Oficina De Sensibilização Psicológica
Dissertações: Oficina De Sensibilização Psicológica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Glaumaga • 29/5/2014 • 4.811 Palavras (20 Páginas) • 1.673 Visualizações
OFICINAS de SENSIBILIZAÇÃO e APRENDIZAGEM
Introdução
A abordagem dos processos de sensibilização implica despertar a reflexão, podendo assim, contribuir com a mudança de comportamento e atitudes, como por exemplo, a transformação de cidadãos em sujeitos ativos e transformadores e não mais em apenas objetos de trabalho de outras pessoas. Dessa forma busca propiciar ao indivíduo entendimento e percepção de sua importância como agente modificador e atuante no contexto social que está inserido.
Há diversas formas de transmitir conhecimentos, buscar integração de um grupo com sensibilização para os problemas e potencialidades locais e também para a concepção das ações multiplicadoras. Propõe-se um método participativo, criativo, envolvente, que leva em conta o potencial e o conhecimento e vivência trazidos pelo aprendiz. No entanto, esta metodologia deve ser adequada às necessidades vigentes e em função do contexto e de interesses do grupo. Os indivíduos serão incentivados a construir sua proposta de facilitação com base nas orientações apresentadas e a aprimorar ideias, métodos e recursos adicionais a partir de suas experiências individuais e coletivas. A proposta é incentivar futuros facilitadores a construírem novos conhecimentos fazendo a ligação entre as informações e experiências apresentadas e sua base de conhecimentos, ou seja, trabalhar com o “construtivismo”, onde os aprendizes são participantes ativos na criação de significados aprofundados, por meio da manipulação e experimentação de novas experiências e informações.
É importante destacar que, tanto o papel dos participantes como o do facilitador (e co-facilitador), são fundamentais para a transformação do aprendizado e construção do conhecimento coletivo durante a realização de uma oficina.
Sensibilização
Em um Processo de Sensibilização a mudança se dá de forma interna e isolada em cada indivíduo. A partir desta transformação que resulta no consenso e na soma das consciências individuais busca-se a formação de uma consciência comunitária.
Através da sensibilização procura-se estimular o espírito crítico de cada participante, tornando-o sensível e aberto ao desenvolvimento de ideias pactuadas por um grupo (CORDIOLI,2001). A Sensibilização no processo de mudança deve colaborar para que os membros dos grupos percebam que a motivação, propriamente a emoção e a união dos pensamentos são uma forte estratégia para atingir de maneira mais fácil os objetivos estabelecidos.
Sensibilizar é propiciar meios e procedimentos para cada indivíduo decidir e enfrentar as mudanças e transformações, adotar novas posturas, mas principalmente desenvolver e estimular a percepção pessoal e comunitária como uma opção de desenvolvimento. O processo de sensibilização é, portanto, um exercício contínuo que propõe manter o interesse, motivação e o envolvimento das pessoas e faz-se necessário incorporá-lo não somente à fase inicial, mas adequá-lo as demais etapas de um determinado processo, considerando assim a sensibilização como um procedimento inicial e permanente.
Esse trabalho de integração e interação deve ter seu desempenho na primeira etapa de um planejamento a fim de proporcionar ao grupo estrutura para monitorar e avaliar de forma permanente o processo grupal. O grupo pode se quiser e necessitar contar com o apoio de um “agente externo” para a sensibilização. Esse trabalho deve ser contínuo, pois não se trata de uma solução milagrosa e sim de um processo que demanda empenho, monitoramento e ações contínuas ao longo das demais etapas propostas num determinado planejamento participativo. À sensibilização caberá realizar a tarefa de informar e disseminar os conhecimentos de modo a fazer com que os atores envolvidos em determinada atividade percebam sua importância como estratégia de desenvolvimento.
De modo geral as atividades de sensibilização podem ocorrer de contatos pessoais ou por meio de trabalhos em grupos e atuam em quatro dimensões: mental, física, emocional e interação social. A sensibilização também pode ser abordada através de cursos, através de atividades lúdicas e de algumas técnicas e métodos que envolvam participação. As escolhas destas ferramentas de trabalho devem referenciar-se no histórico do grupo, da localidade e na proposta de trabalho.
Para a realização de uma efetiva sensibilização será necessária a identificação das lideranças naturais envolvidas no processo grupal em questão. A identificação destas lideranças pode ser realizada através de reuniões comunitárias, aplicação de entrevistas e questionários, oficinas, debates, podendo conter atividades lúdicas, participativas e comunicativas. Essa etapa de sensibilização inicial é uma etapa de familiarização voltada à integração entre os participantes, a socialização e confronto das expectativas, com relação à atividade proposta, de modo a estabelecer um acordo conjunto sobre o andamento do trabalho e a metodologia a ser utilizada (Colette, apud Brose, 2001).
Já que Sensibilização implica comunicação, pode-se utilizar meios como: rádios, faixas, televisão, panfletos, Internet, redes, cartazes, jornais locais entre outros. A realização de eventos e palestras envolvendo atividades lúdicas e reflexivas também pode ser um mecanismo eficiente.
Para promover a discussão, o debate e a disseminação dos conceitos e oficinas com atividades lúdicas e reflexivas, aplicação de questionários e entrevistas, promover debates comunitários, disponibilizar materiais e organizar postos de informação com agentes especializados para disseminar experiências e promover a troca de informações.
Sensibilizar é um conjunto de atividades, as mais utilizadas e que aparecem em quase todas as etapas de um planejamento participativo e em outros projetos, trabalhos e programas que visam o envolvimento comunitário são: oficinas, palestras, seminários, congressos e eventos.
A problematização é um modo prático de promover a discussão sobre determinado assunto. Segundo Cordioli (apud BROSE, 2001): “Problematização é a provocação de um debate ou análise por meio de uma pergunta de modo a permitir a reflexão individual ou coletiva e a manifestação da opinião sobre os temas propostos.”. A problematização é considerada um dos instrumentos básicos do enfoque participativo, pois através desta prática analisa-se o tema a ser discutido, identificam-se aspectos importantes para a discussão e com base nesse levantamento formulam-se perguntas direcionadas para um público específico.
Já a técnica de visualização móvel,
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