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RESENHA FILME CAMILLE CLAUDEL

Por:   •  2/9/2021  •  Resenha  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  203 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE[pic 1]

RESENHA FILME CAMILLE CLAUDEL

UBERABA – MG

2018


UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE[pic 2]

CAMILLE CLAUDEL

[pic 3][pic 4]

Trabalho apresentado ao Professor Gilson Marcos da Silva como parte das exigências ao roteiro de atividade da disciplina Práticas Integrativas I do 1º Período do segundo semestre/2018 do Curso de Psicologia.

        

 

UBERABA - MG

2018

O filme analisado em sala de aula retrata a vida de Camille já internada. Falando um pouco sobre Camille Claudel, nome artístico de Camille Athanaïse Cécile Cerveaux Prosper (Fère-en-Tardenois8 de dezembro de 1864 — Montdevergues19 de outubro de 1943) foi uma escultora e artista gráfica francesa. Faleceu na obscuridade, mas sua obra ganhou reconhecimento por sua originalidade décadas após a morte. Era irmã mais velha do poeta e diplomata Paul Claudel.

Camille Claudel nasceu no norte da França, em Fère-en-Tardenois, filha de uma família de fazendeiros. Seu pai, Louis Prosper, trabalhava com transações bancárias e hipotecas, enquanto sua mãe, Louise Athanaïse Cécile Cerveaux, vinda da província de Champagne, descendia de uma família de fazendeiros e padres católicos. A família se mudou para a região de Villeneuve-sur-Fère quando Camille era ainda um bebê. Seu irmão mais novo, Paul Claudel, nasceu em 1868. Mudaram-se novamente nos anos seguintes:Bar-le-Duc (1870), Nogent-sur-Seine (1876) e Wassy-sur-Blaise (1879), porém ainda passando os verões na residência de Villeneuve-sur-Fère, cuja paisagem marcou profundamente as crianças. A família se mudaria mais uma vez, em 1881, para Montparnasse, com seu pai ficando para trás para ganhar o sustento dos filhos.

Fascinada por pedra e terra quando criança, já moça Camille estudou na Académie Colarossi, um dos poucos lugares abertos a estudantes mulheres com o escultor Alfred Boucher. Na época, a famosa École des Beaux-Arts barrava a matrícula de mulheres. Em 1882, Camille alugou um estúdio com outras mulheres, a maioria inglesa, incluindo Jessie Lipscomb. Alfred Boucher tornou-se seu mentor e lhe concedeu a inspiração e encorajamento que recaiu sobre toda uma geração de novos escultores. Camille esculpiria um busto de seu mentor em gratidão. Antes de mudar-se para Florença, depois de ter lecionado para Camille e as colegas por mais de três anos, Alfred perguntou a Auguste Rodin se ele não gostaria de assumir a instrução de suas alunas. Foi assim que o tumultuado e controverso relacionamento de Rodin com Camille começou, ela então com 19 anos.

Por volta de 1884, Camille começa seus estudos na oficina de Rodin. Ela se torna sua inspiração, sua modelo, confidente e amante. Camille nunca morou junto de Rodin que relutava em terminar seu relacionamento com Rose Beuret. O conhecimento de seu caso com o escultor desagradou à família, em especial sua mãe, que a rejeitava por não ter nascido menino (e tendo nascido após a morte de primeiro bebê) e nunca concordou com seu envolvimento com as artes. Como resultado, Camille deixou a residência da família e após sofrer um aborto em 1892, terminou o relacionamento íntimo que tinha com Rodin, apesar de continuar a vê-lo com frequência até 1898.

Na obra The Mature Age (1900), Camille interpreta seu irmão como sendo uma poderosa alegoria para o seu rompimento com Rodin. Seu trabalho tinha assinaturas distintas como a plasticidade das obras, a representação de gênero e escalas diversas. Camille transcendia os padrões convencionais para esculturas em sua época e até nas décadas seguintes. Alguns classificavam seus trabalhos como sendo ainda mais viris que obras feitas por artistas homens e que sua escultura possuía a assinatura que apenas os gênios em suas áreas possuem, como Berthe Morisot. Enquanto Rodin tinha linhas mais suaves e delicadas, Camille sugeria vigorosos contrastes e linhas poderosas em suas obras, razão essa que pode ter levado ao rompimento artístico e a rivalidade que se seguiu.

Shakuntala é descrita como a expressão do desejo de Camille de alcançar o sagrado, fruto de sua longa busca pela identidade artística, livre dos mandos de Rodin. Camille teria percebido após algum tempo de envolvimento com o escultor que ele a explorava e que ela nunca seria obediente como Rodin queria, reconhecendo em seguida como a sociedade explorava as mulheres. A escultura Shakuntala seria uma expressão de sua solitária existência, de uma busca pessoal.

Devido ao machismo e preconceito pelo fato de ser mulher, Camille não conseguia financiar muitas de suas ideias e por vezes dependeu de Rodin para realizar algumas delas em colaboração ou deixando-o levar o crédito pela obra Ela também era dependente financeiramente da família e depois da morte de seu amado pai, que tanto a auxiliou, sua mãe e seu irmão tomaram o controle das finanças, deixando-a na miséria, usando roupas esfarrapadas e vivendo de favores.

Quando Rodin viu a escultura The Age of Maturity pela primeira vez em 1899, sua reação foi de choque e fúria. Imediatamente ele cessou seu suporte a Camille e pressionou o ministro de belas artes que cancelasse pagamentos para obras em bronze. Muitos criticaram a postura de Rodin de não dar a Camille o respeito o reconhecimento que ela merecia. Alguns historiadores argumentam que Rodin teria tentado ajudar Camille do jeito que pode após a separação, mas que o mundo da arte negligenciava o talento nato de Camille, o que a levou ao esgotamento e à destruição de seu ateliê. Esculpir era uma arte cara e Camille recebia poucas encomendas devido ao seu estilo pouco comum para o gosto da época, o que a endividou.

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