Uiyfiw
Casos: Uiyfiw. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabriel15002918 • 13/3/2015 • 7.929 Palavras (32 Páginas) • 271 Visualizações
eirugieoruh1 Metodologia de Instrução da Demanda Ergonômica
A instrução da demanda de um estudo ergonômico é um procedimento básico e que
serve de moldura para qualquer forma de atuação a posteriori da Ergonomia. Na verdade a
instrução da demanda permite clarificar as finalidades do estudo ergonômico, objeto de um
contrato que vincule o ergonomista à organização. Esta etapa pode variar de importância em
cada caso. Muitas vezes, face à complexidade, existem empresas que estabelecem contrato
exclusivamente para a instrução da demanda.
A instrução da demanda pode ser visualizada na figura 1. Ela consiste de quatro grades
passos, a saber: a colocação da demanda gerencial, a análise da demanda, a co-construção e o
estabelecimento da demanda especificamente ergonômica.
Figura 1 - Instrução da Demanda Ergonômica (Vidal, Gomes e Benchekroun, 1997)
Existe um trajeto metodológico entre as primeiras formulações do problema, tal como entendido pela
gerência e a referência que será adotada como diretriz do estudo ergonômico. Este trajeto passa por uma
avaliação da demanda gerencial e um processo especial de negociação - a construção mútua - onde se passa
de um proposta nebulosa a uma ação relativamente consensual no âmbito da organização. Este resultado -
demanda ergonômica - vai permitir a toda a organização acompanhar o desenvolvimento da Ação
Ergonômica, entender o sentido dos métodos e técnicas empregados e avaliar os resultados de forma
pertinente. Do ponto de vista gerencial, este procedimento de instrução evita a criação de expectativas
irrealizáveis e sua conseqüente produção de frustrações.
1.1 Demanda gerencial
A primeira formulação dos problemas que engendram a necessidade de um estudo
ergonômico é a chamada demanda gerencial que traduz aquilo que a gerência pode caracterizar
como problema de funcionamento. O ergonomista a escuta, tal como ela é formulada pela
organização no quadro já anteriormente descrito: problemas geralmente complexos e num
ambiente de relativa nebulosidade1
.
As demandas gerenciais podem ter várias origens, pois o fato de ser formulada
gerencialmente não significa que a gênese da demanda se situa no nível gerencial. Importa
perceber de quem partiu a iniciativa de solicitar ajuda. Com a ajuda de Guérin (1991)
1
Por ambiente nebuloso (fuzzy environement) estamos significando que a pertinência dos elementos iniciais para a
construção de uma demanda ergonômica é estabelecida por uma função cujos parâmetros estão por serem
ajustados ao longo da instrução da demanda
Clarificação
do
Contrato
entre
o
Ergonomista
e a
Organização
Demanda gerencial
Análise da demanda e da oferta
Construção Mútua da Demanda
Demanda Ergonômica
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Prof. Mario Cesar Vidal
AET 1: Demanda Gerencial
GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especialização Superior em Ergonomia
estabeleceremos sete origens distintas de demandas de acordo com sua natureza: (i) demandas
do interior das empresas :da alta direção, da média gerência, dos trabalhadores diretos, e (ii)
demandas externas às empresas: das entidades sindicais ou representativas, de organismos
públicos diversos e do poder público
1.1.1 Demandas da alta direção
Os problemas aqui são vistos do lugar que pode ser metaforizado como o topo de uma
pirâmide. Cerqueira defende que a mudança de paradigma implica numa mudança de
constituição presumível da estrutura da pirâmide, o que tornaria inválidas as representações
existentes. neste caso - que se torna bastante comum na disseminação do ideário da qualidade
total. Este tipo de demanda, segundo Guérin (1991), se formulariam cada vez mais
frequentemente lá onde se requeira uma mudança de natureza cultural, cultura aqui entendida no
sentido mais etimológico possível, de referências socialmente aceitas de atitudes, condutas e
comportamentos2
. Podemos fazer a hipótese de que exista o desiderato de um funcionamento
que realize todas as potencialidades do negócio.
A postura do ergonomista deve aqui ser prudente. A demanda formulada encobre
descrições de uma situação futura nem sempre claramente delineada e que encerra soluções a
uma série de problemas cuja importância verdadeira não pôde, ainda, ser averiguada. O
aconselhável, neste caso, é ater-se às freqüências de citação : os problemas e as soluções mais
mencionados
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