Resenha do Filme Gaby
Por: Narabe • 2/4/2017 • Resenha • 721 Palavras (3 Páginas) • 758 Visualizações
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
DISCIPLINA: PSICOMOTRICIDADE
O filme relata uma história de uma jovem chamada Gaby, em que seus pais eram europeus e ricos. A personagem logo quando nasceu recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral. Embora o corpo totalmente paralisado, o cérebro progrediu ativado e ela finalizou um curso na universidade e tornou-se uma escritora famosa. Como só conseguia movimentar seu pé esquerdo, ela começou a aproveitar esses movimentos para se comunicar e alcançou o sonho de se tornar uma reconhecida autora e poetisa.
Nascida numa família milionária percebe-se a desilusão dos pais de Gaby ao tomar conhecimento sobre sua doença. A menina tinha uma babá, que não percebeu ao menos que o intelecto da garota tinha sido atingido pela paralisia. A governanta, que por sinal muito dedicada, passa a observar e compreende que a criança pode utilizar o pé esquerdo voluntariamente e que tem pontos cognitivos que atendem compreensão e consciência. Essa leal governanta a segue em todas as ocasiões, até mesmo Gaby teve condições de estudar em escola para direcionada para deficientes físicos.
Conforme Jerusalinsky (2006), a escola é a instituição encarregada pela sociedade de transferir cultura, educar, abrigar e instruir as crianças enquanto o futuro que dará probabilidades de alternativas ainda estar por vir. Isto indica que, perante a inclusão de crianças com comprometimento psíquico, a instituição apresente um plano de transferência de cultura inclusive para estas crianças, um plano que apronte perspectivas quão a sua aprendizagem e lhes assegure desafios básicos para suas cognições e não levá-las a escola simplesmente porque todos vão.
Durante o filme, uma cena que passa a chamar atenção é o momento em que o colega de Gaby fica alterado com o motivo de ser tratado de modo distinguido, uma vez que, naquela escola todos os alunos passavam de ano com as mesmas notas, independente de seu desenvolvimento acadêmico, sem progredir nas séries. Isso muda a percepção de Gaby, que percorre o sua ideia de melhoria escolar em escolas de "pessoas normais".
Jerusalinsky (2006) aponta que no trabalho com crianças que possuem comprometimentos sérios é necessário conhecer e recolher uma palavra, que por mais prudente e que apresente um valor exclusivo para que possa ocupar um lugar na procura do desejo, é papel do trabalho clínico “ceder o fio para alinhavar uma série significante na qual a criança possa se reconhecer”. (pág.170).
Este colega de Gaby acaba se tornando seu namorado, e a sexualidade deles é vista como uma coisa natural pela família dela. Contudo, a mãe do menino, de tão superprotetora, acaba por reprimi-lo e ele larga de seguir adiante. Gaby dar continuidade a seus estudos, e finda o curso superior, sempre ao lado da governanta, que por sua vez demonstra muito amor e dedicação pela menina.
Com relação à sexualidade de pessoas com deficiências, percebo que todos passam por um período na vida em que irão descobrir o funcionamento do seu corpo e suas funções, e estes, como seres humanos não são desiguais; não precisando ser restringidos se isto for pertinente com o seu desenvolvimento.
Por meio de um jovem amigo, Gaby arranja um emprego, onde é respeitada por seus conceitos. Novamente Gaby se apaixona e desta vez por este amigo "normal", mas o mesmo passa repelir como mulher, obviamente por suas circunstancias físicas e limitações.
Jerusalinsky (2006) afirma que entre o convívio com a diferença e a exclusão sentidas no espaço publico pela criança, é de suma importância à intercessão do terapeuta para rearticular um laço antecipadamente suposto corrompido. (pág.174).
Quanto à inclusão educacional, acho ser provável e de grande relevância para as pessoas portadoras de deficiência, desde que sejam respeitadas as decisões e determinações de desejar visitar ou não as escolas normais e tiverem as condições adequadas para o seu desempenho.
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