Resenha do filme: Orações para boby

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI

Resenha crítica do filme orações para Bobby

IARA FIGUEIREDO DE MATOS 4º PERIDO PSICOLOGIA

O filme conta a historia de um jovem, nascido e criado em uma família evangélica muito conservadora, que ao descobrir que era homoafetivo sofre várias formas de preconceito e discriminação, inclusive por parte da sua mãe, que o leva para fazer terapia, pois considera que com ajuda de um profissional e orações a Deus, seu filho será curado da “doença terrível”. Essa mulher certamente não entendeu a grandiosidade de Deus, que em sua palavra fala que todos sem exceção “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitando assim, qualquer sinal de discriminação injusta”.

Dessa forma humilha e rejeita o filho, que devido à pressão, chega a ficar confuso em relação aos seus sentimentos, cogitando a possibilidade até mesmo de estar realmente doente, relutando assim contra sua própria identidade, mas mesmo tentando não consegue sentir atrações por mulheres, por mais que sua mãe insista criando situações constrangedoras, como levar garotas a sua casa na esperança do filho se interessar por alguma. Com isso ele se considera uma pessoa condenada ao inferno, pois é o que sua mãe lhe dizia, por não conseguir mudar o seu jeito, ele se suicida tentando se livrar dos problemas que o cercam.

A família se desespera ao saber da noticia, principalmente a mãe por acreditar que Bobby não foi salvo. Então começa a procurar respostas e acaba se envolvendo em um grupo de apoio aos LGBT e a partir daí começa a entender que o seu filho não tinha que ser curado, pois ele era normal, e a sua opção sexual não o faz pior que os outros, ela então vai a um desfile em apoio LGBT e em homenagem a Bobby, se tornando uma defensora dos direitos deles e lutando contra o preconceito.

O filme traz uma triste realidade que não fica presa na telinha da TV, mas que tem se tornado algo comum a cada dia que passa. Pesquisa revela que a cada 25 horas uma pessoa é morta pela homofobia no Brasil, uma vez que a falta de registros ainda é um problema no nosso país, que ainda carece de registros centralizados e oficiais do tipo, portanto a realidade possivelmente é muito mais assustadora. O filme também traz um alerta aos profissionais de psicologia, e mostra como a terapeuta teve uma postura antiética ao tentar curar a homossexualidade, uma vez que não é considerada uma doença.