O que significa alienação?
Tese: O que significa alienação?. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gaabyamaral • 2/6/2013 • Tese • 376 Palavras (2 Páginas) • 384 Visualizações
1- O que significa alienação? Aponte situações da vida cotidiana em que se pode verificar o fenômeno da alienação.
A compreensão do processo de alienação partirá da concepção da vida cotidiana. A vida cotidiana é aquela que se vive diariamente, normatizada e padronizada de determinados modos, sequencia, com hora e dia marcados. A vida cotidiana se refere às atividades e ações que o indivíduo executa sem saber a processual idade dela.
2- Conceitue reprodução social.
Entende-se por reprodução social o processo mediante o qual uma sociedade, através de diversos mecanismos, reproduz a sua própria estrutura. Bourdieu utiliza o conceito de habitus para explicar os mecanismos através dos quais aprendemos a fazer parte de uma sociedade e a reproduzi-la continuamente através das nossas ações, mas também a modificá-la. Seria a partir do habitus, um conjunto de disposições permanentes, que poderíamos produzir pensamentos, percepções, expressões, ações, e que teria sempre como limite as próprias condições históricas e socialmente determinadas em que ele próprio é produzido. Ou seja, sendo produto de um conjunto de condicionamentos, o habitus tenderia a reproduzir a lógica desses mesmos condicionamentos. Neste processo, a socialização, e em particular a socialização primária, seria determinante, na medida em que esta ocorre numa fase da vida em que as experiências tendem a ser mais marcantes e, portanto, mais duráveis. Como o habitus tende a garantir a sua própria constância, ele gera mecanismos de seleção de novas informações, rejeitando aquelas que possam pôr em causa as informações até aí acumuladas e desfavorecendo também a exposição a essas informações - é assim que, por exemplo, tendemos a relacionar-nos com indivíduos que possuem situações sociais idênticas às nossas, não só porque são mais "parecidos"
, facilitando a interação
, mas também porque tendemos a procurar relacionarmo-nos com os nossos pares. Ou seja, a própria possibilidade de nos confrontarmos com pessoas cujo habitus é muito diferente do nosso é mais limitada do que a possibilidade de nos vermos perante aqueles que mais se assemelham a nós, traduzindo-se numa limitação da possibilidade de transformação ou reconversão das nossas percepções, valores, normas, ações, etc. Assim, do ponto de vista da sociedade global, estas pequenas ações, que quotidianamente colocamos em prática, permitem garantir uma certa continuidade do sistema social existente, isto é, reproduzi-lo como ele é.
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