TRABALHO DE METODOLOGIA CIENTIFICA

1 INTRODUÇÃO

A  produção científica busca descrever a produção em áreas distintas, detalhando as que já são investigadas por outros pesquisadores e apontando possibilidades de tais estudos  (JOLY et al., 2007).

A Avaliação Psicológica é compreendida como um processo em que há uma determinada demanda e para isso é necessário a  coleta de dados relativa a indivíduos ou contextos trazidos ao profissional, este vai fazer um planejamento da sua observação, identificando comportamentos que são relevantes para tal, sendo assim, verificando uma possível intervenção (JOLY et al., 2007).

De acordo com Anastasi  e Urbina,  (2000); Urbina (2007) apud Joly et al (2007):

Vários procedimentos são utilizados, tais como entrevistas, observações e testagens. Sendo assim, os testes psicológicos são ferramentas utilizadas na avaliação psicológica que permitem avaliar de maneira sistemática e padronizada, amostras de comportamento relevantes, especialmente, para o funcionamento cognitivo, afetivo, social e motor.

De acordo com as aulas de Observação e Descrição do Comportamento Baseado em Danna e Matos (2006), a observação científica é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, pois tem a possibilidade de verificar antes, durante e depois de um determinado treinamento ou teste.

Na infância é possível compreender estados mentais e explicar tais ações humanas por meio de linguagem que se desenvolve no meio social, com seu círculo de amizade, empatia, aceitação social e a compreensão  de tais desejos, crenças e emoções (SILVA; RODRIGUES; SILVEIRA, 2012).

O estudo do teste da “partilha”,  é interessante de se  estudar o fenômeno da  cooperação, esse por sua vez oferece uma abordagem diferente  para a compreensão de diversos outros fenômenos do mundo natural, não só pelo fato de ser uma área de conhecimento muito grande, mas também por contribuir com outros campos de estudo (BRANCO, 2012).

A teoria da mente é uma capacidade  que tem como característica as relações sociais, sendo que vivemos num meio social em que compartilhamos sentimentos, pensamentos e conhecimentos, através da linguagem verbal ou não, diálogo, por meio disso que se desenvolve as crenças, desejos, sentimentos, etc. (SILVA; RODRIGUES; SILVEIRA, 2012 apud NELSON, 2007).

Observa-se que diversas variáveis relacionadas à teoria da mente, como aptidões sociais, comportamento afetivo e cooperação, podem, na verdade, estar associadas a uma terceira variável: a empatia como também pode ser chamada de identificação de uma pessoa com a outra, no senso comum o sentimento de “colocar-se no lugar do outro”, mas isso vêm trazendo diversas discussões para se definir a empatia, surgindo várias no meio da Psicologia (PAVARINI; SOUZA, 2010).

De acordo com Del Prette e Del Prette (2005) apud Rodrigues e Ribeiro (2011), destacam que a habilidade empática possui subclasses fundamentais como: observar; prestar atenção, ouvir o outro; demonstrar interesse e preocupação pelo outro; reconhecer sentimentos do interlocutor; compreender a situação; demonstrar respeito pelas diferenças; expressar compreensão pelo sentimento ou pela experiência do outro; oferecer ajuda; compartilhar. Argumentam ainda que esse pensamento formado a partir da combinação de lembranças com acontecimentos atuais relaciona-se com a capacidade da criança de expressar suas emoções podendo ser negativas ou positivas para ela , bem como experimentar e expressar emoções como medo, tristeza e felicidade. Essas emoções contribuem para o desenvolvimento da criança de conseguir se controlar em circunstâncias da interação social, havendo a possibilidade de ter sentimentos conflitantes.

O presente estudo tem como objetivo central identificar o comportamento das crianças exposta ao teste da “partilha” ou de cooperação.

2 METODOLOGIA

        Participaram do estudo, 2 crianças do sexo feminino ambas com a idade de 9 anos, oriundas de escola pública, quarto ano do ensino fundamental.

Para a coleta de dados, foi utilizado um alimento (esfiha de frango), uma câmera, duas vasilhas uma que estava o alimento indicado acima e outra vazia.

O grupo escolheu duas crianças do sexo feminino ambas com 9 anos de idade, primeiramente foi informado aos pais das crianças o que seria o teste para ficarem cientes dos riscos, pois toda pesquisa há um risco mesmo que seja mínimo, os pais então assinaram o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) responsabilizando pela criança, como também a criança assinou.

No ambiente onde vai ser realizado o teste houve o cuidado de ter o mínimo de estímulos possíveis, é obrigatório ter uma mesa com duas cadeiras com duas vasilhas tampadas com um alimento em uma vasilha e na outra não, uma câmera escondida gravando a ação para ser feito todos os registros necessários posteriormente.

As crianças chegaram ao local escolhido pelo grupo que foi a sala de aula do prédio 2, piso 1, das Faculdades Integradas do Norte de Minas Gerais-FUNORTE, em que a instrutora, uma participante do grupo, as informou que teriam que  esperar ela buscar o fotógrafo para tirar algumas fotos, pois ele havia atrasado, enquanto isso elas podiam comer o que estava no prato.