A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
Artigos Científicos: A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: CarolineLF • 17/9/2013 • 1.905 Palavras (8 Páginas) • 1.341 Visualizações
A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
1. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A revolução industrial é o marco histórico que deu origem aos estudos administrativos no trabalho e proporcionou a sua evolução. Foi ela que alterou completamente os processos de trabalho, os meios de produção do trabalho, os destinos desta produção e as formas de organização dos trabalhadores.
De acordo com os livros de história geral esse evento é marcado pelo período de transição da base econômica européia que, no ano de 1750 deixa de ser agrária e passa a ser industrial junto com os seus processos de produção que antes eram artesanais e se tornaram mecanizados, onde esse conjunto de transformações influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em quase todas as regiões do planeta.
As pequenas oficinas dos artesãos foram sendo substituídas pelas fábricas. As simples ferramentas foram trocadas pelas novas máquinas que surgiram. As tradicionais fontes de energia (água, vento, e força muscular) foram superadas pelas máquinas a vapor e pela eletricidade. A velha Europa agrária foi se tornando uma região com cidades populosas e industrializadas.
Cotrim (1996) relata como as relações de trabalho se modificaram após a revolução industrial, pois milhares de trabalhadores rurais migraram dos campos para as zonas urbanas em busca de empregos nas fábricas em troca de salários. Mas a vida do trabalhador nas grandes fábricas do século XVIII não era fácil. Com a rapidez dos processos de fabricação pelas máquinas, a mão-de-obra humana considerada obsoleta para a época era subjugada a baixíssimos salários, jornadas exaustivas e condições desfavoráveis.
A invenção da máquina a vapor impulsionou a revolução industrial fez com que a humanidade conhecesse pela primeira fez o fenômeno da produção em massa, a demanda era muito maior do que a oferta. Nessa realidade a rotina era de jornadas de trabalho desumanas, com a utilização até mesmo de crianças como uma alternativa de mão-de-obra de baixo custo.
Segundo grandes estudiosos, na era das máquinas nunca antes havia-se produzido tanto em tão pouco tempo. Por isso a Revolução industrial significou um aumento sem precedentes na produção de mercadorias. Porém, todavia, a vida dos trabalhadores ficou reduzida à miséria e essa insatisfação gerava conflitos com os empresários que sempre com o objetivo de aumentar os lucros pagavam o menor salário possível, enquanto exploravam ao máximo a capacidade de trabalho dos operários. E como resultado do detrimento do homem em relação à máquina surgiu um poderoso movimento social: O movimento operário, com sua forma de organização sindical tendo a greve como forma de luta específica para expor suas insatisfações e necessidades.
Esses transtornos provocaram grandes pesquisadores a desenvolverem métodos que pudessem equacionar a falta de recursos humanos, improdutividade, baixos salários e outros problemas que marcaram profundamente a história política da Europa e de outros países alcançados pelos novos processos de produção proveniente da Revolução Industrial. Alguns desses pesquisadores são muito conhecidos como Taylor, Fayol, Ford dentre outros, em que foram desenvolvedores de processos considerados gratificantes para produção em larga escala, porém seus métodos atingiram altos níveis de insatisfação humana. Onde a partir desse pressuposto surgiram interessados a estudarem a necessidade das emoções humanas no ambiente de trabalho. Surge assim o estudo das Relações Humanas tendo seu principal cientista comportamental, o psicólogo Elton Mayo.
Contudo a busca de soluções para os problemas gerados pela revolução industrial proporcionaram uma base sólida para a administração cientifica, organizacional e humana que evoluiu para uma prosperidade financeira empresarial e uma melhor qualidade de vida aos atuais trabalhadores.
2. ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA – Taylor
A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. A Escola da Administração Científica foi iniciada pelo engenheiro americano Frederick W Taylor, que teve inúmeros seguidores e provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadelfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família “quaker” de princípios rígidos e foi educado dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Em seus primeiros estudos, tomou contado direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, na Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre, chefe de oficina, a engenheiro em 1885, quando se formou pelo Stevens Institute.
Naquela época, estava em moda o sistema de pagamento por peça ou par tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa e os operários, por seu turno, reduziam a um terço o ritmo de produção das máquinas, procurando contrabalançar, desta forma, o pagamento por peça determinado pelos patrões. Isto levou Taylor a estudar o problema de produção nos seus mínimos detalhes, pois não podia decepcionar os seus patrões, graças ao seu progresso na companhia, nem decepcionar seus colegas de trabalho, que desejavam que o então chefe de oficina não fosse duro com eles no planejamento do trabalho por peça. Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo.
Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Verificou que o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível.
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