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Resenha: Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo: Confronto de Paradigmas? Psicologia: Teoria e Pesquisa

Por:   •  5/11/2017  •  Resenha  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  2.498 Visualizações

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BARBIERI, V. Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo: Confronto de Paradigmas? Psicologia: Teoria e Pesquisa. Ribeirão Preto, Jul-Set, 2010, vol 26, n.3, p. 505-513.

O artigo refere-se a um estudo que busca identificar as diferenças e semelhanças do Psicodiagnóstico Tradicional entre o Psicodiagnóstico Interventivo, também foi realizado a exposição dos paradigmas quantitativos e qualitativos, analisando sua epistemologia e metodologia, objetivando analisar se o Psicodiagnóstico Interventivo compromete a consideração da Psicologia como ciência por se tratar de um campo novo e recém constituído do profissional de psicologia.

Segundo Barbieri (2010. apud PACHECO FILHO, 2000) paradigmas são investigações que incluem lei, teoria, aplicação e instrumentos de pesquisa. Ao que se refere ao paradigma quantitativo pode se dizer que este coletava e assimilava dados imutáveis, tendo por objetivo a generalização. Alguns conceitos como a fidedignidade, validade e significância estatística passaram a ter um papel de extrema importância para obter um grau de certeza. Já o paradigma qualitativo visava compreender os fenômenos através da observação, descrição e comparação.

Em relação a sua metodologia pode se dizer que a pesquisa quantitativa é constituída através de passos estabelecidos que devem ser seguidos desde as hipóteses até as conclusões. A pesquisa qualitativa se diferencia da quantitativa, pois não possui uma padronização dos procedimentos, sendo assim, o início de uma investigação não é um momento decisivo, também não objetiva controlar o fenômeno e sim compreender.

Segundo a autora, uma grande parte da Psicologia Acadêmica demonstra maior interesse pelas abordagens quantitativas, pois consideram que os números são mais reais do que as palavras e os testes mais verdadeiros que as entrevistas.

Barbieri (2010) se baseia nas contribuições de Ocampo, Arzeno e Piccolo (1979/1986) para falar do Psicodiagnóstico, no qual surgiu com base ao modelo médico, objetivando encontrar sinais de patologias através de aplicação de testes. O Psicodiagnóstico Tradicional pode ser definido como um processo limitado com técnicas para compreender um problema, avaliar, classificar e prever o rumo do caso. Para atingir esses objetivos é necessário seguir algumas etapas, tais como a entrevista inicial, que tem por objetivo conhecer o paciente e realizar a formulação das hipóteses para planejar a bateria de testes a serem aplicados posteriormente. Em seguida é realizado a aplicação de testes para investigar as hipóteses levantadas. Após esta etapa é realizada a entrevista devolutiva, no qual é informado ao paciente o que se passa com ele, porém, não é realizado intervenções, pois segundo Ocampo e cols. (1979/1986) o processo todo seria apenas um diagnóstico, sendo assim, intervenções podem prejudicar o vínculo do paciente com o psicólogo, correndo o risco de um possível abandono. A etapa final é o encaminhamento do paciente.

Segundo Cunha e cols. (1986), o Psicodiagnóstico é um processo cientifico, pois tem como base o levantamento de hipóteses que serão ou não confirmadas ao decorrer do processo, revelando uma concepção do paradigma quantitativo. Outro ponto que também atendem aos requisitos das abordagens quantitativas por possuírem padronização são os testes psicológicos e por fim, o Psicodiagnóstico

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