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Uma criança é uma grande pesquisadora

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Por:   •  29/5/2014  •  Artigo  •  569 Palavras (3 Páginas)  •  247 Visualizações

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A criança é um grande pesquisador

(Pedro Demo)

Quando uma criança quebra um brinquedo não é por descuido e sim propositalmente, pois mesmo sabendo que será advertida a curiosidade em saber o que tem dentro de tal brinquedo é maior. A criança é curiosa, tudo quer saber e por isso são tantos os porquês. Diante da curiosidade dos pequenos, Piaget acreditou que se uma criança for estimulada desde cedo a buscar o seu material (livros, revistas, documentários), a fazer sua elaboração, a se expressar argumentando, a buscar fundamentar o que diz, a fazer um crítica ao que se vê e lê, essa criança irá atingir com êxito o nível educacional.

Pedro Demo, nesta mesma linha de pensamento acredita que o “nível educacional se atinge quando aparece um sujeito capaz de propor, de questionar”

A criança nasce naturalmente com essa curiosidade, porém ela passa por um processo de abafamento dentro da própria escola, pois não existe nenhuma educação em assistir aulas, tomar notas e ser avaliado no final do bimestre. Para estimular o que já lhe é nato, a própria pesquisa e o incentivo a elaboração própria de cada aluno. Nesse cenário, a aula tem papel coadjuvante. Indispensável mesmo só é a orientação e o acompanhamento atendo do professor.

O professor deve motivar o aluno para que esse faça interpretações próprias, um começo em direção a elaboração também própria. Isto é estimulado e facilitado pelas tarefas que incentivam o aluno a escrever o que ele compreendeu. Quando um texto é apenas lido reprodutivamente ou copiado imitativamente, ainda não aparece o raciocínio o questionamento o saber o pensar. Quando é interpretado, supõe já alguma forma de participação do sujeito e o aparente fracasso das experiências não deve desencorajar o professor a continuar com os exercícios de escrita. Trata-se de um processo que vai consolidando com gratas surpresas para quem nele. Essa dinâmica avança ainda mais quando se trata de fazer um texto, passando- se de leitor a autor.

Aparecendo a elaboração própria, torna-se visível o saber pensar e o aprender a aprender. Neste sentido é fundamental que os alunos escrevam, redijam coloquem no papel o que querem dizer e fazer; sobre tudo alcancem a capacidade de reformular. O aluno então explicita sobre todo esse material questionamento sistemático, cultivando sempre o mais vivo espirito crítico. Aprender a duvidar, a perguntar, a quere saber sempre mais e melhor.

Pode-se concluir que faz parte do processo de ensinar, copiar diretamente, fazer prova reprodutiva ou seja aquela prova onde o aluno escreve as suas respostas decoradas, reproduzir um texto e apenas fixa-lo, realizar só o que é estritamente mandado, reduzir educação a disciplina. Fazem parte do processo de aprender, contraler reelaborando a argumentação, refazer com linguagem própria, interpretando com autonomia, reescrever criticamente, elaborar texto próprio , formular propostas e contrapropostas .

Na sociedade do conhecimento o grande trunfo é saber construir o conhecimento e não copiar e produzir.

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