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CARBONO ORGÂNICO DO SOLO, IMPORTÂNCIA NOS ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DO SOLO, SEQUESTRO E EMISSÕES

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Por:   •  6/7/2014  •  2.244 Palavras (9 Páginas)  •  585 Visualizações

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CARBONO ORGÂNICO DO SOLO, IMPORTÂNCIA NOS ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DO SOLO, SEQUESTRO E EMISSÕES

CARBONO ORGÂNICO NO SOLO

 Intervenções humanas sobre o meio natural e o efeito estufa

A intervenção do homem com a natureza é diferente da intervenção dos outros animais porque o homem tem a capacidade de alterar o espaço à sua volta. Alterações climáticas refletem claramente as modificações geradas pela intervenção humana com o meio natural, a principal delas é o aquecimento excessivo gerado pelo efeito estufa nos últimos anos.

O fenômeno conhecido como “efeito estufa” ocorre quando a radiação solar, que chega ao Planeta Terra na forma de ondas curtas, passa pela atmosfera, aquece a superfície terrestre e se reflete de volta na forma de calor. No momento em que esse efeito ocorre o calor é bloqueado pelos gases de efeito estufa(dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, clorofluorcarbonos, hidrofluorcarbonos, perfluorcabonos e hexafluoreto de enxofre) que intensificam a retenção do calor nas camadas mais baixas da atmosfera. Esse fenômeno natural é importante para a manutenção da temperatura considerada dentro de limites aceitáveis.

As atividades humanas intensificadas a partir da Revolução Industrial e que se prolongaram até a atualidade, geram inúmeras fontes de emissão de gases de efeito estufa, como por exemplo: queima de combustíveis fósseis, desmatamento, drenagem de pântanos, fertilizações nitrogenadas ineficientes, queimadas, preparo intensivo do solo, etc. A intensificação dessas atividades somadas as emissões naturais de gases do efeito estufa como o CO2, aumentam de maneira anormal a retenção de calor na superfície terrestre fazendo com que o efeito estufa se torne prejudicial ao equilíbrio ambiental.

 Protocolo de KYOTO

O Protocolo de Kyoto foi assinado em Kyoto , no Japão em Dezembro de 1997.

O documento estabelece aos países industrializados a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2, gás carbônico) e outros gases do efeito estufa. Segundo o protocolo os países que obterem um resultado satisfatório tem direito aos chamados “Créditos de Carbono”, que valem dinheiro.

Apenas as nações ricas são obrigadas a reduzir suas emissões, as outras (em desenvolvimento) como Brasil, China e Índia, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada.

Isso não significa que elas não devem se importar; pelo contrário, o mundo inteiro tem responsabilidade no combate ao aquecimento, mas a ideia é que os países que mais lançaram gases na atmosfera têm maior obrigação de reduzir as emissões.

O documento conta com a participação de centenas de países; porém, infelizmente, o sucesso do acordo não é total, alguns países como os Estados Unidos (maior emissor de gases estufa na atmosfera),Austrália e Mônaco não aceitaram o protocolo devido a possibilidade de redução do PIB através da redução da queima de combustíveis fósseis, pois, a economia mundial é fortemente alicerçada no consumo destes combustíveis.

Protocolo de Kyoto e Efeito Estufa são duas coisas que andam juntas, é impossível falar de um sem citar o outro. O Protocolo foi criado justamente para impedir que o efeito estufa cresça e prejudique cada vez mais o planeta e seus habitantes.

 Ciclo Global do Carbono

O elemento carbono(C) é o principal constituinte de tudo o que é orgânico e embora o dióxido de carbono (CO2) represente apenas 0,35% dos gases que compõem a atmosfera, o carbono é um elemento que nos últimos anos tem provocado mudanças profundas em todo o mundo.

O Ciclo do carbono se inicia a partir do momento em que as plantas, ou outros organismos autótrofos, absorvem o gás carbônico da atmosfera e o utilizam na fotossíntese (ou quimiossíntese no caso de alguns organismos) incorporando-o às suas moléculas. Então o carbono passa para o próximo nível trófico quando os animais herbívoros ingerem as plantas e absorvem parte do carbono incorporado na forma de açúcares. Dizemos “parte” porque uma parcela do carbono fotossíntetizado pelas plantas será absorvido pelos organismos decompositores, ou ainda, devolvido diretamente à atmosfera como no caso de uma queimada. Ao ser ingerido pelos animais herbívoros o carbono será devolvido à atmosfera através da respiração ou, também, através da decomposição desses organismos.

O Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera, combinado com a água, forma o ácido carbônico, o qual reage lentamente com o cálcio e com o magnésio da crosta terrestre, formando carbonatos. Através dos processos de erosão (chuva), estes carbonatos são arrastados para os oceanos, onde se acumulam no seu leito em camadas, ou são assimilados por organismos marinhos que eventualmente, também se depositam no fundo do mar. Estes sedimentos vão-se acumulando ao longo de milhares de anos, formando rochas sedimentares como as rochas calcárias.

Nos últimos anos desde a Revolução Industrial temos presenciado uma drástica mudança no ciclo do carbono. Durante muito tempo esse ciclo permaneceu estável com a liberação de gás carbônico na atmosfera sendo compensada pela sua absorção pelas plantas e vice-versa.

Contudo, o processo de industrialização e a consequente utilização de combustíveis fósseis ou não (o álcool também libera CO2 embora bem menos do que a gasolina, por exemplo), além de um aumento nos níveis de consumo, têm aumentado de forma vertiginosa o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera tornando deletério um fenômeno essencial para a vida na terra: o Efeito Estufa.

 Stocks de carbono na terra- armazenamento a curto e a longo prazo

No ciclo biológico do carbono existem três reservatórios ou “stocks”:

-terrestre (20.000 Gt);

-atmosfera (750 Gt);

-oceanos (40.000 Gt).

Este ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono entre os diversos stocks, através dos processos da fotossíntese e da respiração.

É possível verificar que a maior troca entre o stock terrestre e stock atmosférico resulta dos processos da fotossíntese e da respiração.

Apesar do stock atmosférico de carbono ser o menor dos três (com cerca de 750 Gt de carbono), este stock determina a concentração de CO2 na atmosfera, cuja concentração pode influenciar

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