Teste Escalas de avaliação
Por: alessa Tertuliano • 3/10/2021 • Trabalho acadêmico • 1.612 Palavras (7 Páginas) • 371 Visualizações
Inventários e Escalas Comportamentais INTRODUÇÃO
Os Inventários e Escalas Comportamentais também chamados de Escalas de Avaliação são instrumentos, que como próprio nome sugere, fazem avaliações psicológicas apresentadas em formas de questionários e os resultados são comparados com uma amostra normativa ou grupo de referência. As Escalas podem centrar sua avaliação em características gerais ou especificas e possuir vários formatos de resposta aos itens, dentre os quais os mais frequentes utilizados são: dicotômico (sim/não ou concordo/discordo), atualmente esse formato é considerado demasiadamente simplificado em relação ao esforço do respondente, também existem as repostas classificadas como numéricas (concordo completamente/ discordo completamente) e as escalas de likert, que são divididas em três itens, que vai do nunca a muitas vezes.
As Inventários Comportamentais foram introduzidas a psicologia por Francis Galton (até 1970), nesta época eram pouco consideradas e utilizadas em último caso por alguns clínicos, mas com os avanços no desenvolvimento desses instrumentos, entre os anos de 1970-1980, sua posição, aceitabilidade e utilização foram gradualmente e grandemente modificadas, atualmente as Escalas de Avalição são utilizadas diariamente por psicólogos em diferentes contextos, como: clínica, escolar e organizacional.
A utilização dessa medida de avaliação possui algumas vantagens, tais como:
- Requer menor tempo e treino de um profissional para sua utilização em comparação a observação direta, por conta disso são mais econômicos em termos de tempo, facilitando a aplicação e cotação.
- Permitem recolher informações acerca do comportamento que são relevantes, mais de frequência reduzida, que poderiam não ser identificadas em uma simples sessão de observação direta ou em contexto clínico, como comportamentos violentos.
A seguir serão apresentados os testes correspondentes a Escalas de Avaliação:
ESCALA DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ANTENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) ETDAH-AD:
A Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – ETDAH-AD, tem por objetivo captar de forma breve, rápida e prática os vários sintomas envolvidos no TDAH, e não apenas os sintomas considerados nucleares ou primários. Foi criada por Edyleine Bellini Peroni Benczik e surgiu em função da carência de instrumentos brasileiros validados e padronizados que auxiliem na captação de informações relevantes para auxiliar no diagnóstico e na elaboração de um plano de intervenção destinado ao adolescente e ao adulto com TDAH, transtorno que apresenta consequentes implicações em termos de saúde mental, prejuízos funcionais, ocupacionais, sociais e familiares, ou seja, afetando o funcionamento do portador em vários contextos de sua vida. O público-alvo dessa escala pode ser adolescentes e adultos com grande abrangência de idades: entre 12 e 87 anos.
A utilização da ETDAH-AD, possibilita aos profissionais:
- Auxiliar no processo diagnóstico do TDAH, com a possibilidade de distinguir a apresentação do transtorno, a intensidade e o nível de prejuízo existente (leve, moderado e grave).
- Identificar, a partir dos resultados obtidos, habilidades e o funcionamento neuropsicológico do sujeito, bem como o(s) comportamento(s)-alvo de intervenção.
- Elaborar um plano de intervenção, seja psicológico, neuropsicológico, educacional, social, vocacional ou profissional, psicopedagógico, entre outras.
- Servir como medida de avaliação e de monitoramento dos benefícios pós-intervenção, como forma de analisar o progresso e os benefícios alcançados, bem como verificar os limites e a necessidade de uma revisão do plano de intervenção.
A escala conta com 69 itens organizados em cinco subescalas, denominadas como fatores, sendo elas:
- Desatenção,
- Impulsividade,
- Aspectos Emocionais,
- Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação, e
- Hiperatividade.
É útil aos pesquisadores, psicólogos, neuropsicólogos, médicos e profissionais da saúde mental em geral, já que se propõe a subsidiar a prática profissional, tanto na fase de identificação da problemática, quanto na compreensão das dificuldades apresentadas pela pessoa, possibilitando a elaboração de um plano de intervenções e de estratégias a partir da identificação dos comportamentos-alvo de intervenção, bem como a implementação e a revisão do plano de tratamento para pacientes portadores de TDAH.
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva e é uma escala auto administrável (o próprio avaliando a responde). Não há um limite de tempo e a sua correção é manual. O é Kit composto por: um manual, vinte e cinco cadernos de aplicação (descartáveis) e um bloco de vinte e cinco folhas de avaliações
ESCALA DE AVALIAÇÃO DE TENTENCIA A AGRESSIVIDADE (EATA)
É uma ferramenta desenvolvida para verificar, em contexto clínico, a tendência a condutas agressivas. Possui um questionário com quarenta itens e possui um tempo médio de aplicação (por volta de vinte minutos) e pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo, de vinte a quarenta pessoas. Partir disto o psicólogo tem uma noção clara de como a agressividade se manifesta no indivíduo.
Possui três dimensões de condutas que combinadas formam os principais tipos de agressividade que devem ser considerados na avaliação do indivíduo. Testes de personalidade como a Pfister, o psicólogo pode ter maior noção de como a agressividade é manifestada no indivíduo e pode ajudar na intervenção.
A EATA possui três subescalas independentes e uma quarta medida, que é a pontuação total no instrumento. A “subescala A” tem como núcleo, condutas comuns aos sexos feminino e masculino. A “subescala B” possui como núcleo as condutas mais comuns ao sexo feminino e, por fim, a “subescala C” engloba conteúdos que são mais comuns ao sexo masculino.
O público-alvo é abrangente, indivíduos com idade de 18 a 65 anos. Foi publicado em 2013 pela editora Casa do Psicólogo e seu autor é Fermino Fernandes Sisto.
O Kit composto por: 1 Manual, 1 Caderno de Aplicação, 1 Bloco (de resposta) (c/25 folhas), 1 Crivo de Correção.
Os testes de inventários e escalas comportamentais podem ser aplicados em todas as idades, até mesmo em bebês. Antes da sua adesão, os pais, educadores, pediatras e profissionais de saúde mental evitavam discutir os problemas socioemocionais das crianças. As preocupações dos pais acerca de comportamentos agressivos, desobediência ou falta de controle dos impulsos de crianças eram minimizados e desvalorizados. Como forma de tranquilizar alguns questionamentos, os profissionais comentavam que a criança iria ultrapassar espontaneamente os problemas, alegando tratar-se apenas de uma fase passageira, ou que eles próprios estariam muito ansiosos.
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