RESENHA DO FILME "UM METODO PERIGOSO"
Ensaios: RESENHA DO FILME "UM METODO PERIGOSO". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renataml • 6/2/2014 • 471 Palavras (2 Páginas) • 2.779 Visualizações
No filme “Um Método Perigoso”, temos a interpretação de parte da vida
de grandes nomes da psicologia, quais sejam, Carl Jung e Sigmund Freud.
Neste filme de David Cronenberg, a trama gira em torno do conceito e uso da
psicanálise pelos dois grandes psicanalistas, através de um método usado por
eles, visando a cura de distúrbios psicóticos dos seus pacientes. Tal método
(experimental) ficou conhecido como “a cura pela fala”, e foi proposto por
Freud, e aperfeiçoado por Jung.
Ao inicio do filme, temos a paciente Sabina Spielrein (Keira Knightley),
que chega ao hospício onde Jung trabalha, e lá será tratada por ele. O caso
nos leva a acreditar que Sabina sofria abusos e agressões físicas do pai, o que
encadeou o seu estado mental debilitado. No entanto, essas agressões são
justamente a sua fonte de prazer sexual e toda vez que passava por momento
parecido ou igual excitava-se loucamente e o prazer era eminente. A ação da
psicanálise proposta no filme era curar-lhe dessas lembranças. O que
aconteceria mais tarde.
O enredo do filme aborda as tensas relações entre Jung e Freud, e suas
grandes mentes. Os diálogos e inúmeras correspondências deixam claras as
divergências entre eles e os motivos que os levam à ruptura, que
provavelmente se deu por um confronto de egos. Jung deixa claro que não
concorda com os pensamentos de Freud, e sua fixação pela sexualidade, além
de achar que ele impõe sua vontade perante seus “alunos”, e Freud desaprova
a maneira de como Jung se envolvia com seus pacientes, especialmente com
Sabina. A relação de Jung e Sabina foi impulsionada por outro paciente bem
interessante, seu nome era Otto Gross. Ele fez Jung refletir sobre uma possível
aventura com sua paciente, ao indagar: “Por que deveríamos colocar tanto
esforço para reprimir nossos instintos mais básicos?”. O instinto do desejo
sexual e a atração que ele demonstrava ter por Sabina. Se, do ponto de vista
ético, é repreensível o envolvimento emocional em casos no qual o profissional
exerce autoridade, a questão é complexa, pois embora expresse uma relação
de poder é também um relacionamento humano. E as relações humanas
envolvem mais do que a racionalidade. Assim, Jung desiste de ser racional e a
procura. A partir da posição que ocupa na relação,
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