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Resenha do Filme "Quando os meus pais saíram de férias"

Por:   •  18/6/2019  •  Resenha  •  614 Palavras (3 Páginas)  •  409 Visualizações

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Centro Universitário Una

Curso de Serviço Social

Atividade avaliativa de Formação Sócio histórica no Brasil

O ano que meus pais entraram de férias

Ana Carolina Alves Dionizio

Belo Horizonte, 11 de junho de 2019.

O filme “O ano em que meus pais saíram de férias” conta a história de um garotinho chamando Mauro. O filme se passa em 1970, ano em que o Brasil é tricampeão Mundial da copa do Mundo do México, naquele mesmo ano, um período que foi marcado na história do Brasil também se desbrava no contexto de filme, o chamado “anos de chumbo”, ou seja, a Ditadura Militar.

Mauro é um uma criança de 11 anos que é muito apaixonado por futebol, numa manhã seus pais o deixa aos cuidados do avô paterno, e dizem para o garoto que se alguém perguntar onde eles estão, Mauro precisa dizer que saíram de férias. No entanto a realidade não é essa.

Os pais de Mauro são pessoas que lutavam contra a ditatura militar da época e estavam sendo perseguidos pela polícia. Pode-se observar um direito civil que foi violado na época, a liberdade de expressão e de opinião foi proibida, e como os pais do garoto não concordavam com o governo vigente, formam perseguidos. Na Ditadura Militar, as pessoas não podiam ir contra o governo.

Pouco tempo depois de ser deixado pelos pais na casa do avô, Mauro descobre que este morrera e se encontra completamente desamparado, mais um direito civil violado, uma vez que não tinha um responsável para cuidar de si, o garotinho fica numa situação muito difícil, em uma das cenas do filme mostra ele fazendo o seu próprio jantar na casa do avô e se queima, ele não tem condições de se manter sozinho.

Então um vizinho de seu avô que era judeu, decide abrigar o garoto, mas isso causa muitos conflitos, porque o garoto e o senhor são completamente diferentes. Um grupo de judeus se reúnem para falar de Mauro e um deles acusam os seus pais de comunistas, porém outro judeu diz reafirma a história que o menino sempre contava, que seus pais tinham entrado de férias. De certa forma, todos queriam abafar aquela história, pois no contexto da ditadura, quem era acusado de comunista, sofria graves consequências e punições, inclusive a tortura.

No decorrer do filme, Mauro conhece um amigo de seus pais, que também empreendia contra a Ditadura Militar, o seu nome era Ítalo. Em uma cena de filme Ítalo é torturado pelos militares, Mauro tenta ajuda-lo, querendo chamar a ambulância, porem Ítalo não permite, esta cena mostra a inocência de Mauro, ele não tinha noção do contexto em que estava vivendo, mais sentia a consequência disso onde ia.

Ítalo é preso em dada parte do filme e é lhe negado o habeas corpus, esta ação era imposta as pessoas através do Ato Institucional 5, o AI-5, em apenas 12 artigos concedia ao Presidente da República, dentre outros, os poderes de cassar mandatos, intervir em estados e municípios, suspender direitos políticos de qualquer pessoa e, o mais importante, decretar recesso do Congresso e assumir suas funções legislativas no ínterim. O AI-5 também suspendeu o Habeas Corpus para crimes políticos.

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