RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME "O SHOW DE TRUMAN" POR ESTER NOVAES
Exames: RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME "O SHOW DE TRUMAN" POR ESTER NOVAES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Emdfn • 5/1/2015 • 839 Palavras (4 Páginas) • 1.676 Visualizações
O filme “O Show de Truman: o show da vida”, lançado em 1998, dirigido por Peter Weir e tendo como astro o reconhecido ator estadunidense Jim Carrey, é uma obra bastante inusitada que possui algumas vertentes de análise completamente interessantes não só para o ser como um indivíduo único, mas também para o mundo psicológico como um todo.
Para que se faça um pequeno resumo, é necessário falar que Truman Burbank, o protagonista, é um homem que inicialmente não sabe que está sendo observado diariamente por bilhões de pessoas ao redor do mundo. Isso se dá porque uma esfera fora criada para que a vida dele fosse transformada num show da realidade, e, por esta razão, todos os seus atos são vistos e comentados 24 horas por dia. Truman, no entanto, com o passar do tempo, começa a desconfiar de tudo o que o cerca e, por fim, descobre a realidade e opta por ir buscá-la.
Para que seja feita uma abordagem explanada do filme, pode-se dividi-lo, em um primeiro momento, em três partes, as quais se interligam, no desenrolar da história, na formação do personagem como ele é visto ao se encontrar verdadeiramente. A primeira parte a ser desmistificada é a visão de Truman do mundo que o cerca. Partindo do ponto que ele foi uma criança adaptada a viver paralelamente com o mundo, nota-se que suas ações eram antes idealizadas para que ocorressem de acordo com a pretensão do telespectador e do próprio diretor do programa, Christof (Ed Harris). Dessa forma, observa-se que o indivíduo ao se desenvolver, tem lembranças de momentos que ele, de fato, não consegue reconhecer inteiramente como seus e, ainda assim, se satisfaz em recordá-los por uma mera precisão que a vida impõe aos seus artistas com o transcorrer do tempo, das ideias e das necessidades.
Num segundo momento, coloca-se em pauta a revelação do mundo para Truman numa concepção que ele idealiza como o ponto de partida para que o personagem passe a desencadear movimentos ainda mais espontâneos, dessa vez, relativos aos sentimentos, os quais levam o ser a notar uma perspectiva distinta da esperada. Isso ocorre com a chegada de Sylvia, vivida pela atriz Natascha McElhone, momento no qual, pela primeira vez, o protagonista sente algo ocasionado por seus próprios instintos. Essa é a situação que leva o filme a um desfecho satisfatório por enlevar a importância da subjetividade na construção do elemento e, é claro, desencadear emoções ao longo da vida.
É preciso mencionar, entretanto, que essa mesma subjetividade foi o que causou uma espécie de colapso no psicológico de Truman e ele começou ver as paredes formadas em volta de sua vida. Diga-se de passagem, que os outros personagens que conviviam com ele também não possuíam uma conexidade tão aflorada com o próprio, pois, em diversos momentos, deixaram brechas para que a verdade fosse descoberta e o psíquico do homem passasse por um congestionamento ainda maior, já que o ego começa a ser o centro do universo visto e tudo passe a girar em torno de um só ser, o que, sorrateiramente, causa uma pane elementar em qualquer pessoa que tenha uma insegurança em relação à sociedade em que convive.
Por exemplo, ao falar-se, enfim, da parte três que pode ser analisada, ver-se a concretização de uma realidade vil e torpe, a qual, mesmo assim, seduz e induz o sujeito a adotá-la. Já no final do filme, Truman descobre que sua vida realmente se tornou
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