Resenha Filme Estamira
Por: jilsimarrocha • 21/3/2016 • Resenha • 504 Palavras (3 Páginas) • 807 Visualizações
[pic 1] | ATIVIDADE DE FIXAÇÃO | ||
Escola: | Ciências Jurídicas e Sociais | ||
Curso: | Serviço Social | Professor(a): |
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Unidade: | Guará II | Data: | 27/11/2015 |
Disciplina: Aluna: Elizabeth da Silva |
O Filme Estamira X Sentidos da Sustentabilidade Urbana e a Cidades Sustentáveis Antagonismo ou complementaridade
Estamira é um filme que retrata a vida de uma senhora de 63 anos que após vivenciar muitos sofrimentos desenvolve distúrbios mentais, e passa a sofrer de Esquizofrenia um transtorno mental psicótico severo. Ainda sofrei abuso sexual pelo seu avô desde a sua infância, no início da sua adolescência foi obrigada a se prostituir e a viver em um prostíbulo.
Em sua forma de tentar explicar a desigualdade social, Estamira, relaciona a religião ao conformismo, um mecanismo utilizado para controle das classes social menos favorecida. Demonstra revolta contra o Deus a quem descarrega todo o seu ódio através de impropérios por julgar que ele permitiu que fosse estuprada.
Estamira é a guardiã do lixão, e como “cidadã do lixo”, ela faz do lixo moradia, alimento e terapia, integrando com àquele local como parte dela. Mesmo com as incertezas quanto ao futuro de nossas cidades, Estamira, tem função combativa: denuncia o descaso em relação ao meio ambiente, aos “refugos humanos”, aos “loucos”.
Não há lamento em Estamira, assim como não há lamento entre os catadores de material reciclável desse nosso Brasil. O que há é uma resistência, sobrevivência e sustentabilidade, alertando-nos sobre o quanto podemos aprender com “eles”. Como devemos nos preocupar mais com o meio ambiente, evitando o consumismo desenfreado que não só o Brasil está passando, mas o mundo inteiro sofre com esse pensamento desafiador, impulsionado pelas grandes marcas do mercado capitalista.
O alerta sobre a potencialidade do lixo e sua capacidade de “incomodar” o equilíbrio da Terra foi lançado pelo próprio planeta, através da exacerbação de problemas, até então, ignorados, como o aumento gradativo do buraco na camada de ozônio e do aquecimento global, provocados pela emissão de gases poluentes. Onde entra a noção de sustentabilidade remete antes à lógica das práticas, em que efeitos práticos considerados desejáveis são levados a acontecer, do que ao campo do conhecimento científico, em que os conceitos são construídos para explicar o real.
Apesar de Estamira não ter conhecimento cientifico sobre sustentabilidade, o seu conhecimento adquirido na pratica lhe torna conhecedora de boas práticas ambientais. Aplicada ao espaço urbano, como noção de sustentabilidade, os riscos e incertezas de nossos lixões.
Estamira, portanto, embora se mostra sozinha nessa jornada, representa, em vários aspectos, um exército de desvalidos que sobrevivem graças ao lixo e têm suas vidas norteadas por ele. O nome próprio que se multiplica através de Estamira é o da miséria – em todas as suas acepções. O que caracteriza aquelas subjetividades é, preponderantemente, o lixo, que se faz vestimenta, alimento, casa e filosofia de vida.
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