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Sigmund Freud: Psicanálise

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Por:   •  24/11/2014  •  Artigo  •  1.329 Palavras (6 Páginas)  •  298 Visualizações

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PSICANÁLISE

Com o estudo dos “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos, levou Freud à criação da psicanálise.

A Psicanálise foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud, com o objetivo de tratar desequilíbrios psíquicos. Este corpo teórico foi responsável pela descoberta do inconsciente, antes já desbravado, porém em outro sentido, por Leibniz e Hegel, a partir de então passou a abordar este território desconhecido, na tentativa de mapeá-lo e de compreender seus mecanismos, originalmente conferindo-lhe uma realidade no plano psíquico.

O termo Psicanálise é usado em três campos diferentes: como teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Como método de investigação busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. Como prática profissional refere-se à forma de tratamento - analise – que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.

Freud formou-se em medicina na universidade de Viena em 1881. Especializou-se em psiquiatria, trabalhou em um laboratório de fisiologia e deu aulas de neuropatologia. Ele começou a clinicar por problemas financeiros e seus pacientes eram pessoas que sofriam de “problemas nervosos”. Quando terminou a residência, Freud ganhou uma bolsa para estudar em Paris, onde trabalhou com Charcot, um psiquiatra francês que tratava as histerias através da hipnose. Esta prática foi utilizada por Freud quando ele voltou a Viena e, nesta ocasião, teve um importante contato com Josef Breuer, que ajudou na continuidade das investigações. Breuer era médico famoso e tratava de um caso muito significativo. A paciente chamava-se Ana O. e sofria de distúrbios somáticos que produziam paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldade de pensamento. Nesta época, Ana O. cuidava do pai doente e a conclusão do tratamento foi que ela tinha pensamentos e afetos em relação ao desejo de que o pai morresse.

Inicialmente Freud usava a hipnose para obter a historia da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico. Depois de algum tempo Freud modifica esse tratamento e não empregará mais a hipnose. Desenvolveu a técnica de “concentração”, na qual a rememoração sistemática era feita por meio de conversação normal; e por fim abandonou as perguntas para se confiar por completo à fala desordenada do paciente.

Ao deixar seus pacientes à vontade no curso de suas falas e ideias, Freud observou que muitas vezes, eles ficavam embaraçados, envergonhados com algumas ideias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica que se contrapõem a tornar consciente, a expor um pensamento, Freud nomeou de resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa esconder, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente.

Em 1900, Freud apresenta concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instancias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.

No inconsciente estar os conteúdos reprimidos, que não tem acesso aos sistemas pré-consciente/ consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e serem reprimidos, isto é “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes.

O pré-consciente é onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis a consciência. É aquilo que não está no consciente, neste momento, e no momento seguinte pode estar.

O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informação do mundo exterior e as do mundo interior.

Freud nas suas práticas clinica sobre as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos nos primeiros anos de vida se configurava como origem dos sintomas atuais. Assim a sexualidade é postulada a existência da sexualidade infantil.

Os principais aspectos destas descobertas são:

A função sexual existe desde o principio da vida, logo após o nascimento.

O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher.

A libido, nas palavras de Freud, é a energia dos instintos sexuais.

As excitações sexuais estão localizadas em parte do corpo. Com isso, Freud postula as fases de desenvolvimento sexual em: fase oral (a zona de erotização é a boca), fase anal (a zona de erotização é o anus), fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual); em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais. E, finalmente a fase genital, quando a erotização não

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