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Principais Conceitos De Jung

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Por:   •  14/12/2014  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  1.397 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Jung foi um dos mais ilustres discípulos de Freud e de Bleuler. Desenvolveu ao longo de seus 86 anos, uma concepção extremamente original sobre a estrutura e o funcionamento da alma humana. Criou e aprofundou conceitos hoje utilizados e discutidos amplamente em psicologia e psicopatologia.

A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE:

A personalidade total, ou a psique, conforme chamada por Jung, consiste em vários sistemas diferenciados, mas interatuantes. Os principais são o ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, e o inconsciente coletivo e seus arquétipos, a anima e o animus, e a sombra. Além desses sistemas interdependentes, existem as atitudes de introversão e extroversão e as funções do pensamento, sentimento, sensação e intuição. Finalmente existe o self, que é o centro de toda a personalidade.

O EGO:

O ego é a mente consciente. Ele é constituído por percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. O ego é responsável pelos nossos sentimentos de identidade e de continuidade, e do ponto de vista da pessoa, considera-se que esteja no centro da consciência.

O INCONSCIENTE PESSOAL:

O inconsciente pessoal é uma região adjacente ao ego. Ele consiste em experiências que já foram conscientes, mas que agora estão reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, e em experiências que foram a princípio fracas demais para deixar uma impressão consciente na pessoa. Os conteúdos do inconsciente pessoal, como os do material pré-consciente de Freud, são acessíveis à consciência, e existe um grande transito de duas vias entre o inconsciente pessoal e o ego.

COMPLEXOS:

Um complexo é um grupo organizado ou uma constelação de sentimentos, pensamentos, percepções e memórias que existem no inconsciente pessoal. Ele tem um núcleo que age como uma espécie de magneto que atrai ou “constela” varias experiências. Um complexo pode se comportar como uma personalidade autônoma com uma vida mental e um motor próprio. Pode assumir o controle da personalidade e utilizar a psique para seus próprios fins. O núcleo e muitos dos elementos associados são inconscientes em qualquer momento especifico, mas qualquer uma das associações pode-se tornar consciente e com frequência realmente se torna.

O INCONSCIENTE COLETIVO:

O inconsciente coletivo é a camada mais profunda da psique e constitui-se dos materiais que foram herdados da humanidade. Herdados do nosso passado ancestral, um passado que inclui não apenas a historia racial dos seres humanos como uma espécie separada, mas também seus ancestrais pré-humanos, ou animais. O inconsciente coletivo é o resíduo psíquico do desenvolvimento evolutivo humano, um resíduo que se acumula em consequência de repetidas experiências ao longo de muitas gerações. Ele é quase totalmente separado de tudo o que é pessoal na vida do individuo e aparentemente é universal. Todos os seres humanos tem mais ou menos o mesmo inconsciente coletivo. Herdamos pré-disposições que nos fazem reagir ao mundo de uma maneira seletiva. Elas são projetadas no mundo. Exemplo: uma vez que os seres humanos sempre tiveram mães, todo bebê nasce predisposto a perceber e a reagir a uma mãe. O conhecimento da mãe, individualmente adquirido. É a realização de uma potencialidade herdada que foi inserida no cérebro humano pelas experiências passadas da raça.

ARQUÉTIPOS:

São os componentes estruturais do inconsciente coletivo. Recebem vários nomes: arquétipos, dominantes, imagens primordiais, imagos, imagens mitológicas e padrões de comportamentos. Um arquétipo é uma forma universal de pensamento que contem um grande elemento de emoção. Essa forma de pensamento cria imagens ou visões que correspondem na vida normal de vigília a algum aspecto da situação consciente. Embora todos os arquétipos possam ser considerados como sistemas dinâmicos autônomos que podem ser relativamente independentes do resto da personalidade, alguns arquétipos evoluíram tanto que merecem ser tratados como sistemas separados dentro da personalidade. Eles são a persona, a anima e o animus e a sombra.

A PERSONA:

É a dimensão exterior e relacional da personalidade; a máscara adotada pelo individuo nas relações sociais. Corresponde, em parte, àquilo que os sociólogos denominavam “papel social”. Se o ego se identifica com a persona, como acontece frequentemente, o individuo se torna mais consciente do papel que esta desempenhando do que de seus sentimentos genuínos (“inflação da persona”). Ele se aliena de si mesmo e toda a sua personalidade assume uma qualidade plana ou bidimensional. Ele se torna a mera aparência de um humano, um reflexo da sociedade ao invés de um ser humano autônomo.

A ANIMA E O ANIMUS:

Jung atribuiu o lado feminino da personalidade do homem e o lado masculino da personalidade da mulher a arquétipos. O arquétipo feminino no homem é chamado de anima, e o arquétipo masculino na mulher, animus. Tais arquétipos não só fazem com que cada sexo manifeste características do outro sexo, mas também agem como imagens coletivas que motivam cada sexo a responder aos membros do outro sexo e a compreendê-los. Mas ao anima e o animus também podem levar a desentendimento e à discórdia se a imagem arquetípica for projetada sem consideração pelo caráter real do parceiro. Isto é, se um homem tentar identificar sua imagem idealizada de mulher com uma mulher real e não levar em conta as discrepâncias entre o ideal e o real, ele pode sofrer um amargo desapontamento quando perceber que as duas não são idênticas; tem de haver um compromisso entre as necessidades do inconsciente coletivo e as realidades do mundo externo para que a pessoa seja razoavelmente bem ajustada.

A SOMBRA:

São os elementos inconscientes inaceitáveis da personalidade, reprimidos pela consciência. Aspectos da própria pessoa que frequentemente são repudiados e rejeitados com veemência por ela. A sombra é sobretudo inconsciente, estando, de certa forma, no polo oposto ao da persona. A tendência mais comum é projetar a sombra sobre o outro, seja ele um inimigo conhecido, um colega qualquer de trabalho, um vizinho, um grupo social ou étnico ou uma figura simbólica como o demônio, um mito ou uma fantasia.

O SELF:

O self não é propriamente algo que exista, mas algo a que o individuo se destina no seu

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