O mundo da criança
Por: nayara.grepi • 24/9/2015 • Resenha • 742 Palavras (3 Páginas) • 1.550 Visualizações
Nome: Nayara Caroline Grepi – Ra: B370CE-7
Resenha do texto: O mundo da Criança por Maria Beatriz Cytrynowicz
Maria beatriz cytrynowics, traz no artigo o mundo da criança um contexto explicativo de como podemos entrar no mundo daquela criança, que em seu primeiro tempo é exploratório, da experiência própria e daquele mundo, a compreensão do que é ser criança. A partir disso podemos ver a relação de proximidade com a criança e a importância para o desenvolvimento nos aproximando dela, Mª Beatriz diz que existe um duplo significado para aquele mundo, um de compor sua historio, outro de ajuda-la em seu desenvolvimento. Durante a fase exploratória, apesar de estranho e desconhecido aquilo encanta a criança, sendo curiosa é a fase de tudo nova, de descobertas, do aqui e agora, tudo de forma intensa.
Dessa forma, vemos um crescimento criativo, pois a partir da ansiedade e curiosidade, ela brinca e experimenta o novo, por isso mexe em tudo, põe a mão em tudo, vendo o que pode e o que não pode, relembrando e atualizando o seu mundo, o que lhe era interessante deixou de ser, já mudou. Porém, se esse mundo lhe enche os olhos com o fascínio de novas descobertas, em contrapartida se assustam com facilidade e estranham pessoas diferentes do cotidiano, vindo a se expressar em forma de choro. Assim, se desesperam com ausência ou afastamento de alguém que já esta habituada, vendo ali um porto seguro. Começa a sentir o desconforto da angustia e a impotência, em menor ou maior proporção, ampliando seu mundo para alem daquilo que lhe foi apresentado como imediato. Diante do exposto, vemos um momento de extremo desamparo, como cita Medard Boss no artigo de Mª Beatriz.
Na relação da criança com o adulto, existe um equívoco na compreensão do adulto pelo fato de se sentir responsável pela vida da criança, mas a responsabilidade na verdade é no sentido de auxilia-la em seu crescimento sadio, a fim de afastar o que lhe for atrapalhar a abertura do seu caminho, em razão disso surgem as angústias no adulto conforme se vê com limitações e impossibilidades. Por outro lado, há diversas coisas que atrapalham a vida da criança como condições ambientais, pessoais, corpórea e afetiva.
Quando a criança esta sob os cuidados de um adulto, muitas vezes bloqueiam aquelas experiências de serem vividas, visando poupar-lhes de algo ruim, que na visão da criança devido ao imediato, não enxerga. Há a possibilidade de o adulto representar a criança em alguma atitude, compartilhar ou escolher o melhor pra ela, porém tem diferentes modos de serem cuidadas que podem ser prejudiciais ao desenvolvimento, as crianças tornam-se medrosas, teimosas, inconformadas ou revoltadas. O adulto não pode prever, nem determinar a vida da criança, é no cuidado que ela vai descobrir as possibilidades e limitações do próprio cuidado.
No mundo da criança vemos também o mundo do brincar e da fantasia, onde ela pode atuar, interagir com os outros, criar, realizar e construir, ela brinca e fala ao mesmo tempo, se expressar por palavras é diferente de expressar brincando mas essas se completam.
Nas terapias psicológicas e ludoterapias, o brincar diz muito alem do que mexer nos brinquedos, é entendido como um jogo de representações, de transportar o interno para o externo, da mesma forma que a fantasia e os sonhos terão noções de desejos irrealizáveis. A partir disso, todo brincar teria um significado oculto e uma repetição compulsiva citada por Melanie Klein.
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