Controle Da Eletricidade Estática
Trabalho Escolar: Controle Da Eletricidade Estática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joao0106 • 18/11/2014 • 4.732 Palavras (19 Páginas) • 255 Visualizações
CONTROLE DA ELETRICIDADE ESTÁTICA EM PLANTAS QUÍMICAS
P. E. Pascon
Um número significativo de incêndios e explosões que
ocorrem na indústria tem como causa a eletricidade
estática. No caso de explosões envolvendo pós, as
investigações disponíveis revelam que 9% delas tiveram
o centelhamento estático como fonte de ignição; sendo
que este valor sobe para 35% em se tratando apenas de
pós poliméricos. Entendendo o processo de geração de
carga poderemos controlar e/ou eliminar este perigo
através de medidas adequadas como dimensionamento,
aterramento, materiais não-metálicos condutores,
ionização, etc....
Introdução
A geração de eletricidade estática é essencialmente
um fenônemo de superfície associado ao contato e
separação de duas superfícies heterogêneas. Pode ser
interpretado como um efeito resultante da
transferência de elétrons ou íons de uma superfície
para outra. A diferença de potencial entre as duas
superfícies em contato é pequena, da ordem de 1 volt.
Entretanto, após a separação, o potencial dos
materiais sobe rapidamente na medida em que a
distância entre as superfícies carregadas aumenta e se
exerce trabalho contrário ao campo elétrico. A relação
entre a carga eletrostática e a diferença de potencial é
dada por:
Q = V C onde,
Q = carga eletrostática no objeto, em Coulombs
V = diferença de potencial no sistema, em Volts
C = capacitância do sistema, em Farads
Os problemas de segurança associados com materiais
eletrostaticamente carregados se devem
principalmente aos perigos de fogo e explosão que
podem ocorrer se a carga acumulada for suficiente
para causar uma descarga na presença de gases,
vapores ou pós inflamáveis. Também é fato que, em
muitas situações corriqueiras, a energia envolvida
numa descarga eletrostática pode causar choques
elétricos sérios em seres humanos.
A eletrificação estática ocorre tanto com materiais
eletricamente condutores como materiais nãocondutores,
mas o acumulo de níveis perigosos de
carga normalmente requer que pelo menos um
elemento seja não-condutor. Os compostos
envolvidos na indústria química não são puros ou
limpos e o nível de eletrificação é muito
freqüentemente determinado pela contaminação
superficial, impurezas, materiais absorvidos ou
adsorvidos, ao invés da constituição química básica
do sólido ou líquido.
A natureza e a energia da centelha descarregada
depende, entre outras coisas, da natureza elétrica do
corpo carregado (condutor ou isolante) e da forma das
superfícies através da qual ocorre a descarga. A
relação entre a carga eletrostática (Q), diferença de
potencial (V), capacitância elétrica (C) e a energia
máxima da centelha (E) é dada por:
E = 1/2 Q2/C = 1/2 CV2 onde,
E é expresso em joules
Materiais não condutores
Um número crescente de equipamento e itens de
instalação tem sido nos últimos anos fabricados em
materiais não condutores (plásticos, borrachas,
compósitos). Um dos nossos problemas tem sido o de
decidir se tubulações, vasos, tanques, ciclones, etc...
construídos com estes materiais, nos quais carga
eletrostática pode ser gerada e retida, podem ser
especificados para compostos inflamáveis. A
possibilidade de choque físico também deve ser
considerada durante a concepção da instalação.
Virtualmente todas as investigações indicam que,
qualquer que seja o método de geração de carga, a
densidade de carga pode, sob certas condições,
atingir um nível no qual a força do campo próximo da
superfície do material de construção é
suficientemente grande para causar um descarga
elétrica da superfície.
Para uma chapa plana esta densidade de carga é 2,9 x
10-5 C.m-2 . A densidade de carga requerida para
iniciar a descarga depende, entre outras coisas, da
forma da superfície. Experimentos com tubos de
polietileno mostram, entretanto, que a densidade de
carga
...