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O POVO BRASILEIRO: A FORMAÇÃO E O SENTIDO DO BRASIL.

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Por:   •  29/10/2013  •  3.234 Palavras (13 Páginas)  •  750 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Abordaremos os temas envoltos do processo sociocultural do Brasil, entre os quais nos deparamos com as classificações da estrutura social, a imensidão que separa as classes ricas e pobres, a inferiorização dos negros e mulatos, a miscigenação e outros de suma importância histórica.

A estratificação social separa os brasileiros através do seu poder aquisitivo e/ou dominância e com isso as relações humanas ficam esmorecidas e a classe oprimida, chamados de marginalizados, continua a ter seus direitos mais básicos feridos. E devido sua falta de instrução, a massa marginalizada, não consegue reivindicar e quebrar esta barreira social.

O distanciamento social entre as classes ricas e pobres não se dá apenas pelos bens materiais, mas principalmente também pelo acesso a cultura e a educação. E isto ocorre propositalmente desde a sociedade antiga, na qual o patronato lidava com escravos e estes eram visto apenas como mão de obra, e hoje as relações com a massa assalariada continua embebecida com os conceitos da desumanização nas relações de trabalho.

Além deste grande abismo entre as classes dominantes e as classes miseráveis, há ainda a discriminação sob a raça que afeta os índios, os mulatos, mas especialmente os negros. A luta destes por um lugar na sociedade perdura a tempos do mesmo modo que o distanciamento entre classes. No entanto, apenas nos últimos anos, com a ascensão do negro americano através da educação e melhores oportunidades de empregos, que os negros e mulatos brasileiros começaram a ter coragem de assumir com orgulho sua ‘cor’.

Para exemplificar a situação anterior temos como base os censos realizados que demonstram uma considerável queda da população de negros que, entre outros motivos, é presumível que muitos tenham se classificado como pardo, pois cada pessoa escolhe sua cor. Outro fator para esta queda é a expectativa de miscigenação, que tende a buscar um clareamento dos negros.

Soma-se ao processo sociocultural do Brasil às contribuições de imigrantes em algumas áreas, mas nenhuma foi tão marcante a ponto de modificar ou transpor a nossa cultura.

CLASSE, COR E PRECONCEITO

CLASSE E PODER

Neste tópico o autor aborda as tipologias existentes em nossa cultura: as classes dominantes, as classes intermediárias, as classes subalternas e as classes oprimidas. Através dessas quatro divisões temos um sistema quase inabalável da ordem social atual.

Classes Dominantes

Dentro desta classificação temos ainda três subdivisões, sendo que duas são complementares uma a outra, o patronato e o patriciado. Diferenciado os primeiros como empresários que visam além de sua riqueza também o poder, enquanto os patriciados são almejantes a riqueza, aspirantes a patrões, que possuem cargos elevados.

Nas últimas décadas, integrou-se a classe dominante, as empresas estrangeiras que utilizam nossos melhores profissionais especializados e ainda utilizam a mídia para nos persuadir e nos conformar com sua politica.

Tendo em vista que esta camada é mais fina das classificações, podemos concluir que só detêm o poder, pois as demais classes os apoiam ou não se manifestam para mudar o percurso da trajetória de dominância.

Classes Intermediárias

A classe intermediária é composta por profissionais liberais, professores, policiais, baixo clero e similares. Estes possuem o papel de proteger a estrutura atual em vez de buscarem mudanças e acabam por sua vez querendo barganhar com a classe dominante.

Classes Subalternas

Nesta classe encontramos trabalhadores nobres da área operária, pequenos proprietários, gerentes de grandes propriedades rurais etc. Já inseridos na vida social, no sistema produtivo, também de consumidores e não diferente de quem busca ascensão, esta classe, visa manter seus bens e conquistar mais. Igualmente não buscando redefinir a sociedade.

Classes Oprimidas

Na classe oprimida são os chamados marginais, empregados de limpeza, empregadas domésticas, pequenas prostitutas e outros. Para eles caberia o papel de reestruturar a sociedade, subverter estas classificações, uma vez que são a maioria, que são explorados desde a história antiga e que para integrar a vida social só quebrando esta estrutura. No entanto, por causa das condições em que vivem, estes foram privados principalmente a educação e quase todos são analfabetos, impossibilitando-os de se organizar em prol desta causa.

DISTÂNCIA SOCIAL

As classes de ricos e pobres no Brasil se distanciam socialmente e culturalmente, quase tanto como se fossem de povos distintos.

Isto se percebe com aspectos físicos, culturais, sociais, econômicos, cognitivos, como por exemplo, quando um indivíduo consegue ascender sua classe social, entrando em um estrato superior e continuamente se estabelecer, depois de uma ou duas gerações, percebe-se crescente na estatura, no embelezamento, na refinação, na educação. O que leva a população menos afortunada para um determinado espaço, distante dos afortunados e dos grandes centros sócio-comerciais.

Uma dessas razões é de caráter intencional, pois o empreendorismo faz do Brasil, não uma sociedade e sim uma feitoria, porque não estrutura a população para desenvolvimento de suas condições de sobrevivência e seu progresso econômico, mas sim enriquecimento de uma camada senhorial voltada para atender suas próprias solicitações.

Essas duas características complementares: distâncias abismais entre os diferentes estratos e o caráter intencional do empreendimento, condicionam a população menos afortunada a continuar a produzir sua força de trabalho, de acordo com as condições exacerbadas dos empreendedores, que acreditam que o direito de comer, para repor suas forças para trabalho, e reproduzir para continuar a manter a classe trabalhista são o bastante para cada indivíduo.

Essa exploração acontece tanto em zonas rurais como urbanas, nas zonas rurais se concentra uma parte da população detritária, como os idosos retirados do trabalho devido a sua situação precária e as crianças entregues a seus avós, para que seus pais possam trabalhar, enquanto a massa de idade ativa passa a vida como boias-frias, empregadas domésticas ou prostitutas. Nas zonas urbanas, a situação se agrava aonde a maioria das famílias tentar chegar a um patamar mais digno, sofrendo as condições trabalhistas e sociais, enquanto outras se afundam em mais problemas como

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