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O propósito do amor é chamado de educado

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Por:   •  24/11/2014  •  Artigo  •  778 Palavras (4 Páginas)  •  269 Visualizações

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A Propósito do Amor chamado cortês

O amor cortês que esteve presente de início na literatura e que na sua época, ou seja, na contemporaneidade medieval era conhecido como “amor delicado”, têm diferentes formas de ser visto e aqui nos deteremos a visão histórica abordada por Georges Duby, mesmo ele colocando-se como imprudente, por fazer uma análise da literatura cortês sem um conhecimento aprofundado, mas com um embasamento histórico.

A literatura cortês, teve uma aceitação, o que mostra a correspondência que a mesma teve com a realidade daquela época e com as preocupações das pessoas para as quais ela era produzida, o que influencio consideravelmente também em suas condutas. O modelo inicial do amor cortês seria de um jovem, um homem sem esposa legítima, com educação ainda não concluída, que assedia uma dama, ou seja, uma mulher casada, inacessível, cercada, visto que, a esposa carregava a honra do marido sendo o adultério da mesma a pior das subversões e o cúmplice ameaçado com terríveis castigos, dessa maneira tendo como centro desse jogo o perigo que era o picante do assunto, pois era uma prova que quanto mais era perigosa mais era formadora.

O “amor delicado” seria um jogo, educativo comparando-se ao torneio, no qual o jovem na intenção de aumentar seu valor perante seu senhor, para que o mesmo possa lhe retribuir arranjando um casamento com a filha de um vassalo que tivesse morrido, pois as famílias casavam apenas o primeiro filho e se estabelecer significava casar, eles arriscavam sua vida, mas que diferente dos duelos opõe dois parceiros desiguais, um que por natureza física está destinado a cair, no caso a dama, esse jogo envolve exercícios lúdicos que para que o homem avivasse seu prazer e o seu valor deveria disciplinar seu desejo, pois a veemência sexual era o ápice do valor viril e só os que conseguiam disciplinar o desejo deveriam ser exaltados. Muitos estudiosos apresentam, principalmente pela mulher ser sempre desprezada, os homens como inventores do amor cortês e com vários textos marcados por misoginia, um amor que foi um “falso” instrumento de civilização, já que teve uma promoção da condição feminina, mas também masculina o que deixou o mesmo abismo entre os dois e as mulheres continuando a ser temidas, desprezadas e submissas.

Mas diante do contexto, muitos foram os caminhos e as estratégias ao longo do tempo para que ocorresse a justa entre o jovem e a dama e aqui estão algumas das circunstâncias:

As severas restrições à nupcialidade dos rapazes multiplicavam, com efeito, nesse meio social, os homens não casados ciumentos dos que tinham uma esposa no leito, frustrados. Não evoco as frustrações sexuais --- elas encontravam com facilidade formas de extravasamento. Evoco a esperança obsedante de se apossar de uma companheira legítima, a fim de fundar sua própria casa, de se estabelecer, e os fantasmas de agressão e de raptos alimentados por essa obsessão. Por outro lado, os acordos de casamento se concluíam quase sempre sem levar absolutamente em conta os sentimentos dos noivos: na noite de núpcias, uma criança jovem demais, apenas púbere, era entregue a um rapaz violento que ela jamais vira (Duby, 1989, p. 62)

Portanto, diante dessas que são apenas algumas das circunstâncias tornava-se mais que desejável a criação de um complemento do direito matrimonial

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