ao pai, nem um definhado olá.
As pessoas se transforma-se em coisa, em objeto, em problema a ser resolvido.
Como na indústria em massa, o parto é so mais um procedimento, nada de mais, são apenas números.
Nesse script de trabalho, os médicos e a equipe não estão preocupados em prover o bem estar da paciente, mas sim de ter dever cumprido.
A postura dos profissionais mencionado, é um modelo preocupante do que significa a intensificação do trabalho, fruto da reestruturação produtiva na economia globalizada, vem operando.
As transformações do trabalho atual, que se realizam graças ao suporte estratégico da revolução tecnológica, veem acompanhadas do aumento da responsabilidade das tarefas, a aceleração do ritmo de trabalho e a radicalização do controle gerencial por meio dos artefatos informatizados.
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