Resumo do Filme "O silêncio de Melinda"
Por: hard STAR • 1/10/2021 • Resenha • 1.321 Palavras (6 Páginas) • 750 Visualizações
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Faculdade Luciano Feijão.
Curso: Psicologia – Bacharelado.
Disciplina: Leitura e Produção de Textos Técnicos.
Trabalho Complementar a AP1.
Resenha crítica referente ao filme: O silêncio de Melinda.
Sobral-CE
2021
Introdução
O objetivo dessa resenha crítica é apresentar uma visão geral do filme: O silêncio de Melinda, descrevendo também o que se passa no longa, o juízo de valor implícito da diretora e minha visão sobre a obra. Antes de falar sobre o filme, é importante ressaltar que a temática se trata da vida de uma personagem adolescente após a violência sexual sofrida e o estigma criado pelas pessoas a sua volta, da família e principalmente colegas de escola.
A violência sexual, além de ser uma violação ao corpo da vítima, traz consigo o que podemos considerar o mais complicado de lidar, o psicológico. Após uma pessoa sofrer qualquer tipo de abuso, sobretudo sexual, a sua percepção de mundo muda-se a partir do evento negativo vivenciado, o sentimento de violação causa: pânico, insegurança, ansiedade (preocupação com o futuro), depressão (não processamento do trauma passado) e dentre outros sintomas e transtornos que veem à tona.
“No Brasil, as prevalências de violência sexual variam de 40,4%, em pesquisa com mulheres de 18 a 39 anos 8, e 12,4% de 19 a 60 anos 9. A maior prevalência desse tipo de violência ocorre com adolescentes de 10 a 14 anos (66%) predominantemente do sexo feminino (91%)”.
Resenha crítica: O silêncio de Melinda
O silêncio de Melinda é um filme do gênero drama, recomendado para maiores de 14 anos e datado do ano de 2004, dirigido por Jessica Sharzer, que traz o elenco de atores e atrizes como Kristen Stewart, Eric Lively, Steve Zahn e Elizabeth Perkins por exemplo. Además, tal longa foi inspirado na obra “Speak”, livro lançado em 1999 pela autora Laurie Halse Anderson e que serviu de inspiração para o filme. “Laurie Halse Anderson é uma autora de bestsellers, presença frequente no Top do The New York Times, que escreve livros para pessoas de todas as idades. Conhecida por abordar temáticas difíceis com frontalidade, sensibilidade e humor, já recebeu e foi nomeada para muitos prêmios”.
Melinda é uma jovem adolescente que está cursando o colegial (ensino médio) de sua escola. Logo de início, é notável algumas características bem fortes da personagem que se destacam até o fim do longa. A jovem apresenta uma personalidade fechada, que não se comunica com as pessoas a sua volta, usa roupas neutras, de coloração mais cinzas e pretas, vem de uma família conservadora típica americana e de um ambiente escolar tóxico. Ficamos intrigados com o seu jeito de ser (no sentido de não saber o que vai acontecer com sua história) e fica visível já nos primeiros minutos de filme que a personagem sofreu algum tipo de abuso, no qual afetou toda sua adolescência e a influenciou para criar um escudo dentro de si como uma forma de se proteger das pessoas.
Ao longo do filme, Melinda recebe cobranças de sua escola e família pelo mal desempenho em suas atividades acadêmicas, o que vem sendo um somatório para as circunstâncias que a jovem passa, como a falta de apoio (afetivo e psicológico/emocional) e conversa com os pais, a exclusão e estigma criado em torno dela pelos colegas do ensino médio, o trauma revivido pela pessoa que a abusou e que se encontra presente em alguns ambientes que a personagem frequenta. Apesar das circunstâncias, um professor de Artes nota a Melinda e percebe que ela é diferente, tímida, recuada e distante das outras pessoas.
Diante disso, o mesmo a encoraja em suas aulas e pede sua participação na pintura e desenho do que está sentido como forma de aliviar sua alma. Por mais que o professor seja a pessoa mais próxima e que Melinda possa criar um vínculo através da arte, o mesmo não nota que a personagem viveu um trauma terrível e que a faz agir com recuo sobre tudo.
Com o passar de sua vida escolar, Melinda vai se soltando aos poucos e se aproximando novamente de sua melhor amiga, com conversas curtas, alguns sorrisos espontâneos e expectativas de um novo laço que está por vir, mesmo que tenha suas diferenças da amizade passada. A jovem é tratada por todos a sua volta com desprezo, motivo de deboche e diferentes ações desconfortantes que só aumentam a sua angústia. Para seus colegas de escola, o que a personagem “fez” nas férias antes do retorno das aulas foi “inadmissível”. Basicamente, Melinda acionou a polícia durante uma festa de adolescentes após ser abusada por um jovem do colegial de sua escola. Absolutamente ninguém tentou entender tal atitude ou prestou empatia a jovem, o que impulsionou ainda mais o seu trauma e a dificuldade de lidar com tudo.
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