Resenha do filme "Colcha de Retalhos"
Por: isabelaom • 29/5/2019 • Resenha • 677 Palavras (3 Páginas) • 572 Visualizações
No filme mostra que Finn, uma jovem mulher, está em um dilema entre se casar com o homem que ama ou ter sua liberdade. No ano em que ela está prestes a se casar, resolve passar três meses na casa de sua avó e tia avó, em uma cidade mais calma, onde pretende colocar seus pensamentos em ordem e acabar de escrever seu artigo, que ela tanto valoriza. Chegando lá, ela encontra sua tia e sua avó juntamente com outras mulheres que faziam uma colcha de retalhos, onde cada parte desta colcha contava um pouco da história de cada mulher. As primeiras a contarem suas histórias são a tia e a avó, Jaci e Gladi. Jaci se encontra desesperada pelo fato de seu marido estar à beira da morte e acaba envolvendo-se com o marido de Gladi. Na mesma cena em que Gladi descobre a traição do marido com a irmã, há construção de uma metáfora: ela quebra tudo o que vê pela frente, recolhe todos os cacos e faz obras de arte nas paredes de sua casa. A próxima história a ser revelada é a de Sofia. Quando jovem, era nadadora e sonhava em seguir carreira, mas o casamento precoce fez com que ela abandonasse tudo. Nesta história pode-se destacar uma antítese: ela era nadadora e ele geólogo, ou seja, ela era água e ele a terra. Há também uma metáfora do laguinho que ele construíra para ela. Compensação por ela ter abandonado a natação. A próxima a dizer algo é Em, que conta pessoalmente a sua história para Finn. Ela é casada com um artista, pintor, que a traía muito, desde o início de seu casamento. Neste episódio aparece como símbolo o vermelho, cor em que o artista tenta pintar o retrato de sua musa, mas não consegue, de tão grande que é a sua beleza e o desejo que sente por ela. A personagem contando sua história, pronuncia a frase “A fêmea fica no ninho enquanto o macho sai para exibir suas penas”, fazendo uma alusão ao machismo e a posição submissa da mulher perante o marido. Outra daquelas senhoras, narra a Finn que ama seu falecido marido, mas estava fragilizada com a perda e acabou cedendo aos encantos do marido de Em. As últimas a revelarem suas histórias são Ana e Mariana (mãe e filha). Neste trecho do filme o símbolo é o corvo que simboliza a garra e a perseverança da mulher negra; onde Mariana, é uma mulher experiente que viveu em Paris e teve muitos homens, mas aquele que ela realmente quis não pode ter. Este homem representa a fidelidade, pois recusou sair com ela porque amava sua esposa. Uma oposição pode ser perfeitamente percebida no que se refere à experiência daquelas mulheres e a sede de Finn em viver intensamente. Um outro símbolo que aparece no filme é o morango. Ele representa a paixão proibida e o desejo que envolve Finn e um rapaz do povoado que ela sentiu-se muito atraída. Também acontece um vendaval que aparece como uma metáfora das ideias da moça. Sua cabeça está confusa, principalmente depois da conversa com sua mãe: tudo o que a mãe lhe ensinara, agora, entretanto, a mãe afirmava que estava enganada. Depois do vendaval tudo ficou mais claro para Finn, e também para outras pessoas. Sofia que antes era uma pessoa mal-humorada, ao sentar-se no laguinho pela primeira vez, começa a encarar a vida com mais alegria, pois procura lembrar-se apenas dos momentos bons em que viveu. Em, ao entrar no ateliê do marido para proteger-se do vendaval, descobre que era a única mulher que ele realmente amou. Entrando lá percebeu que só havia seus retratos. Gladi também quebra todas aquelas paredes com cacos de vidro, o que significa que passou o ressentimento, ela perdoou sua irmã pela traição. No final do filme, a avó de Finn a cobre com a colcha que elas confeccionaram. Ao acordar enrolada pela colcha de retalhos, o corvo aparece novamente e vai guiando-a até a escolha certa de que seu verdadeiro amor é o Sam.
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