Projeto de inclusão para imigrantes, trabalhadores de uma industria calçadista.
Por: 1234341 • 31/1/2020 • Trabalho acadêmico • 4.383 Palavras (18 Páginas) • 257 Visualizações
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC[pic 1]
CAMPUS PINHALZINHO - SC.
DOUGLAS SEHNEM SCHWERTZ
DA MIGRAÇÃO A INCLUSÃO: PROJETO DE INCLUSÃO DE IMIGRANTES NA EMPRESA DRAY
Projeto Social apresentado ao componente curricular de Técnicas de Avaliação e Intervenção Psicossocial, do sexto período do curso de Psicologia, área das Ciências da Vida, Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC Campus de Pinhalzinho – SC.
Orientadora: Profa. Verena Augustin Hoch
Pinhalzinho – SC
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO 3
1.1 JUSTIFICATIVA 4
1.2 OBJETIVOS 5
1.2.1 OBJETIVO GERAL 5
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
2.1 CONTEXTO MIGRATÓRIO 5
2.2 INTEGRAÇÃO À CULTURA 7
2.3 SOFRIMENTO NO TRABALHO 8
2.4 GRUPO OPERATIVO INSTITUCIONAL 9
3 METODOLOGIA 11
4 CRONOGRAMA 11
5 PARCERIAS 12
6 ORÇAMENTO 12
7 REFERÊNCIAS 12
INTRODUÇÃO
O presente projeto desenvolvido na empresa Dray, localizada na cidade de Saudade Santa Catarina, tem início a partir da constatação de uma possível realidade causadora de sofrimento, que acomete principalmente a população imigrante, tanto Haitianos quanto Venezuelanos que tem sua atividade laboral a linha de produção, onde operam as mais diversas máquinas presentes na fábrica.
Dados da empresa mostram que atualmente cerca de 13 Venezuelanos e 15 Haitianos fornecem sua mão de obra para a empresa. A maioria destes além de não ter o domínio básico do português, não estão familiarizados com a cultura local e não possuem conhecimento sobre seus direitos e deveres cívicos, sociais e legais, fator que potencializa um possível cenário de sofrimento.
A empresa Dray é uma indústria de produtos da linha esportiva. Fundada no ano de 1993, Dray cujo nome faz referência a palavra “drei” (três em alemão), produz diversos artigos esportivos, como: bolas, meias, calções, caneleiras, calças e calções para goleiro, camisa térmica, porém, seu foco principal é voltado para o calçado onde produz-se tênis e chuteiras.
Atualmente a empresa emprega 662 funcionários, destes, 445 localizam-se na matriz e o restante distribuídos em duas filiais, nas cidades, Cunha Porã - SC e Curitiba - PR. A matriz – onde o projeto será realizado – separa seus expedientes em três horários, o primeiro inicia ás 5:00 horas ás 9:30, intervalo, retorno ás 10:35 a 15:00, o segundo inicia ás 15:00 horas até ás 18:45, intervalo, retorno 19:55 à 00:36, e o terceiro em horário comercial 7:12 ás 11:30, intervalo, retorno ás 13:00 a 17:30.
Esta situação possibilita imigrantes que atuam na empresa, submeter-se a diversas formas de sofrimento, que vão desde a dificuldade de inclusão na cultura organizacional, incompreensão da cultura local, despersonalização, até vulnerabilidade em casos de violências psicológicas e institucionais.
Considerando que tais operários também constituem o quadro de funcionários da empresa, e que a saúde e qualidade de vida destes influenciam na produtividade de seu trabalho, torna-se importante potencializar a inclusão e o bem estar tanto na organização quanto fora dela, para prevenir doenças, melhorar a qualidade de vida e consequentemente possibilitar para o trabalhador uma jornada de trabalho menos exaustante e produtora de sofrimento.
Para proporcionar as possíveis melhorias na empresa, é necessário adotar algumas medidas. Sendo elas, informativas com intuito de levar conhecimento tanto a população imigrante quanto a população local sobre os direitos e deveres dos povos imigrantes, sendo através de palestras fornecida pela empresa, além de, inclusiva ao modificar todas as placas que sinalizam locais de segurança, direções e sanitários, e, terapeuta ao viabilizar encontros de grupos entre imigrantes, para que possam expressar suas vivencias, compartilhando e deliberando sobre tais, possibilitando a ressignificação de suas experiências através do potencial terapêutico presente na relação com grupo.
JUSTIFICATIVA
A presente proposta busca informar o público imigrante sobre seus direitos como população migrante no Brasil, da mesma forma busca conscientizar a população local sobre o processo de migração e explanar formas de violência vividas pelo público em questão, também, tornar viável a elaboração de grupos operativos institucionais, com fins terapêuticos quinzenais, para que os colaboradores haitianos e venezuelanos possam expressar seus sentimentos, e ainda, de forma a incluir o trabalhador imigrante, providenciar a tradução das placas que indicam segurança, direção e locais.
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