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Perfil psicológico da liderança e seu impacto na liderança

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Por:   •  24/4/2014  •  Tese  •  4.438 Palavras (18 Páginas)  •  364 Visualizações

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ARTIGO 10. O PERFIL PSICOLÓGICO DO LIDERADO E SEU IMPACTO NA RELAÇÃO DE LIDERANÇA- MÔNICA FERREIRA DA SILVA

RESUMO

A gestão de projetos, inclusive a gestão de projetos de TI, oferece, como um dos seus maiores desafios, a questão da liderança. O presente trabalho tem por tema a liderança em gestão de pessoas. Foi analisado o perfil psicológico dos funcionários de uma empresa e como este influencia na aceitação de determinados tipos de liderança. Acreditamos que a busca da excelência na qualidade de liderar é essencial para uma otimização dos resultados e para o alcance das metas que a organização se propõe. Inicialmente, o estudo aborda a importância da gestão de pessoas nas organizações e como o comportamento dentro da empresa pode se tornar um diferencial no sentido de gerenciamento na modernidade. Em seguida, o estudo aborda vários aspectos da liderança, mostrando as diversas teorias e tipos de liderança. Complementando, foi feita uma investigação empírica a partir de entrevistas com alguns indivíduos a fim de identificar como cada pessoa se percebe e como essa percepção influencia na aceitação de determinado tipo de liderança.

INTRODUÇÃO

A gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma organização depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como as pessoas estão organizadas, são estimuladas e capacitadas, e como são mantidas num ambiente de trabalho num clima organizacional adequados. E ainda, como estão estruturados e organizados os membros da equipe, de modo a habilitá-los a exercer maior poder e liberdade de decisão, levando à maior flexibilidade e à reação mais rápida as mudanças do mercado. Atualmente, as organizações possuem uma visão mais abrangente do papel das pessoas, antes as pessoas eram vistas simplesmente como recursos dotados de habilidades, capacidade e conhecimento para a execução de tarefas para alcançar os objetivos da empresa. Hoje, há a percepção das pessoas como pessoas realmente, ou seja, dotadas de características próprias de personalidade, valores, crenças, atitudes, aspirações e objetivos individuais. Pessoas fazem parte da organização e significam talentos que precisam ser desenvolvidos e mantidos, é o capital intelectual que leva a organização na direção que ela determina. Gerir pessoas não é mais sinônimo de controle e padronização. Gerir pessoas significa hoje o envolvimento e o desenvolvimento dos mesmos.

Segundo Vergara (1999) “nessa nova era o que se quer são pessoas que tenham mentalidade global, aceitando e lidando com as contradições da vida, lidando com o inesperado, abrindo-se para si mesmas e para os outros, encontrando significado no trabalho e permitindo que outros também encontrem. Parece claro que tais pessoas devem ter certas características pessoais capazes de facilitar o processo de influenciarão”.

Rhinesmith (1993) afirma que o líder deve ser uma pessoa com conhecimento do negócio e do ambiente competitivo no qual o negócio se insere, sensibilidade e capacidade de avaliação, julgamento de situações, habilidade reflexiva e flexibilidade. Outra característica pessoal apontada por Rhinesmith é a disponibilidade para aprender continuamente.

“Liderança requer humildade suficiente para se aprender, permanentemente, a lidar com indivíduos e grupos, de forma a mobilizá-los por uma causa, no caso, atrelados as escolhas da empresa. Espera-se que o líder da nova era possua múltiplas habilidades, tanto de natureza comportamental quanto técnica que, ancoradas em valores e atitudes, lhe permitam lidar adequadamente com ambigüidades.” (RHINESMITH, 1993)

Liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos. (VERGARA, 1990). Segundo Resende (2004) “uma qualidade que faz com que alguém seja capaz de influenciar ou conduzir pessoas para um objetivo”.

A influência exercida pelo líder se traduz na busca em atingir os propósitos, missão e estratégias estabelecidas pela empresa. Sem uma liderança dificilmente esses propósitos seriam alcançados, já que as empresas, como qualquer coletividade, são movidas por movimentos contrários de cooperação e conflito, sendo assim é preciso magnificar a cooperação e direcionar os conflitos para seus aspectos contributivos de mudança e de criatividade. Esse é o papel da liderança. É um papel integrador.

O presente estudo, elaborado a partir de Monografia apresentada como um dos requisitos do curso de especialização em Gerência de Projetos do NCE/UFRJ visa analisar o quanto o perfil psicológico influencia na aceitação de determinado tipo de liderança.

LIDERANÇA

A necessidade de um processo de liderança está presente em todas as segmentações da sociedade. Pais, professores, líderes religiosos, todos possuem como função básica a de servirem como líderes para um grupo de pessoas. A liderança decorre de uma série de características essenciais como visão do futuro, autocontrole, coragem e valores, sendo sua função primordial a junção das forças e idéias para a realização de um bem comum através da motivação gerada no grupo em que sua influência é exercida.

Existem diversos tipos de liderança (COUTINHO, 2004), porém os principais são o autocrático, onde ocorre um autoritarismo maior e menos liberdade para a equipe, o liberal ou laissez-faire onde a equipe tem uma liberdade exagerada e o democrático, com uma liberdade controlada, discussão constante das idéias e apoio por parte do líder.

É importante traçar uma relação líder-subordinado, baseada na empatia e respeito, sem, no entanto, ultrapassar os limites da relação profissional. O liderado sente-se seguro e motivado quando vê o seu líder envolvido no projeto no qual ele está inserido, quando o líder conhece o negócio e transmite esse conhecimento para que o liderado possa desenvolver bem suas tarefas e quando o líder permite ao seu liderado que ele faça realmente seu trabalho, ou seja, permitindo que se comunique, participe e tome decisões.

Portanto, cabe ao líder não somente comunicar valores, mas manter relações honestas, baseadas em confiança e, acima de tudo, garantir a tradução de valores e missão em suas ações e principalmente, em decisões concretas de negócio. Para Senge (1998), o papel do líder é o de projetista, orientador e regente:

• Projetista – para construir o alicerce da Instituição com seus propósitos e valores essenciais, para definir políticas e estratégias, para criar processos de aprendizagem efetiva.

• Orientador – para fazer aflorar os modelos

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