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O indivíduo. Personalidade, formação e desenvolvimento

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Por:   •  20/6/2014  •  Artigo  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  342 Visualizações

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Prof. Domingos Isidório da Silva Júnior

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Semana 2

O indivíduo. Personalidade, formação e desenvolvimento

Existem muitas e diferentes definições de “personalidade”; no entanto, o conceito de personalidade como “o conjunto de comportamentos peculiares do indivíduo” é aceito pela maioria dos estudiosos.

A formação da personalidade

A configuração única da personalidade de um indivíduo desenvolve-se a partir de fatores genéticos e ambientais. Os fatores genéticos exercem sua influência através da estrutura orgânica e do processo de maturação. Os fatores ambientais incluem tanto o meio físico como o social e começam a influenciar a formação da personalidade já na vida intra-uterina. No mesmo instante em que o óvulo é fecundado, isto é, no momento da concepção, o ser humano recebe a totalidade de sua herança genética. Nada poderá ser acrescentado. Mas a partir do momento da fecundação, este projeto de indivíduo se encontra necessariamente sob a influência de um ambiente, o útero materno, habitat primário dos seres mamíferos. Portanto, do ponto de vista da genética, nem tudo aquilo com que nascemos (congênito) é hereditariedade.

Desenvolvimento sócio-emocional

Segundo Erik Erikson, psiquiatra que desenvolveu a teoria da personalidade e seus “oito estágios de desenvolvimento”, a socialização da criança pode ser dividida em oito fases distintas, formuladas a partir do trabalho psicoterapêutico de Erikson com crianças e adolescentes de todas as camadas sócias. Cada fase é responsável por um “conflito sócio-emocional” do indivíduo, exigindo uma superação dessa crise para que se chegue ao estágio seguinte.

Fase 1. 0 a 1 ano – Confiança

Aprendendo a confiar ao invés de desconfiar durante os dois primeiros anos de vida, a criança desenvolve a confiança básica, a segurança e otimismo. Como ela depende dos pais para tudo (alimentação, afeto, proteção), ela precisa confiar inteiramente neles. Para isso, é preciso que os pais a tratem com muito amor, atenção, apoio e paciência. Caso contrário, crescerá insegura e desconfiada.

Fase 2. 1 a 2 anos – Autonomia

Aprendendo a ser independente ao invés de sentir vergonha. O segundo conflito psicológico, segundo Erikson, ocorre durante a primeira infância, dos 18 meses aos 4 anos de idade. Nessa fase, a criança dá um grande salto no desenvolvimento: aprende a andar, a falar, a ir ao banheiro, torna-se independente e ganha a auto-confiança. A criança que tiver uma boa orientação dos pais sairá dessa fase segura de si mesma, feliz com suas novas conquistas e orgulhosa, ao invés de tímida. É importante incentivar a autonomia das crianças nessa fase, mas isso não pode ser sinônimo de indisciplina. É comum que as crianças de 2 ou 3 anos façam cenas no meio da rua, se recusem a dar a mão para atravessar a rua, e digam “não” com muita facilidade. Cabe aos pais explicar carinhosamente o que a criança pode ou não pode fazer sem impedir que se desenvolva. A super-proteção também atrapalha o desenvolvimento e torrna a criança dependente dos pais.

Fase 3. 3 a 6 anos – Iniciativa

Aprendendo a ter iniciativa ao invés de sentir culpa. A terceira crise psicossocial ocorre entre os 4 e os 7 anos de idade. Nessa fase, a criança saudável aprende: (1) a imaginar, a brincar no mundo do faz-de-conta e da fantasia; (2) a cooperar com os outros; e (3) a dar e a receber ordens. Aprendem a equilibrar diversão e responsabilidade. A criança que é reprimida pelos pais nessa fase, sente-se culpada, cresce com medo, fica deslocada dentro do grupo, não tem iniciativa (depende muito dos adultos) e não desenvolve satisfatoriamente a imaginação e a criatividade. É importante que as crianças sejam encorajadas pelos pais a desenvolver sua criatividade, aprendendo a controlar seus impulsos sem se tornarem indisciplinadas.

Fase 4. 6 a 12 anos – Produtividade

Aprendendo a construir ao invés de se sentir inferior. A quarta fase surge no início da vida escolar (escola primária). Nessa fase, a criança adquire noções básicas para a vida em sociedade , como (1) relacionar-se em grupo de acordo com regras sociais; (2) brincar em grupo de forma organizada, seguindo regras; (3) ir à escola, aprender aritmética, leitura e estudos sociais. O dever de casa é uma tarefa que incentiva a auto-disciplina, que aumenta a cada ano do desenvolvimento. A criança que aprendeu, nos anos anteriores, a confiar, a ser independente e ater iniciativa, será uma criança competente na escola e sem complexo de inferioridade perante os colegas.

Fase 5. 12 a 18 anos – Identidade

Descobrindo quem é para não se perder. O adolescente aprende à pergunta “quem sou eu?”. Porém até mesmo os adolescentes mais saudáveis psicologicamente vivem muito de difusão da identidade: a grande maioria deles envolve-se em menor ou maior grau com delinqüência, confusão e revolta. Segundo Erikson, durante a adolescência sadia o indivíduo amadurece sua perspectiva de tempo.

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