RESENHA DO FILME “O PONTO DE MUTAÇÃO”
Por: Tatieleandrade • 25/8/2019 • Resenha • 438 Palavras (2 Páginas) • 1.706 Visualizações
RESENHA DO FILME “O PONTO DE MUTAÇÃO”
O filme “O ponto de mutação” dirigido Bernt Capra, foi lançado em 1992. O drama se passa em um castelo medieval, numa ilha, localizada ao litoral da França, e envolve um diálogo entre três personagens: um ex-física que desiste de sua carreira por conflitos éticos. Um candidato à presidência americana e um poeta. Desde já, percebe-se que a forma de enxergar a realidade passará por três pessoas com histórias pessoais e profissionais bem diferentes.
Essencialmente, nota-se que o maior dilema dos personagens seria a saída de padrões e o abandono da visão restrita de mundo. Tanto na política, na arte, quanto na ciência, os personagens se colocaram em crises existenciais devido a imposições dentro de suas próprias profissões.
A cientista defende no filme que embora Descartes tenha sido muito importante para a humanidade, seu pensamento mecanicista atrapalha a sociedade atual. Enxergar apenas as partes e não o todo foi o erro de Descartes e fez com que as nações se interessassem somente por suas próprias partes, criando o individualismo. Por outro lado, o político apresenta a ideia de que o modelo de Descartes ainda é válido e que o único meio de conseguir mudanças através da política é fazendo isso por pequenas partes, sendo impossível mudar o sistema como um todo. O poeta, diferentemente da cientista e do político que fazem uma análise objetiva de tudo, nos faz analisar a subjetividade das coisas. Não podemos sobreviver apenas da lógica se quisermos evoluir, nossa visão de mundo e pensamentos são subjetivos. Devemos trabalhar a nossa visão crítica e entendermos que o mundo não é feito apenas de uma coisa ou outra, mas feito de tudo. Ele questiona se o homem é uma ilha. O homem não pode ser uma ilha, pois se relaciona em sociedade e com a natureza para sobreviver.
O ponto central da discussão é a crise de percepção pela qual a humanidade tem passado e a necessidade de uma nova visão de mundo. A proposta do filme é a de que é mais correto se falar em inter-relações como a descrição da realidade do que dizer que certas partes atuam de tal forma para definir o todo. Dessa, forma podemos concluir que para que a humanidade mude e evolua é necessário que essa crise de percepção seja superada e que os problemas deixem de ser pensados de forma isolada, mas que lembremos que fazemos parte de um todo: o universo. Não se deve olhar para os problemas do mundo tentando solucioná-los separadamente. Devemos entender as conexões entre eles para depois resolvermos os problemas.
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