Partilhando Valores Na Empresa
Artigo: Partilhando Valores Na Empresa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rt52 • 25/8/2014 • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 340 Visualizações
PROJETO PARTILHANDO VALORES HUMANOS NO TRABALHO.
APRESENTACÃO:
Vivemos um tempo onde os valores humanos relacionais perdem importância face a um
paradigma que valoriza o individualismo e a acumulação. O sentido de comunidade
perdeu-se em grande parte e com ele os valores universais também. Nas organizações de
trabalho, a situação ainda apresenta-se de uma forma mais grave devido a laços que unem
as pessoas, que são, na maioria das vezes, meramente financeiros e comerciais.
Segundo Senett (2004), o desenvolvimento, sobretudo o tecnológico, pode provocar a
perda do sentido de comunidade no trabalho, fazendo com que as pessoas se relacionem
com indiferença, sem constância e sem objetivos duráveis. A superficialidade nos
relacionamentos, neste contexto, é uma realidade, provocando um sentimento de opressão
e desinteresse pela organização e pelo outro.
A idéia de equipe, tão difundida, muitas vezes é somente um método para estimular o
desempenho imediato, a curto prazo e com resultados. Neste modelo os grupos lutam
entre si a fim de conquistarem o lugar de destaque (ibid). Manipulam-se aparência e
comportamento de acordo com os interesses pessoais, gerando um caráter totalmente
diferente, irônico.
Para Sale (1999), a sociedade que o tecnicismo criou, possui uma cultura
fragmentada e isolada. O que é valorizado são as ações realizadas com a máquina, ficando
secundarizados e até mesmo esquecidos os relacionamentos comunitários, onde o
encontro com o outro se dá face a face.
Nesta perspectiva, a vida de comunidade é caracterizada, muitas vezes, pela
superficialidade quando não pela transitoriedade, pois os relacionamentos são superficiais
e sem laços afetivos. São relações coisificadas, que têm por base o utilitarismo. Este
comportamento leva à perda de referências valorativas, sedimentadas, tornando as pessoas
vulneráveis nos sentimentos e no caráter.
Senett (2004) evidencia que a sociedade está marcada por relações superficiais, impostas
pela desorganização do tempo que o curto prazo instituiu. Mas as pessoas sentem falta de
relações humanas e objetivos duráveis.
O curto prazo reflete na vida social, impedindo a constituição de valores dependentes do
tempo de relação, do longo prazo. Lealdade, compromisso mútuo, confiança, que
extrapola a simples visão do contrato social, em geral, dependem do amadurecimento
social e de experiências interpessoais mais profundas. Segundo Senett (2004, p.24), “esses
laços sociais levam tempo para surgir, enraizando-se devagar nas fendas e brechas das
instituições”.
Esta sociedade moderna, complexa, conflituosa, alienada, esbanjadora, alegre e triste ao
mesmo tempo e sobretudo incapaz de criar relações profundas e duradouras no tempo,
busca a felicidade pessoal ..
Portanto, é um desafio responder às exigências relacionais de significados não
instrumentais, retirando do foco o ter, a indiferença, a superficialidade. Provocar a criação
de um ambiente humano marcado pela cooperação , responsabilidade,união, tolerância e respeito.
Este conduzir pode proporcionar horizontes de sentidos mais vastos e profundos, resgatando valores humanos que foram perdidos ao longo das transformações sociais.
JUSTIFICATIVA:
Os avanços tecnológicos, as expectativas dos consumidores/cidadãos, e as realidades globais estão transformando a forma que as organizações se relacionam interna e externamente. Consequentemente, as abordagens de questões relacionadas à cultura organizacional e ao trabalho estão sofrendo mudanças. Os modelos de gestão ultrapassados por sua rigidez estão sendo questionados cada vez mais.
Por isto, quando procuramos melhorias de processos administrativos e produtivos, não podemos esquecer de incluir nos planos estratégicos, um trabalho consciente de desenvolvimento de valores humanos que atinge plenamente os indivíduos que são a base de qualquer organização. Muito além da questão de ganhar ou perder, de números ou de modernização tecnológica, estas virtudes tornam o lugar de trabalho, onde passamos até um terço das nossas vidas, mais agradável. E as pesquisas mostram que o lugar que agrada, produz.
Lidar com o caos que atinge todas as instituições, inevitavelmente, traz novas mudanças na sua cultura organizacional. Justamente por ser nova a paralisia de implementação é comum. Falta de comunicação, falta de compromisso, corporativismo e ceticismo acabam matando os melhores planos.
O programa PARTILHANDO VALORES HUMANOS NO TRABALHO , visa resgatar os valores pessoais e mudanças no nível individual e por conseqüência, no nível organizacional.
Elaborar uma lista de qualidades que indivíduos precisam para trabalharem juntos é fácil — respeito, tolerância, humildade, cooperação, confiança, sensibilidade e sinceridade . No papel parecem maravilhosas. Entretanto, colocá-las na prática requer um entendimento mais profundo além de um esforço pessoal assíduo.
Uma compreensão de valores é essencial no contexto das organizações humanas . Não podemos relegar a questão de valores para demagogia colorida. A sustentabilidade do próprio planeta exige uma urgente reavaliação do que valorizamos e como esses valores devem funcionar nas nossas vidas e trabalhos.
Através
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