Resenha do Filme: Histórias Cruzadas e a Exclusão
Por: Julia Albuquerque • 14/3/2018 • Resenha • 663 Palavras (3 Páginas) • 452 Visualizações
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Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Departamento de Psicologia
Psicologia das Instituições e Políticas Públicas
Professora: Vera Morseli
Aluna: Julia Thauany Costa de Albuquerque
AED Filme
O filme Histórias Cruzadas e a Exclusão
É um filme norte americano lançado em 2011 que conta a história de algumas mulheres negras que viviam em uma pequena comunidade de Jackson, no Mississippi nos anos 60. Elas eram mulheres negras e empregadas domésticas. Nesta época havia muita discriminação racial, trazendo como foco o trabalho negro e esse espaço que a mulher negra ocupa na sociedade. O enredo sofre uma reviravolta quando uma mulher jovem, rica e branca resolve escrever um livro para contar a história dessas mulheres que lutavam por seu espaço, cuidando das famílias dos “ricos” e ao mesmo tempo desapercebidas em uma sociedade discriminatória.
Relacionando com os textos pude ver de cara a questão de exclusão racial onde o diferente sempre e rejeitado, elas eram mulheres e negras podendo ver a questão de gênero e de cor até hoje nós mulheres lutamos para ocupar um espaço na sociedade e somos excluídas de alguma forma por nosso gênero e os negros da mesma forma. No texto da Mariangela Belfiore diz que para estudarmos a exclusão precisamos entender o espaço e o tempo em que o fenômeno ocorreu, sendo assim esse filme passa em uma época de segregação racial muito forte nos Estados Unidos, onde os negros tinham lugares para sentar no ônibus, dependendo não podiam falar com os brancos, eram humilhados na rua entre outras coisas terríveis. Era uma coisa tão impregnada na sociedade que em uma das cenas, uma das personagens traz a ideia de articular uma lei onde seria proibido que as empregadas usassem o mesmo banheiro que os demais membros da família, pois elas eram negras, vinham do subúrbio, tinham baixa renda e por isso elas tinham germes que poderiam passar para o restante da família se elas usassem o mesmo vaso sanitário. Apesar de todo o sofrimento eram elas que sustentavam a “pirâmide social” e status de suas patroas, pois eram elas quem cuidavam e educavam as crianças brancas, dava amor e carinho, mas não eram boas o suficiente para comer a mesa com eles; elas eram excluídas do convivo social da casa.
A pobreza não significa exclusão, mas no filme o fato delas serem negras e “pobres” levam os demais da sociedade a excluírem elas de atividades da comunidade por terem esses status, a época leva a isso, claro que hoje temos alguns avanços quanto a isso, por mais que pequenos já temos. Sendo assim toda forma de pobreza leva a tipos de falhas no vínculo social e representa na maioria das vezes um acumulo de carência e inconstância.
A exclusão hoje é diferente das formas existentes anteriormente de discriminação ou mesmo de segregação. Mas toda essa veracidade retratada no filme nos remete a uma realidade construída socialmente, são convicções sociais, onde mulheres brancas e ricas vivem de aparências e precisam todo tempo serem aparadas pelas suas empregadas pobres e negras que ao contrário destas que são “desprovidas de conhecimento e riquezas” elas não tem a mínima capacidade de se quer cuidar, e educar seus próprios filhos. Essa realidade esta totalmente mascarada pelas concepções sociais. Pude perceber que tanto as mulheres brancas como as negras no filme são vítimas de machismo e de diversos tipos de preconceitos, nos mostrando que a exclusão está presente em todas as esferas da sociedade, esses “preconceitos” nos mostram que o diferente normalmente não é aceito. Pra fechar as patroas começam a excluir a escritora por ela estar andando com as negras, e escrevendo sobre elas, então mais uma vez fica claro que a exclusão está presente em várias esferas da sociedade.
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