Psicanálise passo a passo
Resenha: Psicanálise passo a passo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lalapg • 6/6/2014 • Resenha • 1.760 Palavras (8 Páginas) • 228 Visualizações
ujeito , este suposto , nascido na modernidade
ELIA, Luciano da Fonseca. O Conceito de sujeito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2004. p.
50. Psicanálise passo-a-passo.
A leitura do texto de Luciano da F.
Elia aponta para o conceito de sujeito como
uma categoria moderna, e seu surgimento é
contemporâneo à ciência.
Luciano da Fonseca Elia é pós-doutor
pela PUC-Rio e professor titular do Instituto
de Psicologia da UERJ, defendendo em sua
dissertação de mestre O inconsciente filosófico
da psicanálise. Elia tem outras obras escritas
como “Corpo e sexualidade em Freud e Lacan”
(Rio de Janeiro, Uapê, 1995). É também coorganizador
do livro Psicanálise, clínica e
pesquisa, do Programa de Pós-Graduação
em Psicanálise do IP/UERJ, além de autor de
inúmeros artigos na área de psicanálise. Esse
livro foi escrito por solicitação da publicação
Psicanálise Passo-a-Passo de Jorge Zahar
Editor, com a proposta de permitir ao leitor
trilhar diferentes campos do saber de maneira
gradual numa linguagem acessível, onde Elia se
destaca como um especialista capaz de oferecer
uma visão atualizada e abrangente do conceito
de sujeito na psicanálise.
Para Elia, sua obra não se inscreve sob
a rubrica de um “sujeito ao alcance de todos”;
ou “tudo o que você sempre quis saber sobre o
sujeito” mas tinha medo de perguntar. O saber
sobre o sujeito não está ao alcance de todos,
e não estará ao alcance de ninguém que não
queira se dar ao trabalho psicanalítico. Elia
busca definir os critérios metodológicos para os
modos de produção do saber na psicanálise e
seus intercâmbios com outros saberes.
Elia pergunta: o sujeito é ou não um
conceito? Que tipo de existente o termo sujeito
designa? O que é isto que se chama sujeito? O
sujeito é algo que existe por aí, é ele encontrável
na realidade empírica? É uma positividade,
um referente factual do conceito que leva seu
nome? As respostas são negativas. Olhando
pelo angulo existencial, ele está lá, é o outro
com todas as suas implicações, imbricações,
circunstancias, mazelas e conflitos.
Como interrogá-lo? O acesso a esse saber
exige um trabalho (o trabalho analítico), que
se realiza através de um determinado método
(método da psicanálise), que estabelece um
dispositivo (o analítico) e requer uma função
operante (o psicanalista). Com isto afasta-se a
possibilidade do uso da via da intelectualidade
para elaboração deste saber. Elia propõe que
o saber sobre o sujeito não está ao alcance de
todos, e não estará ao alcance de ninguém que
não queira se dar ao trabalho psicanalítico.
Sendo a psicanálise a função operante,
Elia pergunta: o sujeito em psicanálise é um
conceito, no sentido cientifico ou filosófico
do termo? Como categoria nocional elaborada
teoricamente, designada por uma palavra que lhe
dá unicidade, precisão e rigor, é um conceito: é
isso que faz com essa categoria integre o corpus
teórico da psicanálise, constituindo-se de forma
essencial. Elia lança mão do que é necessário,
dos campos científico e filosófico para poder
responder à questão, colocada pela e para a
psicanálise.
O sujeito da ciência e o sujeito da
psicanálise são os mesmos; porém a ciência não
opera com este sujeito, mas a psicanálise criou
condições de operar com ele. Ela é a o que Elia
chama de subversão. O modelo médico (ciência)
não tem dado conta da pessoa, com deficiência,
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Pró-Discente: Caderno de Prod. Acad.-Cient. Progr. Pós-Grad. Educação Vitória v. 15 n. 1 p. Jan./jul. 2009
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por exemplo. É o sujeito da ciência, e a ciência
não opera e não criou condições de operar com
este sujeito. A pedagogia criaria condições
de operar com este sujeito? Elia entende que
mesmo na ciência ou na filosofia “sujeito” não é
um conceito, nas acepções clássicas de conceito.
Como
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