Adiministração Pública
Pesquisas Acadêmicas: Adiministração Pública. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: correacorrea • 16/10/2013 • 1.741 Palavras (7 Páginas) • 372 Visualizações
A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Da Reforma Administrativa
A reforma do Estado, que se tornou tema central nos
anos 90 em todo o
mundo, é uma resposta ao processo de globalização e
m curso, que reduziu a
autonomia dos Estados de formular e implementar pol
íticas e principalmente à crise
do Estado, que começa a se delinear em quase todo o
mundo nos anos 70, mas que
só assume plena definição nos anos 80. No Brasil, a
reforma do Estado começou
nesse momento, em meio a uma grande crise econômica
, que chega ao auge em
1990 com um episódio hiperinflacionário. A partir d
e então ela se torna imperiosa. O
ajuste fiscal, a privatização e a abertura comercia
l, que vinham sendo ensaiados nos
anos anteriores são então atacados de frente (MARE,
1997).
No entanto, a reforma administrativa, só se efetivo
u como tema central no
Brasil em 1995, após a eleição e a posse de Fernand
o Henrique Cardoso. Nesse
ano ficou claro para a sociedade brasileira que ess
a reforma tornara-se condição, de
um lado, da consolidação do ajuste fiscal do Estado
brasileiro e, de outro, da
existência no país de um serviço público moderno, p
rofissional e eficiente, voltado
para o atendimento das necessidades dos cidadãos.
Outra consideração foi na área da desregulamentação
, quando a proposta
era a de reduzir as regras e intervenção do Estado
aos aspectos onde ela é
absolutamente necessária. Na reforma administrativa
, toda uma série de medidas
contribuíram para diminuir o chamado "entulho buroc
rático" - disposições normativas
excessivamente detalhadas, que só contribuem para o
engessamento da máquina e
muitas vezes à sua intransparência (BERETTA, 2007).
A maior contribuição da reforma administrativa está
voltada à governança,
entendida como o aumento da capacidade de governo,
através da adoção dos
princípios da administração gerencial:
Orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário
de seus serviços;
ênfase no controle de resultados através dos contra
tos de gestão;
fortalecimento e autonomia da burocracia no core da
s atividades típicas de
Estado, em seu papel político e técnico de particip
ar, junto com os políticos
e a sociedade, da formulação e gestão de políticas
públicas;
separação entre as secretarias formuladoras de polí
ticas e as unidades
executoras dessas políticas, e contratualização da
relação entre elas,
baseada no desempenho de resultados;
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adoção cumulativa de três formas de controle sobre
as unidades executoras
de políticas públicas: controle social direto (atra
vés da transparência das
informações, e da participação em conselhos); contr
ole hierárquico-
gerencial sobre resultados (através do contrato de
gestão); controle pela
competição administrada, via formação de quase-merc
ados (BRESSER
PEREIRA, 1997, p. 42).
Dessa forma, a reforma administrativa distingue-se
das propostas de total
'insulamento burocrático', aproximando-se mais do c
onceito de 'autonomia inserida'
de Peter Evans (1995,
apud
BERETTA, 2007).
Da Administração Burocrática à Gerencial
A administração burocrática clássica, baseada nos p
rincípios de
administração do exército prussiano, foi implantada
nos principais países europeus
no final do século passado e no Brasil, em 1936, co
m a reforma administrativa
promovida por Maurício Nabuco e Luís Simões Lopes.
É a burocracia que Max
Weber descreveu, baseada no princípio do mérito pro
fissional (MARE, 1997).
No texto do MARE (1997), ainda se considera
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