Resenha Sobre o Filme Silencio das Inocentes

O silêncio das inocentes

O documentário “O silêncio das inocentes” é uma obra brasileira lançada em setembro de 2010, de classificação livre, produzida por Fabrício Coimbra e Naura Schneider, e a direção de Ique Gazzola. Indo às telas, com o intuito de denunciar os diversos casos de violência doméstica contra a mulher, mesmo após da criação da lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como lei Maria da Penha.

Já de início, o documentário explicita por meio de depoimentos de vítimas que, a violência de fato existe em vários lares da sociedade brasileira: de forma brutal e covarde. Demonstrando, aspectos em comum em determinadas situações, onde as vítimas relatam diversas abordagens machistas advindas de seus companheiros.

Além disso, o tema é desenvolvido recebendo, também, explicações de especialistas tanto do ponto de vista jurídico, afim de abordar as sentenças da lei para cada caso, como do ponto de vista psicanalítico com o intuito de falar a respeito das causas de tais comportamentos.  

Logo, a união de testemunhos verídicos com abordagens cientificas possibilitam ao telespectador compreender facilmente a triste realidade brasileira e os porquês deste quadro negativo. Onde, quem assiste está propiciado a notar a grande necessidade da lei Maria da Penha, pois ao ter conhecimento de fatos tão brutais: desde mortes a deformações físicas e psicológicas, a visão de cada pessoa é drasticamente reformada.

Por fim, após 52 chocantes minutos terem-se passado, torna-se claro para diferentes tipos de público: que a lei Maria da Penha não é um exagero, todavia, um importante avanço do país contra o feminicídio. Pois, o documentário aborda de maneira coerente e concisa que, o universo da violência não para de crescer, isto porque o sistema deformado de soberania masculina tem passado de geração em geração e ganha força até os dias de hoje. Portanto, é fundamental, que está obra seja apresentada nas instituições de ensino, afim de sensibilizar jovens e adultos, dificultando, assim, a constante ascensão desta atrocidade.