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O Diário de Campo

Por:   •  18/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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3.Edificação multifuncional

3.1 Conceito

Um edifício pode ser definido como de uso misto quando apresenta uma mistura de usos e atividades, como por exemplo a combinação de residenciais com escritórios, comércios, lazer e até mesmo serviços de sociais ou de saúde, como clinicas ou unidades de pronto atendimento. (BERNADES, 2015)

DZIURA. G.,2003 destaca estas afirmações quando diz que "a arquitetura multifuncional constitui um edifício, ou um conjunto de edifícios que satisfazem funções heterogêneas. Ou seja, nessa categoria enquadram-se as construções que abrigam mais de uma função, seja habitação, trabalho, lazer, circulação, esporte, cultura, educação."

Como o próprio nome já diz, edificações multifuncionais são aquelas nas quais um conjunto de funções é ofertado para o edifício. Funções essas que podem ser habitação, comércio, serviços, lazer, cultura, entretenimento, etc. Esse é o seu caráter principal, misturar funções naquele espaço que foi inserido.

Na busca atual por propostas de soluções para as cidades contemporâneas, os arquitetos estão cada vez mais interessados em considerar o projeto de edifícios multifuncionais como parte da intervenção urbana. A relação de convivência entre moradia, trabalho, passeio, compras, circulação e outras mais, servem de base para a vida urbana que conhecemos. "As diferentes funções da edificação mista geram a presença de pessoas em diferentes horários para usos diversos concentrados num mesmo espaço, valorizando os trajetos e fazendo uma requalificação urbana melhor e mais adequada."(DZIURA,2003)

Um edifício multifuncional traz consigo alguns aspectos que contribuem para o equilíbrio urbano como equipamentos urbanos, atividades, permanências, verticalização, circulação, áreas compartilhadas e etc. A partir daí ele permite que os usuários ocupem durante o dia e a noite, para diferentes tipos de atividades e diferentes horários. Fazendo assim com que os espaços sejam otimizados.

A discussão teórica sobre os edifícios multifuncionais é recente e nem mesmo o termo multifuncional é conceitual entre os arquitetos e urbanistas, sendo muitas vezes empregadas as palavras ou expressões “uso misto”, “híbrido”, ou “uso múltiplo”. (Dziura 2009)

Para Zeidler (1985) apud Dziura (2009), o edifício multifuncional não é uma ideia, um conceito, e não tanto uma tipologia definida com precisão. Dziura (2009) acrescenta ainda aos edifícios multifuncionais não se deve somente integrar essas funções internas, mas que o edifício ainda precisa se relacionar com o contexto urbano. E, dessa forma, tanto edifícios relativamente pequenos quanto complexos podem ser considerados multifuncionais.

A ideia principal dos edifícios multifuncionais é que ao ser inserido no meio urbano ele possa contribuir para a integração e requalificação dos espaços urbanos, pois o mesmo pode ser considerados um instrumento de segregação urbana, que não se integram ao entorno.

Hoje em dia todos esses tipos de edifícios estão sendo verticalizados para que possa atender a demanda de moradias e trabalho, reduzir os percursos diários facilita a locomoção das pessoas o que em si já é uma grande contribuição para evitar o caos dos centros urbanos.

3.2 Espaço público e privado

"Para ser considerado um espaço público, o espaço deve ser acessível a todos os moradores e visitantes, sendo permitida a interação destes com espaço de maneira livre, independentemente de sua condição social" (PEREIRA, 2015, p.29)

Depois do movimento moderno os arquitetos tiverem uma outra visão em relação aos espaços público que tinha como principal características ser um local onde as serviria de encontro para as pessoas, que logo após esse movimento pouco se é utilizado. Com isso os arquitetos passaram a buscar novas soluções.

Na Europa é onde essas mudanças começam a acontecer de início, novamente o interesse por espaços públicos começam a vim à tona.

Esse tipo de projeto público-privado tem participações de tanto do poder público como do agente privado, por meio desse relacionamento é que se fez surgir a interação entre os espaços públicos e privatizados.

Muito cauteloso na concepção do projeto onde para ele é a fase mais importante do projeto, Hertzberger já projetou vários edifícios, alguns já premiados, e trás em seus projeto soluções prontas, mas deixa conforme as necessidades dos usuários daquele espaço intervir a seu modo.

No livro "Lições de Arquitetura" de Hertzberger H. (1999), o autor discorre sobre a relação entre o público e privado. Público, como um área acessível a todos a qualquer momento, sob a responsabilidade de todos; e privado como acessível por um determinado grupo ou por uma pessoa que é responsável pela manutenção do local.

Ainda de acordo com Hertzberger H. (1999, p.25)"... é necessário estimular o usuário a se envolver com o lugar, exercendo influencia pessoal em seu ambiente. Dessa forma, o arquiteto poderá contribuir para a melhoria do local. Ainda que seja destinado ao trabalho, o empregado se sentirá diretamente responsável pelo local e deverá exercer seu trabalho com mais dedicação o que fará a diferença e trará resultados positivos para a empresa."

HERTZBERGER (1999), sugere a adoção de pilotis no intuito de romper com o "padrão rua" para diminuir a diferença entre interior e exterior, e criar um espaço aberto excessivamente amplo, o que permite a inserção do indivíduo mantendo a sensação de liberdade.

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