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Comportamento Coletivo

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Por:   •  2/2/2014  •  1.229 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O caramujo-africano é um molusco terrestre, originário do nordeste da África, relatado pela primeira vez, fora de habitat natural, em 1803, na Ilha Maurício, sendo disseminado para diversos países como Índia, Ceilão, Malásia, Austrália, Gana, Costa do Marfim, Japão, Estados Unidos, Indonésia, diversos países insulares, inclusive o Hawaí, e outros.

Por dados levantados o molusco foi introduzido ilegalmente no Brasil, em uma feira agropecuária realizada em Curitiba, entre 1988 e 1989, por empreendedores que visavam a concorrência com o verdadeiro “escargot” (Helix aspersa), em função de suas características biológicas (alta taxa de reprodução, adapta-se a diferentes ambientes) e ausência de predadores naturais. Sua presença foi constatada no Brasil, nos Estados do AM, BA, ES, GO, MA, MG, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RO, SC, SP e DF.

Em 1996, alguns produtores goianos tentaram a formação de uma cooperativa para criação de escargot, no entanto, fotos comprovaram que se tratava do caramujo-africano. Como não obtiveram êxito, o insucesso comercial provocou desistência na criação e a soltura inadequada do molusco no meio ambiente, facilitando sua disseminação. Concomitantemente, propensos criadores, inadvertidamente, coletaram indivíduos ferais (asselvajados, em vida livre) com objetivo experimental e/ou comercial, originando o problema que se agravou mais, porque a espécie introduzida tem alto potencial invasor, sendo considerada uma das cem piores espécies da Lista na União para Conservação da Natureza (UICN).

Morfofisiologia

O caramujo adulto tem concha cônica, de 10 a 15 cm de comprimento, mosqueada de tom marrom claro e escuro que, após morte, fica esmaecida (desbotada); podem pesar até 200 gramas e os indivíduos jovens são menores, mas possuem as mesmas características de concha dos adultos. Essa espécie é extremamente prolífera, principalmente na estação chuvosa, alcançando a maturidade sexual aos 4 - 5 meses; a fecundação ocorre cruzada (mutuamente), pois os indivíduos são hermafroditas, realizando até 04 posturas anual, com 50 a 400 ovos, por postura, que medem de 5-6 mm de comprimento por 4-5 mm de largura, hibernam abaixo de 10ºC, à seca e ao sol intenso.

Quanto aos hábitos alimentares, caracteriza-se por ser um herbívoro generalista/polífago (folhas, flores, frutos, casca caulinar etc), além de alimentar de papel e até tinta de parede; tornam-se canibais, comendo ovos e jovens da mesma espécie, principalmente na falta de cálcio; podem viver mais de 09 anos e, após a morte.

Alimentos de grande tamanho podem se tornar acessíveis se puderem ser previamente fragmentados. Os moluscos gastrópodes apresentam uma tática engenhosa para raspar o alimento: a rádula é um dispositivo que se movimenta para frente e para trás que produz movimentos de raspagem contra uma folha e como conseqüência uma massa cordonal.

A configuração do sistema nervoso central é muito característica, dos gânglios cerebróides, situados por cima da faringe, parte para trás dois paras de cordões: os cordões pedálicos (ventralmente ) e os cordões pleuroviscerais ( lateralmente ). Quanto aos órgãos do sentido encontram-se com regularidades os olhos, estatocitos e um tipo especial de órgãos olfativos instalados na câmara paleal.

Na cabeça dos caramujos, existem dois pares de tentáculos. Nas extremidades dos tentáculos maiores (ou na base destes) estão os olhos. Na região inferior da cabeça, encontra-se a boca. A cabeça continua pelo pé musculoso, sobre o qual se assenta a concha, que contém a massa visceral. Podemos observar três orifícios que se abrem externamente nos caramujos: o ânus e o poro respiratório, localizados na parte anterior, na base da concha, e o poro genital, situado na cabeça, em posição lateral.

O sistema digestivo é composto pela boca, à qual se segue uma faringe curta e musculosa. No assoalho da faringe, encontra-se uma estrutura em forma de fita dotada de muitos dentículos transversais. Essa fita chamada rádula, executa um movimento de vaivém raspando o alimento, que fica reduzido a pequenas partículas, que são então ingeridas. À faringe, segue-se o esôfago, que se liga ao papo. A este, seguem-se o estômago e o intestino. Este último desembocando no ânus. A glândula digestiva, localizada no ápice da concha, comunica-se com o estômago. Existe também, perto do papo, um par de glândulas salivares que se abrem na faringe, e que contribuem no processo de alimentação, umedecendo o alimento com sua secreção.

A oxigenação do sangue, nos caramujos terrestres, é feita na cavidade do manto, que é muito vascularizada e se abre para o exterior através do poro respiratório. O ar, contendo oxigênio penetra pelo poro respiratório e entra em contato com a cavidade vascularizada do manto, que funciona como um pulmão. O sistema circulatório é semelhante ao que nos bivalvos: é composto pelo coração, que se liga a vasos que passam pelo pulmão e pelos órgãos. O sangue é oxigenado no pulmão e bombeado pelo coração, para todo o corpo.

O sistema excretor é constituído por um rim, próximo do coração, que elimina os excretas na cavidade do manto, de onde passam para o exterior.

OBJETIVO

Comprovar que caramujos africanos (Achatina fulica) se agrupam devido a um mecanismo de proteção coletiva.

HIPOTESES

Os caramujos se aglomeram para se proteger, através da percepção na mudança de temperatura.

Os caramujos se aglomeram devido a um mecanismo de fotorrecepção.

Os caramujos se aglomeram devido a um extinto de proteção.

Os caramujos se aglomeram devido a um mecanismo de quimiorrecepção.

METODOLOGIA

5.1. Tipo de Estudo

Foram observados caramujos africanos (Achatina fulica),

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