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O Principal papel do intérprete

Por:   •  27/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.053 Palavras (5 Páginas)  •  245 Visualizações

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Entrevista realizada com intérprete de libras.

  1. Qual é o principal papel do intérprete?

O trabalho do intérprete deverá ser somente o de interpretar e não de ministrar aulas de sinais em sala de aula, substituindo o professor em uma escola. Seu papel é o de mediador da aprendizagem e não de agente. O Tils realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, mas seguindo os preceitos éticos, como por exemplo: confiabilidade, imparcialidade, discrição, distância profissional, fidelidade.

  1. Na escola, como se dá a relação professor/intérprete, professor/aluno e   intérprete/aluno? (Na escola que ela atua)

Relação professor/intérprete: não acontece, por  falta de interesse e acomodação   dos professores

Relação professor/aluno: não acontece sem a presença de um TILS (Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais)

Relação intérprete/aluno: a melhor possível, há fluência na conversa, esclarecimento de opiniões e entendimento dos assuntos ao que dizem respeito às disciplinas e conteúdos, dados. Há uma relação  de grande distância profissional.

  1. Como o aluno surdo é visto em sala de aula?

É visto como um coitado, principalmente quando não há presença de intérprete em sala de aula. Nesse caso toda a atenção visual do surdo é direcionada ao professor que está falando. Na maioria das vezes a interação com a turma não acontece e o seu aprendizado acaba sendo sacrificado.

  1. É necessário adaptações ou mudanças? 

É necessário mudanças e adaptações para que a inclusão de surdos aconteça, é necessário mais do que a presença do intérprete em sala de aula, precisa da interação de professores e intérpretes para que sua atuação conjunta garanta uma educação que promova desenvolvimento das potencialidades do aluno surdo. A evolução da  educação inclusiva acontecerá a partir da colaboração e empenho de todas as faces da sociedade, quando não for apenas um problema de um grupo minoritário em busca de melhorias, mas quando instituições, famílias, profissionais da educação e autoridades representativas se unirem na busca de um conhecimento da língua de sinais.

  1. Principais dificuldades, desafios encontrados?

O intérprete muitas vezes se encontra com dificuldades em interpretar alguns assuntos aos quais poderiam e deveriam ser passados anteriormente. Algumas vezes os intérpretes não sabem o significado de algumas palavras e se obriga a interromper a explicação do professor, mas isso tudo para poder transmitir  o conhecimento na língua correta, fácil e simples que o surdo entenda.  O maior desafio dentro do ambiente escolar é ensinar a língua de sinais aos profissionais da educação, que não têm interesse mesmo quando o curso é gratuito, pois o intérprete é um ser humano como qualquer um e também pode faltar quando há necessidade, isto muitas vezes não é compreendido pelos professores.

  1. Como você define a importância de um profissional saber a língua de sinais?

É de grande importância os profissionais da educação, assim como funcionários e a comunidade em geral saber, pois os surdos estão saindo do comodismo e procurando seus direitos de estudante e querem sim um intérprete, mas como é um profissional difícil de se encontrar, há uma necessidade imensa de os professores conhecerem e saberem a língua pelo menos enquanto não há presença de TILS.

  1. Se você tiver algo a mais que ache importante ou queira dividir conosco:

O decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 em seu CAPÍTULO II-DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR diz que:

   Art. 3o  A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

        § 1o  Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.

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