Psicologia Origem da Filosofia
Por: Leticia.pires02 • 24/9/2019 • Resenha • 702 Palavras (3 Páginas) • 181 Visualizações
Origem da Filosofia
Devemos saber que ao longo do tempo alguns interesses e pensamentos da filosofia vieram por conta de seu começo na Grécia, e para entendermos mais sobre isso é necessário saber um pouco da história da Grécia que teve inicio na Grécia homérica, depois passa pela Grécia arcaica, depois até a Grécia clássica e enfim a época helenística. No entanto os períodos da filosofia não correspondem exatamente a essas épocas, já que ela começou apenas nos meados da Grécia arcaica, e teve seu ápice durante a Grécia clássica.
Mas, os quatro grandes períodos da filosofia Grega onde o conteúdo muda e se enriquece são:
Período Pré- Socrático ou Cosmológico: Uma das características da cosmologia é a racionalidade sobre a origem e transformação da natureza e dos seres humanos, ela afirma que não existe uma criação do mundo, como por exemplo, várias religiões afirmam, ela acredita que tudo se transforma sem jamais desaparecer. E afirma que tudo vem do “physis”, que seria o que dá a origem a todos os seres, e seria visível apenas pelo olho do espírito, o pensamento.
Também diz que o mundo está em constante transformação, e chamam isso de movimento, que é a mudança dos seres, de aparência e quantidade. E o movimento do mundo chama-se devir que segue leis e diz que essas mudanças são sempre o contrário do seu estado, por exemplo: o dia para a noite, o claro e o escuro, e também no sentido inverso.
Dentre os filósofos pré-socráticos temos: Tales de Mileto,Pitágoras de Samos, Pamênides de Eléia, Heráclito de Éfeso, entre outros. Os filósofos escolheram diferentes physis, ou seja, cada um encontrou razões diferentes para o principio eterno e imutável , um exemplo : Heráclito afirmou ser o fogo.
Período Socrático ou antropológico:
O inicio da democracia na cidade de Atenas foi fundamental para o desenvolvimento da filosofia, pois ela permitiu que os homens participassem diretamente do governo da cidade assim podendo discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar.
E para conseguir que sua opinião fosse aceita era necessário que o cidadão fosse persuasivo, e assim vem uma mudança na educação grega. Quando não havia ainda a democracia tinha um padrão da educação criado pelos aristocratas, que se baseava no homem ideal, guerreiro belo e bom, que tinha um “belo físico” e também era bom segundo os princípios de Homero e Hesíodo. E quando surgiu a democracia esse padrão vai mudando e sendo substituído por um que forma bons oradores, com o poder da persuasão, e isso foi feito pelos sofistas que discordavam dos ensinamentos dos filósofos do período cosmológico. Os sofistas ensinavam técnicas de persuasão para os jovens, e a defender a opinião. Sócrates ,no entanto rebelou-se contra os sofistas, afirmando que eles defendiam qualquer idéia se fosse vantajosa e faziam a mentira valer mais que a verdade. Porém ele também discordava dos filósofos da cosmologia, assim propunha que antes de conhecer a natureza e persuadir o homem deveria conhecer a si mesmo. Sócrates era um homem que questionava a todos, sempre fazia perguntas que na maioria das vezes as pessoas não sabiam responder, e a maior surpresa: ele também não, daí a frase muito famosa atribuída a ele: “sei que nada sei". Ele procurava conceitos e não opiniões, pois as opiniões podem ser mudadas e variam de pessoa para pessoa, já o conceito é uma verdade única. As perguntas de Sócrates eram sempre sobre coisas que os atenienses diziam ser verdade, e ao fazê-las despertava uma dúvida nas pessoas não só sobre elas mesmas mas também sobre a polis. Assim tornou-se um risco para os poderosos, pois fazia todos pensarem, então foi acusado de corromper os jovens e desrespeitar os deuses, assim foi condenado à morte. E ele não se defendeu, pois teria que parar de filosofar, e ele dizia: “Prefiro a morte a ter que renunciar a Filosofia”.
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