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Perversão

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Por:   •  26/10/2013  •  Seminário  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  328 Visualizações

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Perversão – Estrutura

A perversão é uma estrutura classificada apenas como grave, não havendo nesta a classificação simples.

Na lógica da perversão, o sujeito se situa entre a transgressão e a mentira. Na transgressão, pressupõe a idéia da existência de uma norma, que estabelece e demarca limites. Transgredir significa ultrapassar ou exceder tais normas. Assim, para ser perverso, o sujeito tem que vivenciar essa lógica.

O mecanismo psíquico da perversão trata de desmentir, ou seja, refazer a mentira. O que Lacan chama de desmentir, Freud o denomina como recusa. Então, se o sujeito circular entre transgressão e mentira, o terapeuta terá que desfazer a sua mentira.

Fantasia inconsciente: abandono.

O perverso percebe o amor, mas acha que o perdeu; por isso a sensação de abandono que sente. Há a sensação de carência e desamparo. Por isso, ele virá construir em cima disso uma mentira. É aqui se qualifica a perversão. E a nossa sociedade contemporânea está repleta de indivíduos apresentando a estrutura da perversão. Na política, isso é bastante comum.

O perverso pode até mesmo delirar, pela mentira em que acredita. Ele mente tanto que acaba acreditando nestas mentiras.

Na perversão existe a intencionalidade. O sujeito tem a intenção de fazer o que faz. O sujeito sabe, porém suas mentiras começam a tomar uma proporção tal, que ele acaba se perdendo em suas próprias mentiras. Alguns dos sintomas apresentados são:

- Chantagem;

- Manipulação;

- Sedução;

- Transgressão (não há perversão sem transgressão);

- Jogos psicológicos: O perverso não vai à clínica pedir auxílio, como acontece com o neurótico, ou mesmo o psicótico. O perverso vai para competir com o terapeuta, e para tomar o seu lugar. Pode-se associar a perversão a um jogo de xadrez. O que se busca neste? O xeque-mate. Ocorre o mesmo na terapia. Assim, pode-se dizer que, em algum grau, a perversão é menos complexa que a psicose, mas o perverso dá mais trabalho que o psicótico, haja vista que ele vem para competir com o terapeuta e tomar seu lugar.

- Sensação de triunfo;

- A não entrega: O psicótico não consegue entregar-se. Não há espaço para você dentro dele. Ele sempre é bom demais para, por exemplo, ter uma única mulher, um único parceiro. Assim, é comum na perversão haver mais de um parceiro. Aqui estão presentes a infidelidade e a falta de amor romântico.

A maior parte dos perversos são homens. O perverso trata a mulher como a “mulherzinha” (sentido pejorativo). O feminino para o homem perverso é apenas um corpo para se usar (bem contemporâneo) – sujeito CDD (consome, destrói e dejeta). A perversão é um quadro contemporâneo.

Ressalta-se aqui que, para o perverso, ele sempre é o melhor. Além disso, ele mente muito. E ele o faz por medo de perder seu parceiro. Tudo isso reside, no fundo, por uma sensação de abandono que o acompanha. Assim, não se entrega, sendo comum ter vários parceiros.

Sobre o modo como se comporta, agindo como o “grande garanhão”, na verdade existe “um menino com medo de ser abandonado”. Só que ele não sabe disso.

Sobre o fato de ele se achar superior (“the best”), esta é a maior mentira que ele conta para si mesmo, devendo essa idéia ser desconstruída no processo terapêutico. A perversão vive de aparências, de imagem. A angústia e a culpa irão aparecer na clínica.

Pênis – Falo – Poder

O perverso busca essencialmente ter o poder, sendo o mesmo uma crença criada por esse sujeito.

Importante destacar aqui a forma como se constrói a noção do “ter poder” para o perverso. Isso advém, inicialmente, da idéia de pênis e falo, que é a questão do feminino para o perverso.

A questão do feminino se inicia para o perverso com sua mãe, ou seja, com a função materna. Trocando em miúdos, aqui se trata da afetividade e da sexualidade.

O perverso percebe, através da vida (ao longo), que o feminino vai atingir fundamentalmente sua afetividade e sexualidade. Aqui começam as crenças da perversão, e essas advém da distorção da realidade e não da negação da realidade. Aqui não há negação.

Em termos de psiquismo, a perversão está menos comprometida que a psicose, porém o tratamento daquela é mais complexo que da psicose.

Uma

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