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Relatorio de Estágio Supervisionado II em Serviço Social

Por:   •  3/12/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.780 Palavras (8 Páginas)  •  415 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

CAMPUS UNIVERSITARIO DE RIO DAS OSTRAS – CURO

INSTITUTO DE HUMANIDAEDES E SAÚDE – IHS

DEPARTAMENTO INTERDISCIPLINAR DE RIO DAS OSTRAS

CURSO DE GRADUAÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: SUPERVISÃO ACAD~EMICA DE ESTÁGIO EM

                         SERVIÇO SOCIAL II

SUPERVISORA ACADÊMICA: PRISCILA RODRIGUES DE CASTRO

SUPERVISORA DE CAMPO: MAYARA SANTOS SILVA

DISCENTE: EURIDICE DOS SANTOS COSTA

                             RELATORIO SEMESTRAL

                                     ESTÁGIO II

        Rio das Ostras

                                2019

SUMÁRIO

  1. Apresentação
  2. Análise da relação entre a política setorial e a questão social a partir da realidade do campo de estágio
  3. Considerações Finais
  4. Referências Bibliograficas

                           

APRESENTAÇÃO

        O presente relatório, visa documentar minha experiência no campo de Estágio em Serviço Social, em um equipamento de Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), em Cabo Frio-RJ, sito à Rua Santo Antonio de Lisboa, nº 29, no período de 18 de março de 2019 a 22 de julho de 2019. A partir da minha visão como estagiária nível II e de acordo com as Diretrizes Curriculares na Política de Estágio e Supervisionado em Serviço Social da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e pela Politica Nacional de Estágio e no âmbito do exercício profissional pelas Resoluções do Conselho Federal de Serviço Social (CEFESS). Onde será feita a nálise da relação entre políticas intersetoriais e questão social, caracterizando a população usuário e demanda da instituição.

        O sistema Único de Assistência Social (SUAS) insere o Assistente Social no campo profissional envolvida na intervenção das demandas formuladas pela questão social e suas sequelas. Este profissional deverá compreender a realidade, os desafios, problematizando e sistematizando as consequências das mazelas da questão social na vida dos usuários e/ou famílias e dentro de dimensões técnico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas.

        O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) é a porta de entrada dos usuários/famílias na política de assistência social na busca por proteção social e a direitos oferecidos para sua inserção como cidadão.

        O usuário/família, no espaço do CRAS, tem direito a uma escuta qualificada feita por profissionais de uma equipe profissional qualificada, no território de abrangência determinado, no caso do campo o qual me insiro, abrange os bairros de Monte Alegre, Boca do Mato e Porto do Carro.

        A equipe é composta de Assistentes Sociais e Psicólogo qualificados de acordo com as Normas Operacionais Básicas (NOB RH/SUAS)  que atuam junto a esses indivíduo/famílias na prevenção atuando na prevenção de riscos sociais e no desenvolvimento de ações de atenção na situação de vulnerabilidade social, acompanhando e os  direcionando a serviços sócioassistenciais, fortalecendo, assim vínculos e viabilizando o acesso a programas, benefícios e projetos sociais oferecidos pela rede sócioassistencial de proteção básica.

        O CRAS também desenvolve articulações intersetoriais na promoção de convivência familiar e comunitária, contribuindo na melhora da qualidade de vida desse usuário e/ou família.

        Define-se a vulnerabilidade social como a reprodução da questão social que produzam ou possam produzir a exclusão social dos indivíduos ou famílias que estejam privados de direitos como renda, alimento, serviços, caracterizand a pobreza, precariedade e a falta de acessos a serviços públicos. Também podemos incluir como vulneráveis os fragilizados afetivamente, os discriminados por gênero, raça, entre outros (MDS, 2005).

        Os dados foram colhidos nos documentos da instituição e relatos através das visitas domiciliares ou quando da procura por atendimento no CRAS, a partir da escuta qualificada, espontaneamente.

        As demandas apresentadas por uma parte destes usuários corresponde a uma unanimidade quando se relata a falta de condições de sustento dessas famílias, desemprego, problemas no relacionamento familiar, violência. Esses casos chamaram minha atenção e se relacionaram a minha área de intenção de pesquisa.

       Determinei a confecção deste relatório, pela coleta de dados de usuárias que chefiam famílias em monoparentalidade, devido a dificuldades demandadas nesta atual conjuntura de retrocesso na aplicação das políticas públicas. São mulheres negras e pardas, abandonadas pelo companheiro ou pai de seus filhos, que por falta de qualificação profissional não conseguem se inserir no campo de trabalho. Definem por renda o Benefício Bolsa Família ou ajuda de outros membros da família, parentes.

      Relato o primeiro caso, uma mulher negra, 29 anos, com duas filhas menores vivendo sob sua responsabilidade, está a três meses desempregadas, quando perdeu seu contrato temporário de trabalho após o município trocar a relação trabalhista pelo Processo Seletivo, a mesma não conseguiu colocação. Relata que havia sido contemplada com uma moradia no Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, mas devido a invasão dos apartamentos vagos por pessoas envolvidas no tráfico de drogas, a mesma se sentiu insegura em conviver com suas filhas no local e ainda, pelo desemprego, não estava conseguindo meios para quitar as prestações do imóvel, então, foi acolhida pelo irmão num imóvel composto de quarto e cozinha de propriedade da família. A situação dessa família no momento da visita era de total privação de alimentos.

“ ...minha vida está de cabeça pra baixo, não consigo mais ver minhas filhas pedindo comida e eu não poder oferecer, meu gás acabou também, daí meu primo me deu 60,00 reais e eu tive de escolher comprar o gás , por que se eu conseguir alguma ajuda eu não conseguiria cozinhar , o pai das meninas não me manda a pensão a um tempão..”    

        Neste período de recuo nas relações trabalhistas, na precarização das relações de trabalhos, podemos ver que as famílias mais pobres, de baixo nível de escolaridade, estão excluídas do perfil para o mercado de trabalho, mesmo na escola pra garantir o acesso ao Programa Bolsa Família, vemos que falta creche para que essas mães possam conseguir outro vinculo empregatício e poder levar o sustento a seus filhos.

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