Transtorno Obsessivo Compulsivo
Artigos Científicos: Transtorno Obsessivo Compulsivo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sagmelo • 7/11/2013 • 4.880 Palavras (20 Páginas) • 720 Visualizações
A Pedagogia dos profissionais que atuam diretamente com a criança nas Creches do Município do Rio de Janeiro
1. INTRODUÇÃO
Para contribuir com o tema “A pedagogia dos profissionais que atuam diretamente com as crianças nas creches do município do Rio de Janeiro” pretende-se averiguar como os profissionais atuam em suas salas de aula e suas reais atribuições.
O atendimento a infância de 0 a 5 anos vem sendo destacado desde 1996 na área das políticas públicas. A Educação Infantil1 originada através Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), define que as prefeituras municipais passam a ter uma responsabilidade sob as creches.
As creches no Município do Rio de Janeiro eram administradas pelas Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) 2, sendo transferidas para a Secretaria de Educação em 2001. Desde então, o município demonstra que ficou evidente o reconhecimento a importância do atendimento à infância no foco das políticas públicas.
A inserção das mulheres no trabalho da creche nos mostra uma tradição que a educação de crianças pequenas fica ao encargo das mulheres, o que se aproxima da idéia da maternidade e caracteriza o preconceito à presença masculina em tal instituição atuando como profissional. Desta forma, fica caracterizado que a tarefa educativa é feminino.
A formação dos profissionais da Educação Infantil e sua atuação são diferenciadas através da dicotomia do assistencial com o pedagógico, pois a ligação cuidar e educar se misturam na educação. Esta questão dicotômica, diverge em diferentes propostas de trabalho conforme KUHLMANN JUNIOR (1998) fala. Por conta do paralelo em questão, as creches do município do Rio de Janeiro aparecem neste reflexo ambíguo. Encontrar professores que não querem trocar ou limpar uma criança, por alegarem não ser parte da sua função, bem como atendentes, auxiliares, pajens, monitoras (cada local utiliza uma nomenclatura) se negando a desenvolver determinadas atividades por considerarem
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1 A Educação Infantil é uma etapa da Educação Básica, dividindo-se em creche (para crianças de 0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 6 anos). (BRASIL, 1996, art. 30)
2 Desde 06 de maio de 2004, esta Secretaria passou a denominar-se Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS. Optou-se pela utilização da nomenclatura anterior para manter fidelidade à forma utilizada no período estudado.
ações de caráter pedagógico, que seriam função do professor de Educação Infantil.
Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho é realizar um estudo para identificar onde se confundem o assistencialismo e o pedagógico na sala de aula dos profissionais que atuam diretamente com as crianças. Como objetivos específicos pretende-se identificar além dos cargos, as reais funções desempenhadas; conhecer as condições de trabalho e levantar as demandas destes trabalhadores e perceber as insatisfações em sua atuação.
2. SURGIMENTO DAS CRECHES
A sociedade feudal se encontra na Idade Média, onde os senhores eram donos das terras, pois tinha quase um poder de um rei construindo suas leis, sua cultura, suas moedas, seus valores etc. A Igreja e o Estado serviam para legitimação política e limitação dos poderes dos senhores feudais.
Com o crescimento da cidade por causa do comércio a partir do século XIII, a Igreja católica começa a perder o poder devido a burguesia.
A visão que se tinha da criança se transforma na Idade Moderna, Industrial, no Iluminismo e na construção dos Estados Laicos assim surge as novas propostas de educação e moralização.
O ensino é, primeiramente, para os meninos (meninas, só a partir do século XVIII). A educação se torna mais pedagógica, menos empírica.
Começa haver um distanciamento da criança com a vida adulta devido aos castigos e a educação. Também surgem as primeiras creches para abrigarem filhos das mães que trabalhavam na indústria.
Crianças passam usar trajes diferenciados influenciados as classes sociais. As crianças pertencentes a burguesia usam roupas diferentes de adultos e as crianças filhos da classe trabalhadora com trajes iguais aos adultos.
No século XVII com alegação que as crianças eram fracas e incapazes foram retiradas da política escolar, somente com dez anos.
No capitalismo, com as mudanças científicas e tecnológicas, a criança precisava ser cuidada para uma atuação futura devido a este fator, o ensino superior no século XIX divide as classes sociais e as escolas começam a se fragmentar.
E somente depois da Segunda Guerra Mundial é que o atendimento pré-escolar tomou novo impulso, pois a demanda das mães que começaram a trabalhar nas indústrias bélicas ou naquelas que substituíam o trabalho masculino aumentou. Houve uma preocupação assistencialista-social, onde se tinha a preocupação com as necessidades emocionais e sociais da criança.
A creche surgiu no Brasil com a função assistencialista diferente do restante do mundo onde era para a inserção das mulheres no mercado de trabalho. As creches populares atendiam somente o que se referia à alimentação, higiene e segurança física.
A partir dos anos 30, com o estado de bem-estar social e aceleração dos processos de industrialização e urbanização, manifestam-se elevados graus de nacionalização das políticas sociais assim como a centralização do poder.
Neste momento, a criança passa a ser valorizada como um adulto em potencial, matriz do homem, não tendo vida social ativa. A partir dessa concepção, surgiram vários órgãos de ampara assistencial e jurídico para a infância.
Da década de 60 e meados de 70, tem-se um período de inovação de políticas sociais nas áreas de educação, saúde, assistência social, previdência etc. Na educação, o nível básico é obrigatório e gratuito, o que consta a Constituição.
Em 1970 existe uma crescente evasão escolar e repetência das crianças das classes pobres no primeiro grau. Por causa disso, foi instituída a educação pré-escolar.
Nos anos 80,
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