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O pavor

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Por:   •  2/10/2013  •  Seminário  •  754 Palavras (4 Páginas)  •  240 Visualizações

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É comum também, conhecermos pessoas racionais ou corajosas diante de problemas da vida que se emocionam ou apavoram ao verem um ferimento sangrando, ou ao subirem no elevador ou se verem nas alturas de um edifício.

O pavor que a emoção provoca é muito mais forte que a interpretação racional do possível perigo que estejam enfrentando.

Freqüentemente aparentamos muita segurança ao tomarmos decisões importantes, acreditando estarmos fazendo o melhor, estarmos agindo criteriosamente, com lógica, com juízo e sensatez.

Na verdade, escolhas de significado decisivo para nossas vidas, como a opção para determinada profissão, a casa onde vamos morar, a pessoa com quem vamos nos casar, o carro que vamos comprar ou o negócio que vamos realizar são sempre direcionados por decisões francamente emocionais.

Nossas reações emocionais nos dão uma chance melhor de sobrevivência e adaptação ao ambiente do que os processos mentais que usam a lógica, o cálculo ou as meticulosas decisões tomadas depois de raciocínios demorados e que nem sempre são agradáveis.

É por isto que nos acostumamos a fazer mudanças freqüentes de julgamentos. As emoções nos antecipam conclusões apressadas mas, de pouca precisão, por isto, freqüentemente efêmeras e sujeitas a revisões. Num jogo de futebol, numa partida de tênis ou numa corrida de cavalos podemos ir mudando, até aos instantes finais do jogo, as nossas previsões de quem será o vencedor. Por isto também, em qualquer escolha afetiva que fizermos, haverá sempre a possibilidade de se questionar o acerto da decisão.

Nossa consciência flui continuamente num fluxo incessante de múltiplas idéias. Nosso mundo interno, do ponto de vista mental não é estático, e as idéias não estão rigidamente estabelecidas. A mente tem a dinâmica de um mosaico de luzes que se projetam pela consciência que se contrai ou expande diante do que nos emociona.

Na luta pela vida, a necessidade de agirmos rápido faz com que a mente tenha uma atuação “on line”, que põe a nossa atenção e a nossa consciência sobreposta aos fatos para não ser pega de surpresa. Neste sentido, a mente tem que fazer escolha rápida de prioridades, dirigindo suas informações sensoriais no sentido de tomar decisões mais úteis e mais acessíveis e não necessariamente a melhor. Uma alternativa que está mais à mão pode nos dar uma chance de fuga ou defesa mais rápida.

Não convém perdermos tempo para analisarmos a gravidade ou a extensão do perigo. As estatísticas podem estar a nosso favor, mesmo assim é melhor salvarmos a nossa pele primeiro.

Os processos racionais de tomada de decisões são seguramente mais convenientes. Eles nos permitiriam fazer escolhas dentro de um leque de alternativas e nos poriam à frente de detalhes minuciosos que nos dariam mais competência para a escolha mais acertada. Porém, não nos garante que seria a decisão mais agradável nem a mais eficaz.

Demorar para decidir, esperando detalhes das informações disponíveis poderia custar um pedaço da perna do surfista que confundiu sua prancha com um tubarão.

É melhor uma interpretação mais rápida mesmo que, ao invés de

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