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Sensação e Percepção

Por:   •  12/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  2.599 Palavras (11 Páginas)  •  654 Visualizações

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  1. Introdução

Segundo FELDMAN, R. S (2015). Entre os filósofos gregos surgiu à primeira tentativa de sistematizar uma psicologia, os filósofos pré-socráticos buscavam unir a relação do homem com o mundo através da percepção. A psicofísica estudara a fisiologia dos olhos e a percepção das cores, desta forma as cores eram estudadas como fenômeno da física e a percepção da psicologia, seguindo a lei de Fechner-Weber que trás uma relação entre estímulo e sensação, sendo assim, a percepção aumenta em progressão aritmética e o estímulo varia em progressão geométrica. Graças a essa lei, os fenômenos psicológicos passaram a adquirir um status cientifico, o que até 1860 não era possível.

 A Gestalt surge então como uma fragmentação das ações e processos humanos e encontra nos fenômenos da percepção as condições para perceber o comportamento humano, como por exemplo: A maneira que percebemos um determinado estímulo desencadeará então o nosso comportamento.

Nosso comportamento pode ser muito diferente do que o esperado, pois percebemos nosso ambiente de uma maneira diferente do que é real.

Se nos elementos do objeto que é percebido não há equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade não alcançaram a boa-forma, desta forma podendo haver erros na visualização e no seu entendimento.

Conforme citado por FELDMAN, R. S (2015). A tendência da nossa percepção em buscar a boa-forma permitirá a relação figura-fundo.

Já o Campo psicológico entende como um campo que nos leva a procurar a boa-forma, cujo tem a tendência que garante a busca da melhor forma em situação não formadas.

Pode acontecer de olharmos para uma figura que não faz sentido, e em alguns instantes a mesma figura criar forma sem nenhum outro esforço, além de apenas mantermos nosso foco na mesma figura. Esse fenômeno chama-se insight, segundo a Gestalt, trata-se de uma compreensão imediata, enquanto a espécie torna o entendimento-interno.

Segundo a teórica de campo de Kurt Lewin, a realidade fenomênica é a maneira individual da interpretação de cada indivíduo, assim como no caso da Gestalt, porém como diferença apresentada, a partir dos estudos de Kurt Lewin dá-se ênfase na personalidade do indivíduo.

Existem componentes emocionais envolvidos, ligados a situações vividas e situações que passaram individualmente.

  1. Sensação e Percepção.

A sensação e a percepção são experiências muito importantes, tanto psicologicamente quanto biologicamente, afinal, a distinção na hora de análises é feita pelas mesmas. Enquanto a sensação se responsabiliza pelas experiências ligadas a estímulos, a percepção envolve a integração e a interpretação dessas experiências.

Em uma visão empirista Immanuel Kant argumenta que a percepção somente é possível porque a mente consegue organizar as informações sensoriais em certas categorias preexistentes. Cada um de nós tem um entendimento inato de certas relações espaciais e relacionamentos temporais. E essa noção básica proporciona categorias de espaço, tempo e causalidade que fazem ordem a toda percepção.

As categorias devem ser colocadas antes que possa haver qualquer experiência perceptiva, elas devem estar embutidas na própria estrutura da mente, como parte da nossa herança biológica, chama-se nativismo; ênfase nas capacidades “nativas”.

Chama-se de teoria dos padrões, a teoria que coloca que não importa quais neurônios estão disparando, pois praticamente todos os neurônios respondem a praticamente todos os estímulos. Em vez disso, o que identifica o estímulo e o padrão de ativação são quais neurônios disparam em mais momentos e quais disparam em menos momentos.

A diferença entre os sentidos, paladar versus visão, audição versus olfato, certamente é indicada por “linhas categóricas”. Algumas diferenças qualitativas dentro de cada modalidade também podem ser indicadas por linhas categóricas, mas, para a maioria das qualidades sensoriais, o sistema nervoso usa um código padronizado. (Gleitman 2009)

Segundo Gleitman (2009) em trabalhos de empiristas, vemos que o sistema visual contem células que servem como detectores de feição e precisamos acompanhar quais detectores de feição são disparando em resposta a um determinado estímulo.

Para ele a importância da organização é ligada à habilidade de mesmo com visões parciais dos objetos que nos rodeiam, ainda, assim coseguimos identifica-los.

O mais importante, porém, é o fato de que o catalogo de feições presente em uma forma não é determinado pela forma em si. Isso fica evidente, por exemplo, no fato de que decidimos ignorar muitas feições disponíveis para o nosso sistema visual, baseado nosso reconhecimento dos objetos apenas em um subconjunto bem definido de feições, que estão a vista. Portanto, aparentemente a analise das feições depende de uma etapa anterior, na qual o observador organiza a forma, de modo que, com uma organização, as feições cruciais estão ausentes e, com outras, ela estão claramente presentes. Em essência, as feições estão “no olho de quem vê”, assim como estão na própria figura.

 A figura de fundo é outra parte crucial da analise visual e a separação do objeto do ambiente em que se encontra, de modo que o objeto seja visto como um todo coerente, separado de seu fundo. Porém, enfatizaremos que essa diferenciação entre figuras, como todos os aspectos da análise, tem contribuição do sujeito e não é uma propriedade do estímulo.

A figura reversível deixa claro que o estimulo em si costuma ser neutro em relação à análise. O que é figura e o que é fundo, como muitas das características da forma, esta nos olhos de quem vê.

Com relação à seleção perceptiva o olhar seletivo significa “prestar atenção”, em um estímulo ou usar um “foco mental”. A resposta está relacionada à ativação. Se as circunstâncias levam o indivíduo a espera ver digamos a palavra gato, ele ativa os detectores apropriados. Como resultado, quando o estímulo esperado chega, ele será processado de forma mais eficiente: como os detectores são ativados, eles precisam apenas de uma leve ativação adicional para desencadear uma resposta. Observe, contudo, que a ativação é seletiva. Um indivíduo que espera ver a palavra gato esta menos preparado para qualquer outra coisa. Assim se o estímulo for a apalavra lama, por exemplo, ele será processado de maneira menos eficiente. Se o estímulo inesperado for fraco (talvez piscando brevemente ou projetado em uma tela mal iluminada), ele pode não desencadear resposta alguma. É dessa maneira que a ativação pode nos poupar de distrações, facilitando seletivamente a percepção de estímulos esperados, mas impedindo simultaneamente a percepção de outras coisas.

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